Por fim, o Senado aprovou a lei da interrupção voluntária da gravidez. O setor que se opõe ao direito ao aborto, os antidireitos (os celestes como são chamados), agora preparam uma batalha judicial para declarar a inconstitucionalidade da lei.
Os celestes, por sua vez, têm a igreja católica e as igrejas evangélicas como pivô.
Em 2018, o Senado rejeitou a lei da interrupção voluntária da gravidez. Naquele ano, o macrismo usou o debate em torno da lei da interrupção voluntária da gravidez como uma manobra para desviar a atenção da situação econômica. Hoje a mobilização em favor do direito à interrupção voluntária da gravidez garantiu sua sanção.
Como dissemos em 2018:
“Deve-se notar que a clandestinização do aborto engorda o interesse privado por trás do próprio aborto clandestino, ao mesmo tempo que põe em risco a segurança da trabalhadora, visto os riscos da clandestinização do aborto vai contra a própria mulher trabalhadora. A mulher burguesa sempre consegue condições seguras para realizar o aborto. Assim, a luta pelo aborto seguro, legal e gratuito é uma reivindicação que vai no sentido de garantir a saúde dos setores mais oprimidos e explorados da mulher. ”
No contexto atual, a lei da interrupção voluntária da gravidez contém concessões à militantes anti-direitos como a objeção de consciência por profissionais de saúde em relação ao aborto.
Pela educação sexual em favor do direito de decidir, por anticoncepcionais para não abortar, pelo aborto seguro, estatal, legal e gratuito para evitar a morte da mulher!