O Brasil é uma semi-colônia, um país imperialista ou sub-imperialista?
dO Bolchevique #8 – janeiro de 2012

Diferente dos economistas burgueses que visam esconder a exploração social da classe que lhes paga, os marxistas se apropriam da economia política tendo como objeto não apenas a “produção”, mas buscam as diferenças sociais que existem entre os homens na produção, ou seja a estrutura social da produção. A medição do PIB não reflete as relações intrínsecas à sua produção e portanto não reflete a realidade capitalista.
Tanto a oposição de direita (DEM, PSDB) como a oposição pequeno burguesa (PSOL, PSTU e Cia) recorreram ao cálculo do PIB per capita para criticar o ufanismo do governo Dilma. “Embora o PIB esteja entre os maiores do mundo, quando vemos o PIB per capita, ou seja, esse valor divido pela população, a coisa muda. Enquanto no Brasil ele foi de 10,7 mil dólares em 2010, no Reino Unido ele supera os 36 mil dólares.” (site do PSTU, 27/12/2011, Crescimento para quem?). O PIB per capita é freqüentemente usado como um indicador, seguindo a idéia de que os “cidadãos” se beneficiariam de um aumento na produção agregada do seu país. Entretanto, o PIB pode aumentar enquanto a maioria dos “cidadãos” de um país ficam mais pobres, pois o PIB não considera o nível de desigualdade de renda de uma sociedade.