Pela regeneração política e
reconstrução da Quarta
Internacional
Resposta ao documento do RCIT
"Healy’s
Pupils Fail to Break with their Master" [ Alunos de Healy não conseguem romper com seu Mestre ]
A Liga Comunista reproduz a resposta do Socialist Fight ( SF ) britânico ao RCIT. O SF é membro do Comitê de Ligação pela IV Internacional, do qual a LC é integrante. O RCIT é a internacional criada pelo RKOB austríaco. O RKOB é uma ruptura do Wokers Power britânico, defensor assim como sua matriz da 5a internacional, que apoiou a contrarevolução nos Estados operários e as chamadas "revoluções" na Líbia e na Síria. A polêmica trata dos principais fatos da luta de classes dos últimos 40 anos como a questão polonesa em 1980 - 1981, a restauração capitalista na URSS e Leste Europeu, anexação da Alemanha Oriental pelo imperialismo, o Agosto de 1991 na URSS, eleições na África do Sul em 1994, Guerra dos Balcãs, Quinta Internacional, Programa de Transição, o trotskismo nos Andes, "Primavera Árabe" e ofensiva imperialista contra Líbia e Síria, catastrofismo, a questão da crise de direção, etc.
INTRODUÇÃO
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Os fundadores da 5a Internacional, tanto Wokers Power/LFI quanto sua ruptura, o RKOB/RCIT, debutam capitulando a restauração capitalista nos Estados operários e a ofensiva imperialista contra as semi-colônias da Líbia e Síria.
Assim como a LFI acreditava poder pegar carona nos movimentos
anti-globalização, agora o RCIT aposta em poder tomar
um atalho através da "primavera árabe" |
Somos gratos ao camarada Michael Pröbsting do RCIT por que
ele escreveu um documento longo ( de quase 20.000 palavras ), consumindo um grande
tempo e esforço para fazê-lo, com o qual nós de fato aprendemos muito. Apesar de
termos acordos sobre a história da Quarta Internacional após a II Guerra
Mundial, existem substanciais diferenças entre o SF/CLQI e o RCIT sobre a
questão do método, uma vez que ele determina à continuidade do trotskismo o que
intimamente se relaciona com a nossa orientação para a reconstrução Quarta
Internacional, que se contrapõe ao chamado do RCIT para uma Quinta
Internacional. A renúncia do conjunto dos partidos que se reivindicavam
trotskistas a defesa do Programa de Transição em seu método e, em particular, do
partido que havia sido a principal seção da IV Internacional quando de sua
fundação, o SWP dos EUA, provoca a ruptura da Tendência Revolucionária do SWP
no início de 1960. Esta ruptura foi liderada por Wolfforth, Madge e Robertson.
Os agrupamentos que surgem a partir desta ruptura, vão desembocar em 1974 na divisão
do WRP que veio a se tornar a Liga Socialista dos Trabalhadores ( WSL ) e em
vários agrupamentos que internacionalmente surgiram a partir dessa luta,
incluindo o Comitê Internacional trotskista ( ITC ) e sua seção britânica, a
Revolucionário Internacionalista League ( RIL ), a Oposição Trotskista
Internacional ( ITO ), que rompeu com a degeneração da ITC, a Liga Internacional dos
Trabalhadores ( WIL, não confundir com a LIT morenista, a qual pertence o PSTU
brasileiro, cuja sigla em inglês é IWL ) da Grã-Bretanha e seu agrupamento
internacional; a Tendência Leninista Trotskista ( LTT ) na Grã-Bretanha, Bélgica,
Alemanha e África do Sul e outros na França e na América Latina. A rejeição a
defesa do legado de Trotsky por estas correntes também se reflete em muitas
questões práticas da luta de classes hoje tanto nacional como
internacionalmente, em particular sobre a forma de aplicar o Programa de
Transição e o seu método para as condições de hoje e como se relacionar com as
organizações de massa da classe trabalhadora, os sindicatos e partidos
operários burgueses, como se relacionar com a pequenos movimentos de libertação
nacionais burgueses e guerras imperialistas através das forças de resistência
dos países semi-coloniais.