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sábado, 7 de julho de 2012

CARTA AOS LEITORES

Medidas ‘anti-crise’ de Dilma,
matando a sede com água salgada
Editorial d'O Bolchevique #10
Gravura retratando a crise econômica de 2008
Estímulo ao crédito, redução do IPI, redução de juros bancários, ‘PAC das compras do governo’,... as medidas anti-crise de Dilma, de pesadas transferências de recursos estatais ao grande capital, expropriando trabalhadores através do arrocho salarial e do super-endividamento das famílias, ao mesmo tempo que retardam também potencializam a crise no Brasil


Na década passada, o governo Lula tentou blindar os capitais instalados no Brasil dos efeitos das crises econômicas (2001 e 2008), reorientando parte das exportações de commodities do país, que antes se dirigia a Europa e EUA, para a China, que no mesmo período suplantou os EUA como “locomotiva” da economia internacional.
Esta reorientação nas exportações, embora tenha retardado paliativamente a chegada da crise no Brasil, apenas acentuou o caráter semi-colonial agro-exportador do país. A aposta na China, que converteu-se no principal parceiro comercial do Brasil, favoreceu setores da classe dominante ligados ao extrativismo, como a Vale do Rio Doce, os magnatas da Soja associados a Monsanto, Eike Batista, etc., que acumularam enormes fortunas assim como os banqueiros.
Quanto à produção de bens de consumo, que até 2008 estava voltada para a exportação e ficou prejudicada com o estouro da crise internacional, o governo do PT apresenta como saída, o escoamento através do estímulo ao consumo em cascata: expansão do crédito das empresas e da população, renúncia fiscal e por fim antecipação e aumento das compras às indústrias pelo próprio Estado.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

BRASIL “6o PIB MUNDIAL” 2/5

CONCENTRAÇÃO DE RIQUEZAS E MISÉRIA CRESCENTE
Crescimento da riqueza capitalista, pauperização relativa das massas e impotência reformista
O Bolchevique #8 – janeiro de 2012
Marx abandonou a concepção de pauperização absoluta do proletariado e a teoria dos salários baseado no mínimo fisiológico, vigente no Manifesto Comunista. A evolução de sua crítica da economia política o conduziu à formulação da mais-valia relativa (ampliação da produtividade física do trabalho pela via do aprimoramento tecnológico). Assim, na medida em que podem interferir apenas no preço da força de trabalho, os sindicatos são impotentes diante da pauperização relativa dos operários e do crescimento da riqueza econômica. O sindicalismo reformista é incapaz de modificar a posição relativa do operário diante do capitalista, que tenderia a degradar-se cada vez mais, uma degradação identificada, não necessariamente com uma pauperização absoluta da força de trabalho, mas com uma precariedade crescente de seu emprego, dado o incremento da composição orgânica do capital, posto pela elevação da produtividade do trabalho.
A disparidade, favorável e momentânea, do impacto da crise sobre o Brasil também se percebe em outros indicadores econômicos, como no emprego e na Utilização da Capacidade Instalada (UCI), que se apresentam de forma quase inversas aos retraídos índices dos EUA e União Européia.
No Brasil, sob a base de uma precarização crescente do trabalho, a burguesia comemora o máximo recrutamento do exército industrial de reserva absorvido por uma UCI de 80% que se reflete em todos os ramos da produção.