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terça-feira, 23 de setembro de 2014

CORRESPONDÊNCIA DA ESCÓCIA

Escócia - uma obra em progresso
Balanço do referendo escocês na perspectiva dos trabalhadores
David Dinsmore - Scottish Republican Socialist Movement / SRSM

"A separação da Escócia é parte do processo de desintegração do império britânico
e é uma ajuda para o triunfo final dos trabalhadores do mundo."
John MacLean

A Liga Comunista publica na íntegra a carta que nos enviou o camarada David Dinsmore, membro do Scottish Republican Socialist Movement / SRSM (Movimento pela República Socialista da Escócia, em português).

Sindicalistas pela independência, YES, por uma República
Operária da Escócia e pela Solidariedade Internacional
A Escócia votou pelo “NO” – Dizem, bem aliviados, os partidos tradicionais de Westminster (o governo central em Londres) Labour/Liberais/Conservadores – partidos elitistas, dos banqueiros (sim – a maioria dos membros da oposição, do Partido Laborista, são milionários, educados em escolas e faculdades privadas, pertencentes as elites).

O voto “NO”, também contou com o apoio do UKIP – um partido de extrema direita e racista – e que chegou em primeiro lugar nas últimas eleições (para o Parlamento Europeu) na Inglaterra, enquanto na Escócia, ficaram apenas em quarto lugar. Também defendeu o “NO”, o British National Party e outros grupos abertamente fascistas, estes últimos, quase inexistente na Escócia. E por fim o 'Orange Lodge' (um grupo de extrema direta, protestante, a favor do imperialismo britânico, ativo no norte de Irlanda e Escócia, conhecido como Ordem de Orange), do qual, vou falar mais tarde.

domingo, 14 de setembro de 2014

SF- PLEBISCITO PELA INDEPENDENCIA DA ESCÓCIA

Vote "NÃO"
Declaração do Socialist Fight sobre o referendo escocês que ocorrerá em 18 de setembro:
8 de setembro de 2014
NOTA INTRODUTÓRIA DO COMITÊ DE LIGAÇÃO PELA IV INTERNACIONAL:
As organizações do Comitê de Ligação pela IV Internacional não chegaram a um acordo comum sobre que tática adotar diante do plebiscito acerca da independência da Escócia. A Liga Comunista, do Brasil, e a Tendência Militante Bolchevique, da Argentina, defendem o voto “SIM”. O Socialist Fight, da Grã Bretanha, defende o voto “NÃO”. Nossa jovem proto-internacional, que aspira se construir como um partido centralizado internacional, ainda não possui estrutura interna desenvolvida o suficiente para deliberar por votação interna a posição majoritária do CLFI diante desta questão. Não escondemos nossas divergências internas sobre essa tática e acreditamos que a publicação das duas posições seja a forma mais honesta de tratar o tema diante da classe operária, dos oprimidos e de sua vanguarda classista mundial.

Lenin assinalou criticamente sobre a questão nacional:

"A defesa de um ‘SIM’ ou de um ‘NÃO’ acerca da questão da separação de uma nação pode parecer muito "prática". Na realidade, isto é um absurdo; é metafísico em teoria, ao passo que, na prática, leva a subordinação do proletariado à política da burguesia. A burguesia sempre coloca suas exigências nacionais em primeiro plano, e faz isso de forma categórica. Com o proletariado, no entanto, essas demandas são subordinadas aos interesses da luta de classes. Teoricamente, não se pode dizer de antemão se a revolução democrático-burguesa em uma determinada nação vai acabar na secessão de outra nação, ou na sua igualdade com a última; Em ambos os casos, o importante para o proletariado é assegurar o desenvolvimento de sua classe. Para a burguesia é importante dificultar este desenvolvimento, colocando os objetivos da ‘sua’ nação antes dos do proletariado. É por isso que o proletariado é contido com a reivindicação defensiva do reconhecimento do direito à autodeterminação, sem dar garantias de qualquer nação, e sem comprometer-se a dar qualquer coisa em detrimento de outra nação... Na medida em que a burguesia da nação oprimida luta contra o opressor, estamos sempre, em todos os casos, e mais fortemente do que qualquer outra pessoa, a favor, pois somos o mais firme e os inimigos mais consistentes de opressão. Mas na medida em que a burguesia da nação oprimida representa o seu próprio nacionalismo burguês, estamos contra. Lutamos contra os privilégios e a violência do país opressor, e não podemos tolerar de forma alguma os privilégios dentro da nação oprimida". [1]

A desintegração dos Impérios: A Áustria-Hungria era uma Torre de Babel, um caos poliglota no qual mesmo os austríacos não conseguiam se entender... Os tchecos queria o restabelecimento do reino da Boêmia, e, finalmente, a união com a Rússia, Os Routhenians, oprimidos pelos poloneses e diferindo em língua e religião deles, aspiravam ansiosamente por uma incorporação no império do Czar. Os poloneses proclamou secretamente, se não abertamente, a restauração do reino da Polônia. A Itália irredenta [aspiração de um povo a completar a própria unidade territorial nacional, anexando terras de outro] estava sempre atenta para a Trentina e Trieste, não importa quão duro os eslavos, funcionários e policiais tentaram suprimir esta aspiração. Os eslavos do sul das costas da Dalmácia, Croácia e Eslavônia clamavam por uma unificação, e seu objetivo principal era o restabelecimento do antigo reino da Sérvia, abrangendo também a Sérvia, Bósnia, Herzegovina e Montenegro. Os romenos desejava sua anexação pelo jovem e vigoroso reino austro-húngaro. E, por último, não menos importante, os alemães da Boêmia, Morávia, Silésia, Baixa Áustria, Estíria, e os habitantes mais avançadas e politicamente educados dos Alpes, desejava uma união das províncias alemãs com a Alemanha de uma forma ou de outra.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

PLEBISCITO PELA INDEPENDENCIA DA ESCÓCIA

Vote “SIM!”
Contra o imperialismo e a monarquia britânica e pelo controle operário dos recursos energéticos escoceses!
Liga Comunista - Brasil
Tendencia Militante Bolchevique - Argentina
8 de setembro de 2014

NOTA INTRODUTÓRIA DO COMITÊ DE LIGAÇÃO PELA IV INTERNACIONAL:
As organizações do Comitê de Ligação pela IV Internacional não chegaram a um acordo comum sobre que tática adotar diante do plebiscito acerca da independência da Escócia. A Liga Comunista, do Brasil, e a Tendência Militante Bolchevique, da Argentina, defendem o voto “SIM”. O Socialist Fight, da Grã Bretanha, defende o voto “NÃO”. Nossa jovem proto-internacional, que aspira se construir como um partido centralizado internacional, ainda não possui estrutura interna desenvolvida o suficiente para deliberar por votação interna a posição majoritária do CLFI diante desta questão. Não escondemos nossas divergências internas sobre essa tática e acreditamos que a publicação das duas posições seja a forma mais honesta de tratar o tema diante da classe operária, dos oprimidos e de sua vanguarda classista mundial.
Nós, portanto, publicaremos as duas declarações em seus idiomas originais. Abaixo está a declaração do SF em inglês. Em breve publicaremos a declaração da LC e TMB em inglês e a declaração do SF, em português.

No próximo 18 de setembro, ocorrerá um plebiscito na Escócia para decidir se o país se separa ou não do Reino Unido. Uma das questões econômicas importantes que estão por trás desta decisão jurídica-política, é a questão do petróleo do mar do norte.

O mar territorial adjacente no Atlântico Norte e no Mar do Norte contém as maiores reservas de petróleo da União Europeia” [ 1 ].

Esta parte do oceano é, hoje, propriedade pessoal da coroa britânica. Não é por acaso que a Rainha anda “assustada” como as pesquisas que dão vitória para o SIM no plebiscito [ 2 ].

Independente dos interesses burgueses e aspirações imperialistas dos dirigentes da campanha pela independência, mesmo que o Partido Nacional Escocês (SNP) seja um partido burguês de centro-direita, que agora tenta seduzir a UE e aos EUA para ganhar simpatias para romper com seu atual amo imperialista, não se pode de modo algum descartar o fato fundamental de que esta ruptura poderá provocar sérios problemas energéticos para o imperialismo britânico.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

QUESTÃO JUDAICA

A questão judaica a luz da revolução
universal e permanente hoje

Em documentos anteriores afirmamos que não reconhecemos o direito do sionismo a auto-determinação porque, historicamente, e é assim hoje, este direito só pode ser exercido em detrimento da nação palestina, uma vez que o sionismo nasce e cresce sendo funcional ao expansionismo imperialista no Oriente Médio.

Reivindicamos o legado teórico de Abrahan Leon [ 1 ], que formulou a teoria de que os judeus são um povo que se coesionou historicamente no período pré-capitalista como uma classe social mercantil e financeira sob um manto ideológico-religioso de "povo escolhido", um “povo-classe”. Leon foi membro de uma organização sionista de esquerda, a Hashomer Hatzair, fundada em 1913 na Áustria-Hungria. Em 1940, ele rompeu com o sionismo com base em um profundo e original estudo materialista histórico da questão judaica, tornando-se trotskista, membro da seção belga da IV Internacional e da resistência contra a ocupação nazista e do militarismo de Winston Churchill, exortando os trabalhadores belgas a combater Hitler e Churchill e transformar a II Guerra Mundial em guerra civil. Em 1942 ele escreveu A Questão Judaica: Uma Interpretação marxista um trabalho que continua a ser um amplamente utilizado marxista análise da história sócio-econômica dos judeus. Leon foi preso pelos nazistas em junho de 1944, ele foi posteriormente deportado para Auschwitz , onde morreu em setembro. 

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

RESPOSTA DO CLQI AO RCIT

Pela regeneração política e
reconstrução da Quarta Internacional
Resposta ao documento do RCIT
"Healy’s Pupils Fail to Break with their Master" Alunos de Healy não conseguem romper com seu Mestre ]

Socialist Fight / CLQI
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A Liga Comunista reproduz a resposta do Socialist Fight ( SF ) britânico ao RCIT. O SF é membro do Comitê de Ligação pela IV Internacional, do qual a LC é integrante. O RCIT é a internacional criada pelo RKOB austríaco. O RKOB é uma ruptura do Wokers Power britânico, defensor assim como sua matriz da 5a internacional, que apoiou a contrarevolução nos Estados operários e as chamadas "revoluções" na Líbia e na Síria. A polêmica trata dos principais fatos da luta de classes dos últimos 40 anos como a questão polonesa em 1980 - 1981, a restauração capitalista na URSS e Leste Europeu, anexação da Alemanha Oriental pelo imperialismo, o Agosto de 1991 na URSS, eleições na África do Sul em 1994, Guerra dos Balcãs, Quinta Internacional, Programa de Transição, o trotskismo nos Andes, "Primavera Árabe" e ofensiva imperialista contra Líbia e Síria, catastrofismo, a questão da crise de direção, etc.

INTRODUÇÃO

Os fundadores da 5a Internacional,
tanto Wokers Power/LFI quanto sua ruptura, o RKOB/RCIT,
debutam capitulando a restauração capitalista nos Estados operários
e a ofensiva imperialista contra as semi-colônias da Líbia e Síria.

Assim como a LFI acreditava poder pegar carona nos movimentos
anti-globalização, agora o RCIT aposta em poder tomar
um atalho através da "primavera árabe"
Somos gratos ao camarada Michael Pröbsting do RCIT por que ele escreveu um documento longo ( de quase 20.000 palavras ), consumindo um grande tempo e esforço para fazê-lo, com o qual nós de fato aprendemos muito. Apesar de termos acordos sobre a história da Quarta Internacional após a II Guerra Mundial, existem substanciais diferenças entre o SF/CLQI e o RCIT sobre a questão do método, uma vez que ele determina à continuidade do trotskismo o que intimamente se relaciona com a nossa orientação para a reconstrução Quarta Internacional, que se contrapõe ao chamado do RCIT para uma Quinta Internacional. A renúncia do conjunto dos partidos que se reivindicavam trotskistas a defesa do Programa de Transição em seu método e, em particular, do partido que havia sido a principal seção da IV Internacional quando de sua fundação, o SWP dos EUA, provoca a ruptura da Tendência Revolucionária do SWP no início de 1960. Esta ruptura foi liderada por Wolfforth, Madge e Robertson. Os agrupamentos que surgem a partir desta ruptura, vão desembocar em 1974 na divisão do WRP que veio a se tornar a Liga Socialista dos Trabalhadores ( WSL ) e em vários agrupamentos que internacionalmente surgiram a partir dessa luta, incluindo o Comitê Internacional trotskista ( ITC ) e sua seção britânica, a Revolucionário Internacionalista League ( RIL ), a Oposição Trotskista Internacional ( ITO ), que rompeu com a degeneração da ITC, a Liga Internacional dos Trabalhadores ( WIL, não confundir com a LIT morenista, a qual pertence o PSTU brasileiro, cuja sigla em inglês é IWL ) da Grã-Bretanha e seu agrupamento internacional; a Tendência Leninista Trotskista ( LTT ) na Grã-Bretanha, Bélgica, Alemanha e África do Sul e outros na França e na América Latina. A rejeição a defesa do legado de Trotsky por estas correntes também se reflete em muitas questões práticas da luta de classes hoje tanto nacional como internacionalmente, em particular sobre a forma de aplicar o Programa de Transição e o seu método para as condições de hoje e como se relacionar com as organizações de massa da classe trabalhadora, os sindicatos e partidos operários burgueses, como se relacionar com a pequenos movimentos de libertação nacionais burgueses e guerras imperialistas através das forças de resistência dos países semi-coloniais.