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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

REVISANDO O REVISIONISMO II

A herança que nós renunciamos da
política Frente Populista do Partido Obrero
Informativo da CRCI chamando voto no MAS
boliviano, uma frente popular em forma de partido
Fustigados por uma correspondência de uma recente ruptura do Partido Obrero argentino, a Tendencia Piquetera Revolucionária (TPR), a qual reproduzimos logo abaixo, fomos levados, a LC e a TMB, a realizar um acerto de contas com nossa origem política na corrente internacional dirigida por Jorge Altamira. Tratava-se de uma tarefa até então pendente para a LC que nunca foi resolvida pelo PCO, LBI, POR ou POM, organizações brasileiras que tiveram sua origem no altamirismo e que não por acaso carregam hoje os vícios desta vertente do pseudo-trotskismo. Quando esboçaram algum balanço de sua matriz estes agrupamentos no máximo realizaram convenientemente críticas do momento de sua ruptura em diante, sob o auto-engano de que tudo era correto e principista até o momento em que foram levados a romper, recusando-se a combater pela raiz a tradição altamirista. Lamentavelmente os companheiros da TPR incorrem no mesmo equívoco. Romperam organicamente com o PO, mas seguem reivindicando o “altamirismo das origens”. Sob a mesma influência deformada encontram-se em menor ou maior grau o conjunto dos agrupamentos do CRCI que até o momento não firmaram um combate contra as concepções de “governo de toda a esquerda”, de apoio crítico ao MAS Boliviano e ao Syriza na Grécia, de formação de frentes populares “anti-austeridade”.
Qual a importância deste debate hoje? Simples. Primeiramente para disputar a consciência política dos militantes honestos que militaram ou militam na base das organizações influenciadas pelo PO, na Grécia (EEK), Itália (Partito Comunista dei Lavoratori), Venezuela (Opción Obrera), etc. e também porque a direção do PO renega  o combate trotskista contra a política de frentes populares em favor da estratégia conciliacionista de “frentes de esquerda” ao mesmo tempo em que rechaça a tática da frente única antiimperialista aderindo como papagaio ao ombro esquerdo da OTAN nas campanhas militares de re-colonização do Oriente Médio em favor das reacionárias contra-revoluções árabes na Líbia e na Síria e do aborto dos levantes populares nos demais países da região. Por tudo isto, este debate assume uma importância capital para aqueles que se reivindicam marxistas em nosso tempo e lutam por fundir o comunismo com o movimento operário ativo, para aqueles que acreditam que sem este combate não é possível assentar as bases programáticas para as táticas e estratégias revolucionárias para a atual etapa histórica.