política Frente Populista do Partido Obrero
Informativo da CRCI chamando voto no MAS boliviano, uma frente popular em forma de partido |
Qual a importância deste debate hoje? Simples. Primeiramente para disputar a consciência política dos militantes honestos que militaram ou militam na base das organizações influenciadas pelo PO, na Grécia (EEK), Itália (Partito Comunista dei Lavoratori), Venezuela (Opción Obrera), etc. e também porque a direção do PO renega o combate trotskista contra a política de frentes populares em favor da estratégia conciliacionista de “frentes de esquerda” ao mesmo tempo em que rechaça a tática da frente única antiimperialista aderindo como papagaio ao ombro esquerdo da OTAN nas campanhas militares de re-colonização do Oriente Médio em favor das reacionárias contra-revoluções árabes na Líbia e na Síria e do aborto dos levantes populares nos demais países da região. Por tudo isto, este debate assume uma importância capital para aqueles que se reivindicam marxistas em nosso tempo e lutam por fundir o comunismo com o movimento operário ativo, para aqueles que acreditam que sem este combate não é possível assentar as bases programáticas para as táticas e estratégias revolucionárias para a atual etapa histórica.
CARTA
DA TPR PARA A LC
Compañeros:
Vimos en su blog el texto "A
tática da Frente Única Antiimperialista e a estratégia da Revolução Permanente
contra a atual ofensiva imperialista" del compañero Ret Marut de Socialist
Fight de Inglaterra.
Como pueden ver en nuestra página
(www.tpr-internet.blogspot.com), en nuestro periódico "EL PIQUETERO"
N°1
(http://www.youblisher.com/p/216805-PIQUETERO-N-1-Ano-1-20-de-Diciembre-de-2011/),
hemos publicado los textos de Altamira-Magri publicados en la Revista de la TCI
(Tendencia Cuarta Internacionalista) en oposición a Moreno-Lambert en defensa
del Frente Único Anti-imperialista.
Por lo tanto, más allá de que no compartamos en
nada su posición sobre la revolución árabe, nos interesa conocer su posición al
respecto. Si lo pueden mandar en español o inglés sería lo ideal. Por último, les dejamos nuestro último
periódico:
http://www.youblisher.com/p/360487-EL-PIQUETERO-N-2-ANO-2-JUNIO-2012/
Saludos.
Christian Armenteros,
por el Comité Central de la Tendencia Piquetera
Revolucionaria (TPR) - Argentina
CARTA
DE RESPOSTA DO CLQI A TPR
REVISANDO O REVISIONISMO II
A herança que
nós renunciamos da
política
Frente Populista do Partido Obrero
Companheiros de TPR,
Com prazer atendemos ao vosso
pedido. Vos enviaremos o livro "A tática da Frente Única Antiimperialista
e a estratégia da Revolução Permanente contra a atual ofensiva
imperialista" na íntegra e em pdf, em anexo. Este documento apenas foi
impresso em português e inglês. Assim, vos enviamos também a versão em inglês
tal como ele foi impresso pelo Socialist Fight #8. http://suacs.files.wordpress.com/2012/03/socialist-fight-no-82.pdf
A LC e a TMB argentina agregaram,
ao conteúdo do texto escrito pelos camaradas britânicos, uma introdução
relativamente longa contendo uma revisão do revisionismo de nossas correntes
matrizes. Nossas jovens correntes aproveitam a resposta a vossa carta para saudar
contas com nossa origem política altamirista.
PELO INTERNACIONALISMO PROLETÁRIO CENTRALIZADO DEMOCRATICAMENTE
CONTRA O CAUDILHISMO CONCENTRADOR
NACIONAL TROTSKISTA
A LC nasceu da LBI. A LBI é uma
ruptura do PCO, o principal grupo criado pelo altamirismo no Brasil e no mundo,
mas que já não faz parte da CRCI por razões convenientemente não publicitadas
nem pela direção do PCO nem pela direção do PO. Trata-se de uma dissolução oportunista
das relações políticas estabelecidas por mais de duas longas décadas. Todavia,
efetivamente nunca houve uma construção de uma extensão orgânica de PO em parte
alguma.
A direção do PO nunca quis ter
uma disciplina orgânica nem tão pouco se dispôs a investir materialmente na
construção internacional. A camarilha dirigente utilizando-se deformadamente do
correto conceito bolchevique da profissionalização dos quadros, sempre se negou
a prestar contas do uso dos recursos partidários em relação os meios de vida da
propia camarilha. Portanto, sempre se opôs a um enquadramento a nível
internacional a que – pelo menos formalmente – tivesse que prestar contas de
sua ação política. Até 2004 a relação PO – PCO funcionava de um modo
federativista anárquico. Mas, neste ano a direção do PO acredita ser necessário
estender o caudilhismo concentrador que exerce no plano nacional ao plano
internacional, tendo obviamente o PO a função de partido mãe e dando inclusive
uma cobertura internacional sobretudo ao seu caudilhismo concentrador
disfarçando seu nacional trotskismo, a causa ideológica da deformação na
concepção de partido . A nova relação que o PO buscava impor, entra em choque
com a direção do PCO, discípula bem formada no mesmo desvio caudilhista
concentrador – que é a antítese do centralismo democrático – e se recusa a
largar o vício em favor do partido mãe.
A TMB tem suas origens no PBCI,
uma ruptura do PO. O PBCI dissolveu-se no início deste século, aproveitando a
onda piquetera em 2001 para converter-se em uma ONG oportunista. Os
companheiros que formam a TMB, a seu momento, militaram no PBCI quando este se
juntou a LBI e formaram a Corrente Bolchevique por la IV Internacional (CBQI).
Quando da ruptura da CBQI, convergiram com a LBI e vincularam-se a esta por
algum tempo, mas depois se distanciaram da mesma. Cinco anos após sua fundação,
em 2000, a própria LBI havia abandonado qualquer tentativa real de construção
internacional ou inserção em organizações de massa, no movimento operário,
estudantil ou camponês, manifestando também o veneno caudilhista concentrador
de suas matrizes que acabou por atrofiar por completo aquela organização. Hoje,
TMB, LC e SF fazem parte do Comité de Vinculación por la IV Internacional (cuja
sigla é LCFI em inglês e CLQI em português).
“REVOLUÇÕES ÁRABES”
OU CONTRA-REVOLUÇÕES
DEMOCRATIZANTES?
A TPR afirma que reivindica a
tática da FUA através da estratégia da Revolução Permanente. Correto. A TPR
critica o apoio do PO à contra revolução democratizante no mundo árabe e a
impostura de embelezar às tendências ao fascismo aos golpes e a reação (Carta
Aberta da TPR ao XX Congresso do PO, 07/2012). Correto. Todavia,
contraditoriamente, a TPR se deixa influenciar pela propaganda de guerra
pró-imperialista da “revolução árabe” que a CRCI e a LIT e todo o arco
pseudo-trotskista reproduzem. Companheiros, em que lugar do mundo árabe ocorreu
uma revolução? Em que lugar houve uma substituição da classe dominante no poder
político? Que classe fez a revolução árabe? Contra quem foi realizada a
revolução árabe? A revolução dispensa a necessidade da derrota da classe
dominante?
Mesmo que façamos uma analogia
com revoluções derrotadas como a Revolução Russa de 1905, há que se destacar
que se tratou de um processo onde as massas superaram todos os limites da luta
sindical e da greve política com o advento dos sovietes. Na Bolívia de 1952 ou na
Nicarágua em 1979 os regimes burgueses se desintegraram, dando lugar a governos
kerenkistas ou frente populistas que assumiram o poder político para abortar a
revolução social. Onde estão os governos kerenkistas da “revolução árabe”? Os
que apelam para o argumento que na Líbia ou na Síria, pelo menos a princípio,
existiram “de forma embrionária” legítimos processos revolucionários, “revoluções
democráticas” ou “revoluções de fevereiro” que não alcançaram sua fase
“outubro”, contestamos reivindicando que nos mostrem onde se encontram os
organismos de duplo poder independentes da burguesia (para não dizer do
imperialismo)? O revisionismo morenista da “revolução democrática” e suas
variantes desprezam a análise do fenômeno do ponto de vista dos interesses
históricos da classe trabalhadora, rompe com a teoria da revolução permanente e
serve ao imperialismo ao apoiar as contra-revoluções democratizantes.
No mundo árabe uma fração
burguesa que dirigia o Estado capitalista foi substituída por outra fração da
classe dominante árabe (Líbia e talvez Síria) que é apoiada por uma coalizão de
Estados imperialistas através de organismos de aliança militar e diplomáticos
como a OTAN e a ONU. O governo parido da “revolução líbia”, por exemplo, se
apóia nos principais órgãos de dominação política e militar do capital
imperialista e desde então que se apossaram da máquina estatal foram fiéis
agentes do imperialismo em seu país. O mesmo destino está reservado para a
Síria segundo os planos do grande capital internacional.
Os verdadeiros marxistas costumam
ser criteriosos quando se trata de definir o objetivo de sua atividade
militante, a revolução. Não buscam confundir as massas ou euforizar sua base
militante e seus leitores chamando de revolução as contra-revoluções ou as
alterações cosméticas operadas pelo regime de seus inimigos de classe. A
burguesia age segundo o aforisma de Giuseppe di Lampedusa, “as coisas precisam
mudar para permanecer como estão”. Nosso rigor não é um capricho, fazemos isto
porque sabemos que nossos fins só serão alcançados com a derrubada violenta de
toda ordem social existente.
Mesmo após a ditadura monárquica
czarista cair sob a pressão de uma insurreição popular, que obrigou a burguesia
a governar apoiando-se no controle que os mencheviques exerciam sob os
sovietes, Lenin questiona o engano das massas pelos conciliadores de classe de
sua época em nome de “revolução”.
“Por mais alto que gritem os
capitalistas e seus lacaios [referindo-se aos mencheviques], afirmando o
contrário, sua mentira não deixará de ser mentira. O que não faz falta neste
momento é que as frases obscureçam o entendimento e embotem a consciência.
Quando se fala de ‘revolução’, de ‘povo revolucionário’, de ‘democracia
revolucionária’, etc; em nove de cada dez casos se trata de mentiras ou
auto-engano. É preciso perguntar ‘que classe faz a revolução?’ Contra quem se
fez a revolução?’. Contra o Czarismo? Neste sentido, na Rússia são hoje
revolucionários a maioria dos latifundiários e capitalistas. Uma vez que virou
fato consumado (a revolução política de fevereiro) até os reacionários se
baseiam nas conquistas da revolução. Na atualidade, o modo mais frequente, mais
abjeto e mais nocivo de enganar as massas é elogiar a revolução neste sentido.
A conclusão é clara, só o poder do proletariado, apoiado pelos semiproletários,
pode dar ao país um poder realmente firme e verdadeiramente revolucionário.
Será realmente firme, estável pois não se baseará, por necessidade, no
conciliacionismo instável dos capitalistas com os pequenos proprietários, dos
milionários com a pequena burguesia.” (Acerca do poder revolucionário firme,
06/05/1917).
Reconhecemos os levantes
populares que ocorrem na Tunísia, Egito, Bahrein, etc. Levantes espontâneos
como os que ocorreram em Londres em 2011 ou na Argentina em 2001. Mas, nem
todos os processos são espontâneos. Os casos do Sudão do Sul, da Costa do
Marfim, da Líbia e da Síria a TPR caracteriza como “revoluções”? Em todos estes
verifica-se claramente a visível mão do imperialismo e da CIA armando e
orientando a oposição burguesa de um modo não muito distinto de Haiti, Honduras
e Paraguai. Se no Egito vemos a ditadura seguir governando pela via de eleições
fraudulentas e a colaboração da Irmandade Muçulmana, na Líbia, desde o
princípio se articulou um golpe de Estado para substituir a ditadura de Kadafi
por outra ditadura mais afinada com os interesses econômicos do imperialismo
anglo-saxônico contra os interesses do bloco burguês russo-chino.
Os movimentos do mundo árabe
evoluíram para duas variantes hegemônicas: 1) os levantes espontâneos sem
direção revolucionária e protagonismo operário organizado como no Egito foram
cooptados e manobrados pelo imperialismo; 2) a dinâmica dos processos como na
Líbia e Síria é desde sua gênese diretamente controlada por agentes do
imperialismo. No caso líbio, podemos assinalar o fusilamento massivo de
operários por parte das forças do CNT. Operários que em sua maioria originários
da África Subsaariana e que por sua vez, compõem a maior parte da classe
operária Líbia. Os que depois disto não viram onde se encontrava a trincheira
de classe não merece ser chamado marxista.
http://www.youtube.com/watch?v=FzmamhtoAPU.
Técnicos, engenheiros, os setores aristocratizados da classe operária na Líbia,
geralmente de origem européia, de fato não foram atacados mas repatriados. 1
OS PSEUDO-TROTSKISTAS
E SUA FRENTE ÚNICA
PRÓ-IMPERIALISTA
Sob o impacto da ofensiva capitalista
decorrentes da crise econômica e da recolonização democrática no mundo árabe
vemos as correntes centristas tradicionais transitarem em direção ao
oportunismo. Os advogados da “revolução líbia” vão ter que demonstrar como pode
se començar uma revolução aliado-se a OTAN e exterminando o proletariado. O que
nos indica que a “revolução líbia” não passou de uma sanguinária, anti-operária
e racista contra-revolução pró-imperialista. E por mais que os
pseudo-trotskistas seguindo a CNN digam o contrário e apóiem a propaganda de
guerra da rapina imperialista, sua mentira não deixará de ser mentira e o SU,
LIT, CRCI, COREP,UIT, FT, FLTI e todos os outros revisionistas não passarão de
caixa de ressonância do imperialismo, ou seja, realizam literalmente uma Frente
Única Pró-Imperialista.
Estas correntes atuam como
“extrema esquerda do bloco imperialista ango-saxão, inclusive por interesses
economicos como é o caso da ONG haitiano Batay Ovriere financiada pela CIA e
parceira do PSTU brasileiro, da LIT e da Conlutas; e também pela ala do bloco
europeu hegemonizada pelo imperialismo francês – agora que o Estado
imperialista francês parece retomar a política da III República, ou seja, de
uma continuação continental das ilhas britânicas.
Não podemos deixar a pressão
ideológica pós-moderna, inimiga mortal do materialismo dialético, nos confundir
entre o que seja uma contra-revolução ou uma revolução. Esta verificação
elementar nos orienta programaticamente para uma frente CONTRA ou COM o
imperialismo. Sobre isto recomendamos a leitura de:
“REVOLUÇÃO” OU REAÇÃO “COM FORMA
DEMOCRÁTICA”?
1983:
PO PROPÕE UMA FRENTE POPULAR
“ANTIIMPERIALISTA”
COM OLIGARQUIAS REGIONAIS
REPRESENTADAS NO PJ,
APOIADORES DA DITADURA E DA
TRIPLE A
No Brasil, Altamira afirmou que a
crise econômica havia borrado os conceitos trotskistas vigentes desde 1938 até
2008. A partir de então, seria necessário construir novas frentes políticas com
base em novos programas. O resultado desta revisão são a FIT (acertadamente
apontada pela TMB como “La unidad del electoralismo convertese en la izquierda
del modelo nac & pop de CFK”) e pior, o apoio liquidacionista da CRCI ao
Siriza grego. Todavia, os camaradas de TPR deixam passar que o curso da
degeneração política do CRCI já havia se imposto quase três décadas antes de
sua formalização teórica escandalosamente oportunista. Nós próprios temos que
reconhecer que seja na Argentina ou com os discípulos brasileiros do PO, quando
ingressamos no PO ou no que originou o PCO na década de 1980, as bases da
degeneração frente populista atual já estavam consolidadas.
Após seu nascimento em 1964, na
década seguinte, Politica Obrera vincula-se por um curto período de 1972 a 1979
ao setor anti-pablista da IV Internacional (constituído pelas correntes que se
referenciavam no velho CI), aproximando-se do CORCI lambertista ao qual também
estava ligado federativamente o POR Boliviano. Acertadamente, no final dos anos
1970 Politica Obrera rompe com o giro frente populista do lambertismo que irá
apoiar Mitterrand e fundar uma breve corrente oportunista internacional com o
morenismo. Altamira e Lora seguem juntos em um comitê de ligação federativo chamado
TQI que se extingue quase por inanição em 1985 devido ao nacional-trotskismo e
o messianismo auto-proclamatório de ambos, tomando Lora a iniciativa de formaliza
seu desinteresse em alimentar relações políticas internacionais. É só a partir
de então que Altamira deixa de embelezar e passa a criticar o papel oportunista
do POR Boliviano na Revolução de 1952. A direção pequeno burguesa, a ausência
de organicidade com a classe operária, o objetivismo, empirismo e
impressionismo que caracterizam sua base social, o caudilhismo organizativo e a
estratégia de construção nacional trotskista cobram seu preço ao PO fazendo com
que o giro democratizante do grupo tenha início com a democratização do regime
burguês em 83, quando Politica Obrera converte-se em Partido Obrero e a seu
modo reproduz a mesma dinâmica que havia tido o morenismo antes do MAS, em 73,
com a fundação do PST.
PO convoca "Por uma Frente
Antiimperialista de toda a esquerda" para as eleições de 30 de outubro de
1983. Propõe uma série de bandeiras, “pontos programáticos comuns” e convoca
para a frente “antiimperialista” o PC argentino, o Partido Intrasigente, o
grupo Intrasigência Peronista, Partido Socialista Popular, Partido Socialista
Autentico, MAS, PL, Partido del Trabajo y del Pueblo. (do livro “Que es el
Partido Obrero”, pág 118). Trata-se na verdade de um truque em que por trás da
causa antiimperialista o PO camufla seu chamado a uma frente popular eleitoral
com setores da burguesia argentina e seus agentes reacionários, com Intasigencia
Peronista, dirigida por Saddi, um dirigente do PJ, um instrumento da dominação
burgesa completamente pro-imperialista e membro de uma das oligarquias regionais
mais reacionárias de Catamarca 2; com o PC que
apoiou a ditadura militar genocida; com o PTP que apoiou a Triple A (Aliança
Anticomunista Argentina, um esquadrão da morte de extrema direita)!!! Mesmo
quando propunha uma frente única de ação com a social democracia e com o PC contra
o fascismo – e não com os apoiadores do fascismo como é o caso do PO – Trotsky
alertava:
“Nenhuma plataforma comum com a social-democracia ou com os chefes
dos sindicatos alemães, nenhuma edição, nenhuma bandeira, nenhum cartaz comum:
marchar separadamente, lutar juntos. Combinação apenas nisto, como combater,
quem combater e quando combater ... Foi unicamente graças a isto que vencemos.”
(Carta ao operário comunista alemão do PCA, 08/12/1931).
Eis que o PO tratou de sugerir
plataformas, bandeiras, e o que fosse possível dentro de um campo político
comum forçosamente unificado em torno da genérica qualificação de “esquerda”. Longe
de uma frente de ação com objetivos comuns antiimperialistas e diferenças
políticas bem delimitadas, o que pretende o PO é atrair parceiros para uma
aventura eleitoral misturando-se como se todos fizessem parte de uma grande
família chamada “esquerda”.
“Os bolcheviques realizaram
acordos práticos com as organizações revolucionárias pequeno-burguesas para o
transporte clandestino de publicações revolucionárias e, algumas vezes, para a
organização comum de uma manifestação, ou para responder aos grupos de
"pogromistas". Quando das eleições para a Duma, recorreram, em certas
circunstâncias e no segundo grau [A eleição de deputados para a Duma era
realizada através de colégios eleitorais em segundo e terceiro graus], à blocos
eleitorais com os mencheviques ou com os socialistas revolucionários. Isso é
tudo. Nem "programas" comuns, nem organismos permanentes, nem
renúncia a criticar os aliados circunstanciais. Este tipo de acordos e
compromissos episódicos, estritamente limitados a objetivos precisos – os
únicos que Lenine tomava em consideração – nada tinham em comum com a Frente
Popular, que representa um conglomerado de organizações heterogêneas, ... por
uma política e um programa comum: por uma política de ostentação, de declamação
e de poeira nos olhos.A política da Frente Popular é uma política de traição. A
regra do bolchevismo, no que se referia aos blocos, era a seguinte: Marchar
separados, vencer juntos! A regra dos atuais chefes da Internacional Comunista
é: Marchar juntos para ser derrotado separadamente.” (Leon Trotsky, A França na
Encruzilhada, 28/03/1936).
Através da mais escandalosa
ostentação o PO ressalta “a esquerda deste país tem uma plataforma programática
que a diferencia claramente do conjunto das forças tradicionais” (Carta a los
Partidos y Corrientes de Izquierda, 14/07/1983, in Que es el Partido Obrero, p.115).
A quem se referem? Seria Saddi claramente diferente das forças tradicionais? E
o PO prossegue embelezando a quem qualifica de esquerda argentina “Só a
esquerda e ninguém mais que ela levanta um programa de características
antiimperialistas... Só as medidas contempladas nas plataformas da esquerda
podem abrir um curso de saída a esta situação,... que se reconheça que em
nossas plataformas existe a base de um acordo principista” (idem, páginas 116 e 117). Toda uma política de declamação e
de poeira nos olhos que em nada deixa a desejar em relação ao proselitismo
stalinista. Para atrair seus aliados a sua frente completamente sem princípios,
o PO despudoradamente anuncia compartir princípios comuns com o PC que apoiou a
ditadura assassina de 30 mil lutadores sociais e ao PTP que apoiou os
esquadrões da direita fascista que auxiliaram a ditadura nesta guerra suja.
O PO realiza o caminho oposto
convoca uma frente não para a ação antiimperialista mas para as eleições
burguesas com setores da burguesia sob uma programa comum. Para os autênticos
marxistas, mesmo quando se trata da social democracia
“os acordos eleitorais,
arranjos parlamentares feitos entre o partido revolucionário e a
social-democracia servem aos interesses da social democracia. Acordos práticos
para ações de massa, para fins de combate, servem sempre a causa do partido
revolucionário.” (Carta ao operário comunista alemão do PCA, 08/12/1931).
Certamente que o bloco proposto pelo PO servia aos interesses dos setores
burgueses e oportunistas, no entanto foi outro partido pseudo-trotskista com
uma década de experiência oportunista a frente do debutante PO quem
protagonizou o projeto de Frente Popular, o MAS. Se depois de 1983 o PO se
colocou a esquerda do MAS foi porque o MAS já havia lhe tomado seu pretendido
espaço político, uma vez que já gozava do know
how adquirido desde 1973, com o PST. Foi somente a partir de 1991, quando
se processa a crise do MAS de 90-91 com a restauração capitalista na URSS e
Leste Europeu onde PO lhe claudica o restauracionismo e passa a ocupar o
espectro e inclusive o caráter político da corrente morenista.
Por que então deveríamos nos
surpreender o fato do PO festejar o ascenso da frente popular da Esquerda
Européia, da Frente de Esquerda Francesa, do Syriza ou do Die Linke se há 30
anos Altamira já tomava a iniciativa de propor na própria argentina a fundação
de uma frente popular com partidos oportunistas e burgueses do quilate do PC
argentino, do Partido Intrasigente, do Intrasigência Peronista e do PTP?
Reivindicando o PO e a CRCI de
2004 contra o PO pós-2009 os camaradas da TPR nada mais fazem do que embelezar
todo o desvio frente populista anterior que apenas agora atinge sua expressão
mais cristalizada.
Em 1983, o PO proporá uma frente eleitoral
platônica “antiimperialista” com setores da direção burguesa representandos no
PJ. Todavia, diante da ofensiva imperialista nos Balcãs, Afeganistão, Iraque,
Líbia o PO rechaçou uma frente única antiimperialista real e necessária com as
direções nacionalistas burguesas. De fato, a “frente antiimperialista” proposta
por PO nunca foi uma frente política e militar contra o imperialismo, mas sim
uma frente com interesses cretinamente eleitoralistas com as direções
stalinistas que apoiaram os verdugos de 30 mil lutadores sociais argentinos e os
setores mais reacionários da burguesia nacional e inclusive completamente
pró-imperialistas como o PJ.
“O PO Argentino e a LIT
reivindicam o campo militar da ditadura Argentina contra o imperialismo na
guerra das Malvinas. Mas, agora, na Líbia e Síria, em nome do combate a
ditadura aderiram a propaganda de guerra imperialista, tomam o campo
imperialista da “primavera árabe” contra as atuais nações oprimidas sob ataque.
Estes partidos demonstram que seu antiimperialismo não passa de nacionalismo ou
patriotismo latino americano; um “sentimento” que mesmo sendo progressivo, quando
se trata da luta pelas reivindicações nacionais da nação oprimida, nada tem a
ver com o antiimperialismo e anticolonialismo de Marx, Lenin e Trotsky.”
(Declaração da CVCI - Malvinas: a ofensiva imperialista no atlántico sul:
Diante da impotência do governo argentino e da nova ofensiva imperialista,
construir uma resposta operária e internacionalista).
http://lcligacomunista.blogspot.com.br/2012/05/malvinas-ofensiva-imperialista-no.html
Se em 1989 a postura do PO foi de
defender os militantes do MTP e criticar a vergonhosa posição do MAS de solidarizar-se
com os militares genocidas do assalto ao quartel de La Tablada, em 1997, para
agradar seus eleitores de classe média o PO criminaliza o grupo ETA, acusa-o de
terrorista e objetivamente serve a propaganda do Estado terrorista espanhol
contra a guerrilha nacionalista basca (PO 548). ante los atentados de la ETA
señalando que la postura de PO. De forma retardada e bem mais lentamente o
altamirismo reproduz o fenômeno da dinâmica do MAS nos anos 80. Todavia, o PO,
ao contrário do MAS, sobreviveu a derrota histórica que significou o fim da
URSS e dos demais Estados operários do Leste Europeu, assim como da China
provocou um imenso giro à direita na pequena burguesia e também em seus
aparatos partidários pretensamente socialistas, comunistas ou trotskistas. Se
entre 1979 e 1981 PO critica a política anti-defensista e democratizante do
morenismo de combater a ocupação soviética do Afeganistão (uma medida
burocrática de defesa das fronteiras da URSS e do governo frente populista
pró-Moscou) e de defender a consigna “Todo Poder ao Solidariedade!”, sindicato
nacional polonês de base operária mas direção pró-Vaticano manietada pela CIA, na
década posterior, no momento em que a contra-revolução democratizante estava
restaurando o capitalismo nos Estados operários Altamira junta-se ao coro dos
anti-defensistas.
O PO DIANTE DA RESTAURAÇÃO
CAPITALISTA NA URSS:
ESQUIZOFRENIA EXTREMA E/OU ESCANDALOSO
OPORTUNISMO
Em 1981, o PO afirmava: "Em
1980, o CI (Comitê Internacional) se colocou contra a defesa incondicional da
URSS na guerra entre esta e as guerrilhas feudais no Afeganistão... continuam
defendendo a URSS como estado operário, mas suas colocações demonstram que
estão a ponto de trocar de camiseta... No estado operário burocratizado, a
burocracia deve defender, frente ao capital, as conquistas sociais do
proletariado, que são a base dos seus privilégios (‘As teses do Comitê
Internacional’ — Jorge Altamira e Júlio Magri, revista Internacionalismo Nº3),
contraditoriamente em agosto de 1991, é o próprio Altamira que troca de
camiseta quando Yeltsin derrota os estalinistas do “bando dos 8”. O PO defendeu
"nas lutas dos últimos 5 anos e na derrota do golpe dos últimos dias as
massas abriram o caminho da revolução política e agora abertamente social"
(En defensa del Marxismo, nº1, outubro/1991). Assim, o PO embeleza não só de
revolução política mas já de “revolução social” a própria contra-revolução
social que restaurou o capitalismo. Parafraseando as palavras do próprio documento
de Altamira-Magri ao polemizar contra o Comitê Internacional de Lambert e
Moreno, um dos eixos centrais de nossa polêmica de anos contra o PO [e todo
arco centrista antidefensista] foi apontar que o PO não sabia se localizar no
ABC da luta de classes, isto é, “distinguir a revolução da contra-revolução”.
Todavia, surpreendentemente nas palavras
iniciais do ponto 1. das “Teses Programáticas para a IV Internacional (CRCI)” o
PO defende: “Las características que distinguen a la presente etapa histórica
han sido determinadas a partir de la disolución de la Unión Soviética y de la
restauración del capitalismo que se encuentra en curso, en distinto grado, en
Rusia, en China y en el conjunto de los ex estados obreros degenerados.” O
PO “esqueceu-se” completamente que apoiou a caída da URSS como uma “revolução
social”!!! Se o PO é conseqüente com a analise das Teses da CRCI deve concluir
que diante do maior fato a nível internacional, fato que - segundo suas
palavras – “determinam as características da presente etapa histórica” em que
vive a atual geração de trabalhadores o PO foi, nem mais nem menos, um partido
contra-revolucionário que esteve no campo do imperialismo. Diante deste zig-zag
do PO só podemos chegar a duas conclusões: 1) a camarilha altamirista padece de
esquizofrenia, de “múltipla personalidade” o que exige assistência psiquiátrica
urgente uma vez que não só põe em perigo a si mesmo mas também a quem a
acompanha; 2) estamos diante dos maiores oportunistas de todos os tempos. Seja
como for, inconsciente ou consciente, o PO serve a reação mundial. Mas
francamente, pelo que conhecemos de longas datas desta corrente, atualizados
agora pelas denúncias da TPR que trata-se indubitavelmente da segunda hipótese.
SEM O MAS PARA LHE ECLIPSAR
E SOB A PRESSÃO REACIONÁRIA DA
RESTAURAÇÃO CAPITALISTA NOS ESTADOS OPERÁRIOS
AS TENDÊNCIAS OPORTUNISTAS LATENTES
NO PO DESDE 1983
SEGUEM SEU CURSO LIVREMENTE
A partir deste momento que já não
se faz necessário nem possível ao PO ocupar o papel de opção de esquerda ao MAS
então, o papel histórico na luta de classes ocupado pelo morenismo vai ser
ocupado pelo altamirismo que gira cada vez mais a direita. Ingressa no mesmo
ano de 1991 no pântano frente populista latino americano do Foro de São Paulo
em conjunto com o PT brasileiro e o PRD mexicano.
No VII Congresso embora cercado
de partidos satélites como o PCO do Brasil que camuflam seu nacional trotskismo
o PO literalmente afirma messianismo nacional: “o VII Congresso destacou a
esterilidade teórica de qualquer caráter das discussões, reagrupamentos e
cisões que se têm processado nos cenáculos trotskistas internacionais"
(Prensa Obrera 477), reivindicando "a vitalidade política da luta
ideológica do Partido Obrero no Foro de São Paulo" (idem).
Diante do levante popular
argentino de 2001, a política do PO não passa no teste da luta de classes.
Embora o PO embeleze demagogicamente o levante popular caracterizando a
situação como revolucionária, sem apontar que faltava efetivamente para a
mobilização popular criar uma situação revolucionária (a entrada em sena da
classe operária estruturada com seus próprios métodos de luta) e militar
ativamente por isto, o partido de Altamira apresenta como eixo de sua agitação demandas
democratizantes (Assembleia Constituinte) voltadas a projeção eleitoral do PO.
Como parte de sua demagogia eleitoralista e assistencialista, o PO modifica o
sujeito social da revolução, do proletariado estruturado como reivindicam
historicamente os marxistas para a organização dos desocupados (uma fração do
exército industrial de reserva) mediante subsídio do Estado capitalista (planes
trabajar), demandando mais subsídios e planos sociais do que trabalho efetivo 3.
O PO glorificou a este levante como um substituto da luta
contra a dominação da burocracia sindical tradicional (em seus distintos
setores tanto as diferentes vertentes peronistas como a não peronista, sectores
da CTA, etc) e como uma justificação de sua própria acomodação assim como as
correntes morenistas a esta burocracia. Assim, promoveu a mentira de que o
levante piqueteiro – sem a participação da classe operária de forma organizada –
poderia por si só fornecer a direção revolucionária e não havia necessidade de
lutar pela direção da classe operária organizada através do esforço militante e
da organização de base para edificar uma direção revolucionária defensora do
Programa de Transição nos sindicatos.
Por trás das mobilizações
midiáticas o PO, como vários outro agrupamentos pseudo-trotskistas, agem como
força de contenção social a serviço da re-estabilização do regime burguês. Esta
política resultará em fracassos eleitorais consecutivos durante toda a última
década, permitindo a recomposição do regime através do mais tradicional partido
burguês argentino e da geração do regime nac & pop do qual a FIT,
encabeçada pelo PO se converterá em sua ala esquerda bem comportada.
Em 2005, o PO aprofunda seu curso
frente populista que criticou quando do apoio da OCI lambertista a Mitterand, e
apóia Evo Morales candidato a presidência da Bolívia pelo MAS, uma frente
popular em forma de partido.
Consideramos progressivos os
primeiros estudos da realidade argentina realizados pelos camaradas, tarefa
indispensável para elaborar um programa e de uma estratégia revolucionários,
tarefa que o PO sempre desprezou privilegiando a elaboração de plataformas
eleitorais.
O PO não participa das eleições burguesas ou nas eleições
sindicais no sentido que os bolcheviques leninistas participaram da Duma russa.
Não compreendem estas disputas como complementares e integrantes da luta de
classes e de uma plataforma para difundir o programa revolucionário entre a
classe trabalhadora a fim de construir uma nova direção, por isto capitulam
frente as ilusões reformistas e pequeno burguesas de que o socialismo pode ser
alcançado através do sufrágio universal, daí as constantes alianças frente
populistas sem princípios com outras forças centristas como também com o
nacionalismo burguês.
A TPR está começando a realizar o
caminho que nós começamos há 20 anos atrás, com a vantagem que em função do
desenvolvimento desigual e combinado, provocado pela expulsão prematura do PO,
abancaram mais rápido na ruptura orgânica mas ainda não iniciaram o processo de
ruptura política. Todavia, acreditamos que a perspectivas dos camaradas da TPR
de tentar sacar do pântano ao PO, a FIT e o CRCI tende a conduzi-los a
atolar-se também no pântano, limitando já de agora a TPR a frágil condição de conselheira
de esquerda e ilusoriamente como grupo de pressão contra a degenerada direção
altamirista. Entendemos que a origem desta estratégia equivocada corresponde a
educação política que receberam da fase mais movimentista e frente populista do
PO.
Por fim, em 2012, encabeçando a
FIT e sentindo-se plenamente legitimado para dar exemplo ao mundo Altamira reivindica
a edificação de frentes políticas e governos “de toda a esquerda”. Como
ensinava Freud, os vícios não tratados durante a infância voltam a se
manifestar durante a vida adulta.
Por isto, fomos obrigados a
defender o trotskismo e desmascarar Altamira em seu próprio debate:
PALESTRA DE JORGE ALTAMIRA EM
PORTO ALEGRE
Uma aula de oportunismo,
sectarismo e personalismo
Altamira foi tão desmoralizado
por uma única intervenção política de um camarada da LC que seus seguidores no
Brasil apelaram para ameaças gangsteris contra as quais fizemos a seguinte
denúncia:
TROTSKISMO VS OPORTUNISMO
GANGSTERIL DA CRQI
Representante do Partido Obrero
no Brasil copia os métodos da máfia que assassinou o militante do PO Mariano Ferreyra
na Argentina e ameaça simpatizante da LC no Rio Grande do Sul
Ao final, sugerimos a realização
de uma reunião entre a TPR e os camaradas da TMB com o objetivo de explorar
mutuamente as posições políticas de nossas correntes e alguma forma de trabalho
em comum.
Humberto Rodrigues, Liga
Comunista
Leon Carlos, TMB da Argentina
Gerry Downing, Socialist Fight
britânico
COMITÊ DE LIGAÇÃO PELA IV INTERNACIONAL
1.
O fato de que sejam de origem européia não os faz culpados de nada, o problema
é seu caráter de aristocracia operária, nossa concepção é de classe, não de
etnia.
Esta foi nossa posição frente a
guerra civil na Líbia:
DECLARAÇÃO AOS TRABALHADORES DO
MUNDO E À SUA VANGUARDA INTERNACIONALISTA
Em defesa incondicional da Líbia
contra o imperialismo!
Frente Única Militar com Gadafi
para derrotar a OTAN e os “rebeldes” armados pela CIA!
Nenhuma confiança no governo de
Trípoli! Somente pelo armamento de todo o povo e pela revolução permanente nós
poderemos vencer esta luta!
Nossa posição contra a
intervenção imperialista a Síria e ao Irã:
¡FUERA EL IMPERIALISMO DE IRAQ, AFGANISTAN,
SIRIA E IRAN!
¡Por la victoria de los pueblos de Medio
Oriente y Asia Central y por la derrota
del imperialismo¡
DECLARACIÓN DEL COMITÉ DE VINCULACIÓN POR LA IV
INTERNACIONAL
(TMB / Argetina - LC / Brasil - SF / Gran
Bretaña)
2.
O domínio dos Saddi nesta província declinou a partir de 91 pelo caso Maria Soledad
desde que o velho patriarca morreu seu filho Ramon tornou-se seu herdeiro político.
Soledad foi uma adolescente violentada e assassinada pelos "filhos do
poder", isso provocou as manifestações que acabaram com a dinastia dos
Saddi na província
3.
Não negamos que em determinadas condições políticas, o trabalho sobre a massa
de desocupados possa ser fundamental, mas orientamos tal tarefa militante em
direção a convergência entre os trabalhadores desocupados e ocupados, única
garantia de vitoria inclusive parcial. Obviamente, assinalamos que nossas
reivindicações – embora a nível imediato seja pelo seguro desemprego nacional
mais que por planos sociais que alimentam o asistencialismo e o clientelismo –
sem negar-nos a lutar por arrancar concessões materiais a burguesia, nosso
objetivo para com os desocupados é obter a garantia de sua reincorporação ao
processo de produção.