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segunda-feira, 23 de abril de 2018

CANAL DA NICARÁGUA E CONTRA-ATAQUE IMPERIALISTA

A suspensão da construção do Canal da Nicarágua e o avanço do contra-ataque do império na America Latina

Para os EUA, a suspensão da construção do grande canal da Nicarágua era uma tarefa estratégica de segurança nacional. Os EUA estão em uma guerra aberta contra a China e o Canal seria uma poderosa ferramenta para a navegação mercantil, controlada pelo rival oriental, no quintal dos EUA. Não havia como impedir diretamente a China de realizar a obra sem passar da guerra comercial diretamente para a guerra militar, e logo, para a terceira guerra mundial. O jeito era atacar o calcanhar de aquiles do projeto, o frágil governo sandinista, mas até 2016, atacar o governo Ortega, que fora reeleito pela segunda vez em 2016. Foi então que uma contradição interna na relação entre a China e a Nicarágua possibilitou o momento de ação do imperialismo. O flerte de Ortega com Taiwan, em um claro gesto de aproximação com o imperialismo (lembram do telefonema de Trump a Taiwan que enfureceu aos chineses?). Acreditamos que se tratou de uma armadilha diplomática em que o sandinismo caiu como um patinho.


Em janeiro de 2017, Ortega recebeu a visita do presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen e se comprometeu a fazer uma “batalha” pelo reconhecimento de Taiwan como país soberano com assento na ONU (uma velha reivindicação da burguesia chinesa que fugiu para a ilha com a vitória da revolução chinesa no continente). Se Ortega esperava que com esse gesto poderia barganhar algo melhor com a China, forçando o Estado chinês a assumir o empreendimento do Canal no lugar do empresário Wang Jing, de Hong Kong, dono da HK Nicaragua Canal Development Investment (HKND), ou se, para o outro lado, esperava uma aproximação e clemência com Washington, não sabemos. O desejo esperado com o gesto desastroso é um elementos subjetivo da política sandinista que não sabemos, o que sabemos é que objetivamente, causou o efeito contrário, o tiro saiu pela culatra. Um ano depois do apoio de Ortega a independência de Taiwan (que significa adular Trump), o “esperto” Ortega ganhou como "recompensa", um golpe de Estado, armado pelos EUA. Ao final, abandonado pela China (e pela Rússia), Ortega tornou o governo sandinista mais isolado internacionalmente e vulnerável, frustrou as expectativas da população de desenvolvimento do país (que ele havia vendido antes e brigado para impor contra interesses de camponeses pobres e ecologistas), e tornou-se uma presa fácil para o imperialismo. A aventureirismo diplomático de Ortega demonstra bem o caráter vacilante e suicida da política oportunista, faz demonstrações de boa vontade para com o imperialismo que apenas lhe fragilizam diante de seu algoz. De certo modo, há um pouco disso no zig-zag do Syriza na Grécia, do CNA na África do Sul e do PT no Brasil. Essa tática errada foi o que definiu o momento exato de fragilidade do oportunismo para o imperialismo poder desferir o bote. 

O canal atenderia uma demanda reprimida (1) para todo o continente americano, não realizada até agora pela economia imperialista. A decadência dessa fase do capitalismo, atrofia inclusive o mercado mundial, mantém o continente e a Nicarágua no atraso. "As relações de diferentes nações entre si dependem do grau em que cada uma delas desenvolveu as suas forças produtivas, a divisão do trabalho e o intercâmbio interno." (Marx e Engels, A Ideologia alemã, 1845-46). Mas, o imperialismo impede sequer que a Nicarágua participe da divisão internacional do trabalho e assim o país é condicionado a ser segundo mais pobre do continente, com 70% da população no trabalho informal e 42% na pobreza, onde os salários são baixos e sem acesso a seguridade social, ao mesmo tempo em que patrocina as gangues e o narcotráfico.

Para o tráfego marítimo de produtos, o canal poderia significar uma economia de trajeto de até 11 mil quilômetros, reduzindo o tempo de transporte de semanas para horas, ao evitar a longa e perigosa rota do cabo Horn, no extremo sul da América do Sul e atenderá também aos grandes navios modernos com até 20 metros de calado que são grandes demais para utilizar o canal do Panamá que só permite navios com no máximo 12 metros de calado. O custo do projeto era de 40 bilhões de dólares. A HKND ganhou a concessão do canal da obra por 50 anos, renováveis por mais 50 anos. Após um século de exploração, o Canal passaria a ser inteiramente nicaraguense. A Rússia também faz parte da sociedade pela construção do canal.

O Canal do Panamá foi concluído em 1914 pelos EUA e a Zona do Canal do Panamá, um território maior que Hong Kong, pertenceu aos EUA até o ano 2.000, mas o Panamá inteiro continue sendo uma semicolônia dos EUA. Cerca de 25% da riqueza do Panamá provém do Canal. Um navio cargueiro chega a pagar até 150 mil dólares, ou 500 mil reais, pela travessia.

O canal panamenho é militarmente estratégico e segue sendo uma potência comercialmente. Atravessam pelo canal por ano 15 mil navios, aproximadamente 300 milhões de toneladas, 4% do tráfego marítimo mundial. Até alguns anos atrás, as dimensões do canal definiam as dimensões da construção naval mundial, estabelecendo a classe Panamax. Grande parte dos grandes navios porta-contentores, graneleiros e petroleiros, construídos no séculos XXI são da classe Post-Panamax.

O canal da Nicarágua ganha importância em um período de aumento do protecionismo, bloqueios econômicos continentais e guerra mundial comercial, assim como o tem o Canal de Suez, no Egito, a principal via de comercio marítimo do mundo, por onde passam em média 17 mil navios anuais, e permite que navios viajem entre a Europa e a Ásia Meridional sem ter de navegar em torno de África, reduzindo assim a distância da viagem marítima entre o continente europeu e a Índia em cerca de 7 mil quilômetros, e que já foi palco de disputas em três guerras regionais (1956, 1967, 1973) envolvendo os países árabes, o imperialismo e Israel.

Pasadena, Mariel, Canal interoceânico, iniciativas ousadas do núcleo Eurásico nas barbas do império


O projeto do grande canal da Nicarágua é parte de uma série de iniciativas ousadas realizadas pelo bloco de nações nucleados em torno da China e Rússia bem em baixo do nariz dos EUA e aproveitando-se da retração econômica da crise de 2008 no coração do monstro imperialista. Faziam parte dessas medidas infraestruturais também o Porto de Mariel em Cuba, construído também pelo Brasil, para ampliar enormemente as vantagens desse bloco na disputa do comercio mundial contra o bloco de nações comandadas pelos EUA. A trama adversária dos EUA incluiu até a compra de uma refinaria de petróleo no próprio estado do Texas (EUA) para refinar o minério extraído por Rússia, China, Venezuela e pelo Brasil no Mar do Caribe. A Refinaria de Pasadena (Pasadena Refining System Inc. - PRSI) localizada na cidade de Pasadena, foi comprada pela Petrobras da corporação belga Astra Oil, com capacidade instalada para 106 000 barris/dia. Uma vez descoberta tamanha ousadia, o imperialismo avançou com toda fúria sobre o governo do PT no Brasil e a Petrobrás, criando um escândalo internacional com seus órgãos midiáticos, acusando Dilma pelo crime de comprar a refinaria por um preço maior do que ela valia. Essa foi a principal arma da oposição burguesa, ligada aos EUA, durante as eleições presidenciais de 2014 no Brasil. Sem dúvida, essa foi uma das causas do Golpe de Estado no Brasil, golpe que segue agora com a prisão de Lula, dirigente histórico do PT. O recrudescimento do bloqueio econômico contra Cuba, a tentativa de Golpe na Venezuela e agora na Nicarágua fazem parte do mesmo processo de contra-ataque do imperialismo ao bloco de governos nucleados em torno dos acordos com Rússia e China. Uma a uma as medidas ousadas tomadas até 2016 pelo núcleo Eurásico vem sendo abortadas e revertidas pelo imperialismo. 
Agora, todo o projeto do Canal é apresentado apenas como um malogro, mas Moscou chegou a sonhar alto com ele:
“O Presidente russo Putin declarou em 2014, o Canal interoceânico entre o Oceano Pacífico e o Atlântico na Nicarágua contribuiria para a construção de um mundo multipolar. Segundo o diretor do Centro de Pesquisas Sociais e Políticas, Vladimir Evseev:
“Este é um passo muito sério. É evidente que a Rússia não seria materialmente capaz de realizar o projeto. O financiamento virá principalmente da China. Se a China não tivesse assumido uma grande parte dos custos, eu penso que a Rússia não teria entrado num projeto tão caro. De qualquer forma, nós complementamo-nos mutuamente como parceiros estratégicos. Temos um interesse objetivo na contenção dos Estados Unidos. Outra questão é que a China não quer criar problemas adicionais, ela é economicamente dependente dos Estados Unidos e isso restringe-a politicamente. A Rússia é mais independente, ela tem uma retaguarda séria na forma da China, e conduz uma política de construção de um mundo multipolar, na construção do qual a China está fortemente interessada”.
Graças ao canal da Nicarágua a Rússia terá uma boa oportunidade para fortalecer suas posições estratégicas na região. Ela poderá bastante rapidamente movimentar sua frota do Atlântico para o Pacífico, acredita Vladimir Evseev:
“Haverá maior mobilidade, especialmente se a Rússia decidir implantar em Cuba uma base militar naval. Para ela, a possibilidade de passagem através do canal será crucial, dada a proximidade com os Estados Unidos. Para os EUA isso iria criar problemas adicionais em termos de reforço da sua própria segurança. Assim, a Rússia pode responder bastante eficazmente ao fortalecimento da presença militar da OTAN perto de suas fronteiras na Europa. O canal permitiria à Rússia aumentar significativamente o comércio com a América Latina. Este é um novo portão que a Rússia poderá usar ativamente”.” (2)
Para o proletariado nicaraguense a construção do Canal, poderia ser uma conquista estrutural para as forças produtivas do país, mas ao mesmo tempo teria de se opor ao estabelecimento de qualquer relação de dependência colonial do país com a China e precisa ser realizado sob o controle da população trabalhadora para que não prejudique aos camponeses, pescadores nem danifique o ecossistema do lago de Nicarágua. Não existe nenhuma vantagem para os trabalhadores em mudarem de dono, precisam se emancipar de todo o capital. A frente única anti-imperialista é uma tática necessária, mas combinada a estratégia da revolução permanente.

Todavia, não se pode desprezar ingenuamente a manipulação de movimentos sociais (ecologistas e camponeses) pelo imperialismo e seus agentes nicaraguenses contra a Construção do Canal. Sob pressão da oposição de direita, que o acusa de “vende pátria”, por negociar o mega-projeto com a China, Ortega quis demonstrar independência política em relação a China apoiando Taiwan, ilha contrarrevolucionária protegida pelos EUA. Ou seja, para demonstrar independência em relação a China, a direção sandinista não exigiu da China condições soberanas na construção do Canal, fez demonstração de vassalagem em relação aos EUA, apoiando Taiwan. Parece que Daniel Ortega fez tudo errado.

O Contra-ataque imperialista recupera vários governos para sua órbita e obriga núcleo Eurasiático a esperar "tempos melhores"

A China por sua vez, recuou do megainvestimento ao perceber que Nicarágua não estava blindada frente ao imperialismo, não possuía segurança política por parte do governo nicaraguense, nem estava disposta a comprar uma briga com os EUA, levando a disposição por fazer a construção até as últimas consequências. Esta frágil situação do país centroamericano se agrava após a derrota do nacionalismo kischernista na Argentina para Macri, após o golpe de Estado parlamentar no Brasil e prisão de Lula sem resistência a altura. No Equador, Lenin Moreno, o sucessor de Correa e membro de seu mesmo partido, o Aliança País (AP), se passou para o lado de lá, apoiando no país a mesma operação de lawfare (3) realizada no Brasil contra o PT. Talvez, se Scioli estivesse ganho as eleições na Argentina, tivesse feito o mesmo movimento trânsfuga de Moreno. No Paraguai, o segundo país latino americano a ser castigado com a recente onda de golpes de Estado, a direita elegeu Mario Abdo, do Partido Colorado e filho de um secretário particular do ditador Alfredo Stroessner. E agora, com a dissolução da Unasur após a retirada de metade de seus membros.

A intelligentsia chinesa e sua diplomacia que possui a estratégia histórica de evitar o confronto físico com o adversário a todo custo, conclui que a América Latina não é tão “segura” para dar grandes passos estratégicos, pelo menos não nesse momento em que o império contra-ataca de forma triunfante. O mesmo pensamento deve ser compartido pela Rússia, que entre outros projetos estava disposta a participar da construção do Canal, mas tanto para Nicarágua como para o conjunto do continente americano, seja melhor debandar agora e esperar “tempos melhores”.

É verdade que a China não interrompeu seus contratos e investimentos pré-estabelecidos na América Latina porque também a economia dos novos governos títeres dos EUA, quebrariam se suspendessem as atuais relações comerciais com a China e não podem pivotar suas relações comerciais para a metrópole imperialista que faz um movimento protecionista e não se interessa por ocupar o espaço mercantil que hoje pertence a China. A forma principal do imperialismo drenar os recursos das semicolônias é financeira (os credores, os rentistas imperialistas drenam os capitais nacionais exportados pelo pagamento das dívidas públicas semicoloniais) e não mercantil (4). Essa última é a forma predominante nas relações entre os países capitalistas não imperialistas, ainda que coexistam elementos não hegemônicos de capital financeiro e monopólios na China.

Derrota do imperialismo depende do proletariado latinoamericano

Para que os países latino-americanos possam integrar-se ao bloco capitalista nucleado pela Rússia e China teria primeiro que romper o cerco político e geoestratégico imposto e re-estabelecido nos anos recentes de contra-ataque do império. A ajuda para a luta anti-imperialista não virá da China ou Rússia, como no caso da Criméia, Donbass e Síria. Nesse momento, as burguesias da Rússia e da China não se animam a disputar de forma consequente o quintal dos EUA podendo provocar a terceira guerra mundial, em uma guerra onde a chance de perder para o ainda maior arsenal destrutivo da terra, é maior do que ganhar.

O cerco imperialista em nosso continente só pode ser rompido desde “dentro” e só a Venezuela aponta nesse sentido, não por acaso foi o único país que tendo sido acossado por golpes de Estado, militares e pela guerra hibrida desde as primeiras horas desde milênio, saiu-se vitorioso até agora. Todavia, com uma situação de instabilidade quase contínua. Há também a limitação econômica do nacionalismo burguês, em particular na Venezuela de não conseguir superar a monoprodução petroleira, não houve um forte impulso de desenvolvimento agrário e industrial. A sabotagem golpista do desabastecimento não teria tanto impacto se houvesse no país um forte desenvolvimento agrícola e industrial (5).

O imperialismo tem avançado em seu controle político na America Latina, sem todavia desfazer-se dos vínculos comerciais e dos investimentos que esses países do quintal receberam do núcleo eurásico e sobretudo da China.

Os ciclos nacional desenvolvimentistas são cada vez mais curtos e menos realizam reformas infraestruturais e logísticas nas nações semicoloniais. O desenvolvimentismo teve maior êxito na África do Sul e no Brasil, curiosamente países governados por frentes populares, assentados em grandes centrais sindicais e fortes movimentos sociais que por partidos populistas burgueses. Todavia, as burguesias, todas elas, se revelaram incapazes de realizar uma luta consequente pelo desenvolvimento econômico das semicolônias latino americanas, que agora são arrastadas para a miséria, como no Haiti, e a conversão das nações em Narcoestados, cujas expressões mais avançadas são o México, Colômbia e Honduras.

Todavia, as burguesias nacionais latino-americanas e o bloco de nações eurásicos capitaneados pela Rússia e China são incapazes de resolver até os problemas das demandas reprimidas estruturais e logísticos do continente, porque embora adversários momentâneos do imperialismo, não se dispõem a realizar uma luta consequente contra o mesmo. Esses setores da burguesia mundial exploram e oprimem aos trabalhadores (no caso chinês, por exemplo, para além das fronteiras chinesas), mas são também oprimidos pelo imperialismo. “A burguesia dos países coloniais e semi-coloniais representa uma classe semi-dirigente e semi-oprimida.” (Trotsky, Em defesa do Maxismo, 1940). Apenas uma revolução continental e permanente poderia realizar essas tarefas pendentes que nenhuma fração da burguesia irá realizar.

Todo e qualquer progresso da luta contra a barbárie no continente depende da luta imediata em frente única com as direções reformistas, que governam a maioria das massas organizadas, pela derrota do imperialismo e seus agentes contrarrevolucionários. Combinada a essa tarefa está a da organização dos trabalhadores em escala internacional, inclusive com a classe trabalhadora dos EUA, sob um programa revolucionário para ir além dessas mesmas  direções hegemônicas que hoje tem conduzido o movimento a derrota e pavimentado o caminho da reação.

Notas


1. Canal da Nicarágua ampliará relações entre América Latina e China - https://www.youtube.com/watch?v=Xepw2i34MwE

2. Canal nicaraguense contribuirá para construção de mundo multipolar - https://br.sputniknews.com/portuguese.ruvr.ru/news/2014_09_09/Canal-nicaraguense-contribuir-para-constru-o-de-mundo-multipolar-0624/

3. Lawfare é uma palavra-valise (formada por law, 'lei', e warfare, 'guerra'; em português, 'guerra jurídica') que originalmente se refere a uma forma de guerra assimétrica na qual a lei é usada como arma de guerra. Basicamente, seria o emprego de manobras jurídico-legais como substituto de força armada, visando alcançar determinados objetivos de política externa ou de segurança nacional.

4. Diferenças entre o capital monopolista imperialista e o capital mercantil segundo Lenin:“o incremento extraordinário da classe ou, melhor dizendo, da camada dos rentiers, ou seja, de indivíduos que vivem do "corte de cupões", que não participam em nada em nenhuma empresa, e cuja profissão é a ociosidade. A exportação de capitais, uma das bases econômicas mais essenciais do imperialismo, acentua ainda mais este divórcio completo entre o setor dos rentiers e a produção, imprime urna marca de parasitismo a todo o país, que vive da exploração do trabalho de uns quantos países e colônias do ultramar (Capítulo VIII, https://www.marxists.org/portugues/lenin/1916/imperialismo/cap8.htm ) ... A livre concorrência é a característica fundamental do capitalismo e da produção mercantil em geral; o monopólio é precisamente o contrário da livre concorrência, mas esta começou a transformar-se diante dos nossos olhos em monopólio, criando a grande produção, eliminando a pequena, substituindo a grande produção por outra ainda maior, e concentrando a produção e o capital a tal ponto que do seu seio surgiu e surge o monopólio: os cartéis, os sindicatos, os trusts e, fundindo-se com eles, o capital de uma escassa dezena de bancos que manipulam milhares de milhões. Ao mesmo tempo, os monopólios, que derivam da livre concorrência, não a eliminam, mas existem acima e ao lado dela, engendrando assim contradições, fricções e conflitos particularmente agudos e intensos. O monopólio é a transição do capitalismo para um regime superior. (capítulo VII https://www.marxists.org/portugues/lenin/1916/imperialismo/cap7.htm )”

5. Soberanía y seguridad alimentaria - https://www.telesurtv.net/bloggers/Soberania-y-seguridad-alimentaria-20171027-0003.html