Διεθνής επαναστατική Σοσιαλιστική Δήλωση
Declaración Socialista Revolucionaria Internacional
अंतर्राष्ट्रीय क्रांतिकारी समाजवादी वक्तव्य
Declaração Socialista Revolucionária Internacional
Socialist Fight – Grã Bretanha
Communist Revolutionary Action – Grécia
Tendência Militante Bolchevique – Argentina
Bhagat Singh's Socialist – India
Frente Comunista dos Trabalhadores – Brasil
Frente Comunista dos Trabalhadores – Brasil
Os EUA marcam 2018 aprofundando a ameaça da terceira guerra
mundial. As principais tendências da luta de classe internacional nesse ano apontam
que o império realizou uma revanche e recuperou uma parte do planeta perdida
para o bloco euroasiático após a crise econômica de 2008. Os EUA declararam uma
guerra comercial contra a China e impuseram novas sanções sobre aquele país,
Rússia e Irã. Nos últimos anos, através de vários mecanismos de guerra híbrida,
golpes de estado, campanhas midiáticas, eleições fraudulentas, os EUA
recuperaram parte de seu controle neocolonial na América Latina (Brasil, Argentina,
Peru, Equador, Chile, Paraguai, Honduras). Estabilizando as relações de seu núcleo duro com a Europa, os Estados Unidos, Grã Bretanha e França, reestabeleceram mais uma vez como alvo principal a disputa o
Oriente Médio, recusando-se a aceitar a derrota para o bloco eurasiano na Síria
(Rússia, Síria, Irã e Hezbollah) e estão prontos para quebrar os acordos de paz
e desarmamento assinados pelo governo Obama sobre o Irã e Ucrânia em 2015.
Aliado a Israel, retoma hostilidades contra o Irã e fornece munição pesadas
(incluindo mísseis) à Ucrânia.
Da mesma forma, o imperialismo realiza a guerra assimétrica
chamada Lawfare, agentes internos do imperialismo usam o sistema legal contra
seus inimigos burgueses nacionais, como tem sido feito contra o Brasil,
Zimbábue (artifícios combinados que possuem uma evidente articulação golpista),
África do Sul e Armênia. Hoje estão na mira Venezuela, Afeganistão, Bangladesh,
Mianmar, Camarões, Colômbia, Egito, Iraque, Tunísia e Ucrânia, semicolônias
instáveis onde a CIA e os agentes do imperialismo estão trabalhando para
assegurar a mudança de regime ou defender regimes já instalados contra revoltas
da classe trabalhadora e pobre no país.
O imperativo é garantir a dominação imperialista não apenas
sobre a Síria, mas também sobre o Irã e, e em última análise, sobre a Rússia e
a China por meio da balcanização e da mudança de regime. Isso envolve o
enfraquecimento de todo e qualquer regime árabe e do Oriente Médio, autocrático
ou democrático, que mostre o menor potencial para enfrentar Israel no Oriente
Médio e no Norte da África.
O New York Times comentou o significado da troca de cadeiras
no secretariado de Trump, saíram os moderados e entraram os linha dura. O moderado
HR McMaster foi demitido para assumir o belicista John Bolton no Conselho
Nacional de Segurança, a NSA. O moderado Rex Tillerson foi substituído por Mike
Pompeo (ex-diretor da CIA) no Departamento de Estado. Pompeu é uma criatura dos
magnatas irmãos Koch que patrocinaram o golpe de Estado no Brasil, o MBL, etc.
E, na direção da CIA, Trump agora tem a defensora da tortura, Gina Haspel,
ainda a ser aprovada pelo Congresso, que irá compor o trio reacionário na NSA,
CIA e Departamento de Estado. A suposta reaproximação com Kim Jong-um na Coréia
do Norte é apenas um recuo tático, temporário nessa arena, enquanto centra fogo
nos preparativos para a guerra no Oriente Médio e na Ucrânia.
ARGENTINA
Desde quando o FED – o banco central dos EUA – começou a
subir a sua taxa de juros, a Argentina sofre com esse aspirador planetários de dólares
ligado. Os EUA atraem capitais de todo o mundo e os capitais especulativos da
qual a Argentina tornou-se economicamente dependente começam a evacuar o país,
com toda as turbulências económicas que isso gera, ataques especulativos, exaustão
das reservas do banco central argentino para conter a própria fuga de capitais.
Desse modo o governo de Macri, avança ajustando, como no caso do reajuste dos
preços das tarifas públicas, da inflação, etc. Ajuste que o governo Macri
aprofunda em um contexto onde ele se revela incapaz de resolver a relação da Argentina
com o mercado mundial e ativar os “motores de crescimento”, como se nota pelo déficit
fiscal e sobretudo o déficit comercial. Situação que perdurará enquanto ainda
puder recorrer ao endividamento externo. Mas quando essa bola de neve chegar ao
seu limite, assistiremos a uma crise de sobre endividamento.
Na Argentina, guerra hibrida continua através da perseguição
judicial ao kichnerismo para estrangular a mesmo a mais tímida oposição
nacionalista. Para impor seu ajuste o governo pro-imperialista necessita aprofundar
sua orientação repressiva como já vem fazendo ao perseguir os lutadores
populares. Todavia, por suas próprias contradições neocolonialistas a direita marcha
para liquidar economicamente ao país como ocorreu durante a crise desatada em
2001. É por isso que a classe operária deve aproveitar a situação que se
avizinha para dar uma resposta política, combinando a frente única de massas
contra o imperialismo e seus agentes nacionais, com a luta pela sua organização
independente em partido revolucionário para disputar e tomar o poder e não cair
mais nas tendência própias da impotência pequeno burguesa como a consigna “que
se vayan todos”, etc.
BRASIL
O Golpe de Estado parlamentar no Brasil de 2016 pode ter
sido a mais importante vitória do imperialismo nas batalhas de sua campanha de
guerra híbrida e revanche contra a ascensão dos BRICS. Para assegurar que o
Partido dos Trabalhadores não volte a governar, prenderam seu líder, o
ex-operário Lula, através de um julgamento fraudulento e típico de regimes
ditatoriais, e o mantém em uma solitária, neutralizado politicamente,
transformando-o em um Nelson Madela brasileiro. O golpe está eliminando cada
uma e todas as conquistas trabalhistas, sociais, previdenciárias dos trabalhadores.
O congelamento dos gastos sociais do Estado por 20 anos está deteriorando
vertiginosamente com a saúde, educação e os salários dos trabalhadores
estatais. O desemprego oficial atinge mais de 14 milhões de pessoas, a dívida
pública, 59% do PIB e, no último ano, a pobreza extrema cresceu 35% na maior
região metropolitana e industrial do país, São Paulo. A contra reforma
trabalhista promoverá uma extrema precarização do trabalho, uma nova
escravidão. A privatização das estatais, do petróleo e energia, significará uma
nova colonização.
O fascismo paraestatal, com seus ataques físicos cada vez
mais sistemáticos, assassinatos como o da vereadora socialista e negra Marielle
e a ameaça de um golpe militar, que teve início pela intervenção do Exército no
Rio de Janeiro, são instrumentos do imperialismo e da burguesia para amedrontar
os trabalhadores e facilitar a expropriação dos direitos do povo.
Dialeticamente, essa ofensiva da direita capitalista tem
provocado uma gradual superação da dispersão, desorganização e desmoralização
que caracterizaram o movimento de massas no período dos governos de conciliação
de classes do PT, que facilitaram a ofensiva da direita, agente do
imperialismo. A grande massa da população reivindica, ainda passivamente, o
direito a votar em Lula, hoje, preso político do regime golpista. Defendemos a
imediata libertação de Lula, e seu direito a ser candidato nas eleições
presidenciais previstas para os próximos meses. O processo de reorganização da
luta proletária ainda não deu seu salto de qualidade em número de pessoas
mobilizadas nas lutas de ruas, nem em organicidade, na construção de superiores
organizações de vanguarda e de massas, com força política suficiente para
derrotar o imperialismo e a direita fascista, nem remover as medidas
escravocratas e colonialistas ou conter o curso de militarização do regime
político.
Diante dos ataques físicos, cada vez mais sistemáticos da
direita, ameaçando a vida dos trabalhadores e suas organizações, defendemos a
construção de uma Frente Única Antifascista e Antiimperialista, nas ruas e nas
eleições e a criação de comitês de luta e autodefesa sindical e popular para,
de forma concreta, assegurar a integridade das lutas da classe trabalhadora, da
juventude e dos oprimidos, suas manifestações e reivindicações de todos os
ataques da extrema-direita e neofascistas.
GRÃ-BRETANHA
É dever do movimento operário dos países imperialistas
defender a Síria e a Rússia contra este exercício de pirataria imperialista e
apelar à derrota do imperialismo. Esse ataque claramente envolveu uma
preparação determinada e sustentada para tentar incutir a russofobia na
população; o falso e farsesco suposto assassinato do ex agente russo Serguei
Skripal, com agentes químicos de ataque ao sistema nervoso supostamente
mortais, que acabaram não sendo tão mortais, e agora o aparente sequestro de
Yulia Skripal pelos serviços de inteligência é um bom exemplo. As alegações
feitas sem provas contra a Rússia, cujos assassinos, quando se referem a
negócios, estão longe de serem incompetentes e autoincriminantes - grandes
setores da população compreensivelmente consideram suspeita a história do
Estado britânico.
Uma pesquisa de opinião descobriu que apenas 21% da
população do Reino Unido apoiou o ataque à Síria devido ao incidente com a
Douma. Muitos terão notado que a velocidade da resposta imperialista a um
ataque não comprovado e altamente suspeito na Síria contrasta descaradamente
com o sua oposição em criticar, muito menos em condenar ou ameaçar a guerra (!)
ao tiroteio em massa, comprovado e insuspeito, de manifestantes defensores dos
direitos civis palestinos na Grande Marcha de Retorno em Gaza. Além disso, pesa
sobre essa questão um medo considerável de conflito armado com a Rússia e uma terceira
guerra mundial nuclear. Alemanha e Itália se recusaram a ter qualquer coisa a
ver com o ataque.
O escândalo dos imigrantes Windrush [envolvendo os maus
tratos dessa geração de uma geração de imigrantes caribenhos que vieram para o
Reino Unido para reconstruí-lo após a II Guerra sob a promessa de receberem
cidadania e indenizações e foram traídos e submetidos a deportações forçadas] é
um raio que iluminou a verdadeira face da classe dominante britânica e sua
política burguesa. É racista até o tutano. Mesmo dentro da classe dominante e
seu gabinete, foi reconhecido que as políticas adotadas pelos conservadores sob
o comando de David Cameron, tanto em coalizão com os liberais democratas e
sozinho sob Cameron e May desde 2015, se assemelham em certa medida às políticas
da Alemanha nazista. Não no sentido de que as pessoas sejam realmente
exterminadas fisicamente, mas em termos da privação sistemática de direitos
civis para aqueles que têm a ousadia de serem migrantes pobres, ou filhos de
tais, ou que têm parceiros não-britânicos, ou são estudantes estrangeiros, para
mencionar apenas uma amostra: a perseguição de minorias vulneráveis. Trata-se
de todas as histórias horríveis sobre pessoas as quais foram negados o
tratamento do câncer, que foram detidas e deportadas, pessoas que visitam
parentes no Caribe são impedidas de voltar ao Reino Unido depois de morarem
aqui por 40 ou 50 anos, sendo impedidas de comparecer ao funeral da mãe ou de
seus familiares, ao casamento da filha, em que os trabalhadores do sistema de
saúde pública, o NHS, são orientados a negar o direito ao tratamento no NHS,
etc.
A expulsão do veterano anti-racista Marc Wadsworth em uma
falsa caça às bruxas “anti-semítica” por ele criticar Ruth Smeeth em junho de
2016 por “trabalhar de mãos dadas” com um repórter do Daily Telegraph foi
absolutamente vergonhoso. Um juri de três pessoas, todas brancas, do Comitê
Nacional Constitucional do Partido Trabalhista, expulsou Marc em 27 de abril de
2018, sob a frase cretina de que se não fizessem isso "levariam o partido
ao descrédito". Marc fundou a Aliança Anti-Racista em 1991 e ajudou os
pais de Stephen Lawrence em sua campanha por justiça para seu filho
assassinado.
Apesar do crescente número de falsas alegações de
anti-semitismo, o número de casos de anti-semitismo entre os membros do Partido
Trabalhista permanece pequeno. Muitas das alegações foram infundadas e
politicamente motivadas - tentativas de expurgar ou amordaçar os membros que
são críticos das políticas e ações do governo israelense contra os palestinos,
particularmente membros pró-Corbyn da esquerda do partido.
O mais vergonhoso é o silêncio de Corby e, de fato, seu
endosso tácito as expulsões como a de Marc. Tudo indica que a caçada continua e
eles apoiaraõ a expulsão de Jackie Walker e do ex-prefeito de Londres, Ken
Livingstone, por acusações totalmente falsas. Agora, eles estão expostos a
vergonhosa possibilidade de uma corte burguesa anular suas expulsões falsas com
base na justiça natural. Tudo isso indica que, se Corbyn for eleito, capitulará
por atacado a todas as ofensivas do establishment capitalista em cada questão.
Ele agora está exposto como um espantalho.
EUA
A contra-ofensiva imperialista conseguiu avançar no mundo e
estabeleceu uma trégua nacional entre as duas alas do imperialismo (Democratas
e Republicanos, com toda suas contradições e frações, de Bernie Sanders ao Tea
Party). No coração do monstro, ocorreu um relativo e momentâneo processo de
estabilização econômica, apoiado no aumento da opressão sobre os trabalhadores
e imigrantes, na precarização generalizada do trabalho e no aumento da miséria.
Assim, embelezando os índices oficiais, Jerome Powell, o presidente do FED (o
banco central que mais influi na economia planetária), anunciou que o
desemprego nos EUA caiu de 10% em 2009 para 4,1% em 2018, mas o crescimento
econômico mal chega a 2%. Entre 2000-2007 o crescimento foi de 3% ao ano, o que,
para os EUA, é muito acima do ritmo de expansão atual. Powell reconhece que “a
diferença, evidentemente está na produtividade, que possuía um ritmo de crescimento
duas vez maior no início dos anos 2000 do que agora. E numa perspectiva mais
ampla, o ritmo médio de crescimento da produtividade do trabalho, a partir de
2010 até agora, é o mais lento desde a II Guerra Mundial, e cerca de ¼ da taxa
média do pós-guerra. A queda da produtividade é um fator generalizado”, não
apenas nos EUA, mas que reflete exatamente a desqualificação da geração dos
novos empregos, cada vez mais precários, desqualificados, improdutivos e que empobrecem
o mercado consumidor, debilitando também a cadeia econômica do capital na
circulação e no consumo de mercadorias.
Como uma medida da guerra econômica, o FED anunciou a
elevação de sua taxa básica de juros para 1,75%, uma elevação contínua, que se
iniciou em 2015 e deve continuar subindo nos próximos anos. Trata-se de uma
medida anti-crise, para precaver-se de uma fuga de capitais, aspirando dólares e
investimentos especulativos do restante do mundo. Para que o grande capital dos
EUA não seja afetado nem se crie recessão, foram aprovados estímulos fiscais
por meio de imensos cortes de impostos na ordem de US$ 1,5 trilhões, e US$ 300
bilhões em transferências indiretas adicionais do governo para as corporações. Mas
a classe trabalhadora e a pequena burguesia sofrerão com a elevação dos juros
nos cartões de crédito, hipotecas, empréstimos para automóveis e casas e outras
linhas de crédito que não tem taxas fixas. Trump impôs a reforma do imposto de
renda mais severa para a classe média dos últimos anos, beneficiando as
corporações, principalmente da especulação imobiliária. A espoliação interna do
proletariado, a ampliação dos ganhos da burguesia imperialista e a reconquista
do espaço internacional perdido para a Rússia e China no continente americano, permitem
a Trump assegurar um nível de estabilização política no interior da super classe
imperialista para repactuar com a França e Alemanha e reestabelecer a liderança
dos EUA no cenário mundial. A farsa de protetor humanitária é mantida, mas
agora os EUA cobram dos parceiros, de uma forma empresarial, a taxa de proteção
e a divisão dos custos das aventuras militares. Desse modo Trump cumpre com as
promessas de redução do desemprego, da primazia dos EUA sobre os outros (America
First!) e da retomada da iniciativa dos EUA na condução da política mundial,
tendo como plano estratégico, derrotar a Russia, a China e o crescimento dos BRICS.
Assim, a era Trump anuncia o fim dos direitos estabelecidos
após a segunda guerra mundial, a eliminação dos direitos trabalhistas,
previdenciários, proteções humanitárias para imigrantes. A guerra interna
racial é fomentada com apelos neonazistas. O que desvia a atenção da classe
branca pobre de sua caótica situação atual. A crise capitalista é resolvida
pela entrada em cena de elementos fascistas no controle social que assegure uma
escravização da classe trabalhadora. Amplia-se o fenômeno da super exploração
da força de trabalho que passa a receber valores abaixo do mínimo necessário
para a sua reprodução. Wall Street nunca fez tanto dinheiro e os empresários
estão todos satisfeitos.
Resistindo heroicamente a essa ofensiva do capital, em
vários estados, Virgínia Ocidental, Kentucky, Oklahoma, Arizona, os
trabalhadores vão para as ruas, com os professores na vanguarda, vão para a
luta por aumento salarial, contra o aumento da contribuição previdenciária e os
cortes de verbas da Educação, cortes que têm reduzido as aulas a quatro dias
por semanas em algumas escolas. Mesmo sendo as greves declaradas ilegais pela
justiça, e apesar da política traiçoeira das direções sindicais democratas, milhares
os professores foram a greve vestindo vermelho e reanimando a luta de classes
no coração do monstro imperialista. A vitória desses trabalhadores é parte da
vitória em nossa luta contra a barbárie.
ÍNDIA
Atualmente, a condição política da Índia está dentro de uma
fase decadente. O crescente endividamento da Índia com o FMI e o Banco Mundial contribuiu
para a ascensão dos elementos fascistas de extrema-direita. Com a extrema
direita alojada no centro do poder, as tendências fascistas estão em ascenso. O
fundamentalismo religioso, o comunalismo e o sistema de castas são as armas mais
mortais da classe dominante indiana, que ele usa para reprimir as atividades e
protestos de massa. Nessa atmosfera política da Índia, cada vez mais ganha
força a iniciativa de uma da criação de uma frente única nacional de todos os
chamados "partidos antifascistas" (todos os quais são partidos
parlamentares burgueses) em uma aliança comum sob um programa mínimo comum. Cresce
a insegurança por parte das castas oprimidas e outras minorias. Nos últimos
anos, casos de atrocidades contra os muçulmanos e as castas baixas chegaram a
um nível assustador. Os suicídios dos camponeses pobres aumentaram de uma
maneira que parece ser imparável enquanto persistirem as políticas anti-povo de
ódio e intolerância fascista. A longa marcha dos agricultores mais recentes em
Maharashtra e os protestos dos trabalhadores rurais em alguns outros estados,
embora exemplares, ainda não conseguiram alcançar nenhum sucesso a longo prazo.
Os camponeses ainda não romperam com o modelo agrícola capitalista como a única
alternativa prática. O Partido Bhartiya Janta, um partido neoliberal fascista,
é o principal catalisador por trás dessa condição perigosa da política indiana
atual. Ele conquistou muitas eleições por meio de suas táticas manipuladoras
burguesas na maioria dos estados. Em toda parte, há suspeitas de que o BJP
hackeou e manipulou as urnas eletrônicas (Máquinas Eletrônicas de Voto, EVMs)
para ganhar as eleições a qualquer custo. A insensibilidade dos partidos
comunistas existentes e os esforços do BJP para excluir os comunistas e
chamá-los de "antinacionais" tornaram a Índia um país onde é preciso
viver em um estado de constante medo e submissão. Os esforços do BJP para criar
uma nação hindu monoculturalista com base em uma língua e uma religião minam e
destroem a cultura sincrética de nosso país. O senso de coexistência pacífica e
a liberdade de expressão que existiram na Índia estão sob a ameaça da crescente
influência desse partido fascista. O movimento de estudantes antifascistas de
esquerda, por outro lado, ganhou força e muitos líderes estudantis alcançaram
fama nacional. Seu foco agora está centrado em combater o mal do fascismo. A
política da Frente Única Nacional não vai destruir o fascismo e a política de
extrema-direita na Índia. Apenas uma frente antifascista dos Camponeses e
Operários Revolucionários, guiada pelos jovens formados na teoria
Marxista-Leninista, pode trazer uma possível mudança alternativa para uma forma
de política que será capaz de cumprir os direitos dos cidadãos oprimidos da
Índia.
A atual situação mundial exige uma luta antiimperialista
global. Os gritos de morte ao neo-imperialismo estão soando em voz cada vez
mais alta. Qualquer que seja o caso, o reformismo e gradualismo não vão se sustentar.
Esta é a questão vital de milhões de cidadãos trabalhadores explorados do
mundo. Os trabalhadores oprimidos do mundo estão pedindo a abolição da
exploração dos homem pelo homem. Vamos estudar mais, organizar mais, agitar
mais e lutar o combate final contra o capital transnacional. Vamos prometer e cumprir
os ideais dessa Declaração de Primeiro de Maio
GRÉCIA
O capitalismo grego sobreviveu à crise impondo uma longa
austeridade de 60 anos ao proletariado. As enormes manifestações militantes de
2010-2012 e a onda massiva de radicalização pertencem ao passado. A derrota nas
ruas combinada com a falência da via parlamentar e a total capitulação do
SYRIZA aos ditames da burguesia grega, a UE e o FMI deixaram a maior parte do
proletariado desmoralizada e na busca de soluções individuais, especialmente na
ausência de uma alternativa política credível da classe trabalhadora.
O capitalismo grego perdeu uma grande parte do seu PIB e
desceu alguns lugares na cadeia hierárquica, mas isso não o impede de sonhar em
recuperar o terreno perdido através da atualização de sua posição geopolítica.
Está aprofundando sua aliança com os EUA e o Estado sionista e está tentando
reivindicar grandes extensões do Mar Mediterrâneo, que contêm petróleo e gás,
como sua própria Zona Econômica Exclusiva, à custa dos povos da região. Vende
armas aos assassinos sauditas, apoiando-os descaradamente em sua quase guerra
genocida contra o povo iemenita. E os navios norte-americanos que bombardeiam a
Síria costumam ter como ponto de apoio os portos gregos.
Na Grécia, o tempo do protesto social e da luta de classes
dentro dos limites aceitáveis do período anterior acabou. Isso é algo que
precisa ser entendido pela vanguarda e pelo movimento. A experiência do SYRIZA
fornece mais uma prova de que não há como avançar, sem uma luta intransigente
contra a burguesia e seu estado.
CONCLUSÃO
Passados 132 anos desde o levante dos trabalhadores em
Chicago e 50 anos desde maio de 1968, a reação burguesa internacional pode
gabar-se de que o fantasma do comunismo se foi para sempre. Eles podem se
sentir confortáveis pensando que o movimento dos trabalhadores não é mais
motivo de grande preocupação. Mas eles não eliminaram o Primeiro de Maio
vermelho; não enquanto a revolução e o comunismo continuarem a inspirar
centenas de milhares de pessoas em todo o mundo. Não enquanto o Império, garantidor
da ordem capitalista no planeta, estiver sendo espancado, onde ele tenta
reafirmar sua hegemonia, expondo a fraqueza reprodutiva estrutural de um
sistema que vive de sua própria carne.
132 anos desde Chicago, a luta continua. Pela derrota do
Império na Síria com a vitória do Exército Árabe Sírio e seus aliados. Pela
defesa do Donbass e pela derrota das forças fascistas de Kiev apoiadas pela
OTAN. Pela defesa da Coréia do Norte contra as ameaças dos gangsters
imperialistas que tomaram para si o monopólio do uso da violência em todo o
planeta. Pela vitória dos Ansarullah (Houthis) no Iêmen contra os assassinos
sauditas apoiados pelos EUA. Pela vitória da Intifada palestina contra o xerife
racista do imperialismo que é o estado sionista. Pela defesa dos governos “rebeldes”
da América Latina que se encontram na mira do imperialismo e dos seus
golpistas.
A luta também continua no coração das metrópoles
imperialistas, onde a "democracia" burguesa está sendo transformada
em um estado constante de exceção contra imigrantes, refugiados, negros,
estrangeiros e todos aqueles que são diferentes. Onde os bandos fascistas pairam
esperando sua hora. Onde os ganhos sociais estão sendo dilacerados, com a
classe trabalhadora sendo condenada a um estado de constante austeridade e
insegurança.
Aí reside a esperança do movimento dos trabalhadores
recuperando seu orgulho de classe. Aí redescobrirá sua bandeira: a bandeira
vermelha da revolução e do comunismo. Aí redescobrirá o fantasma que ronda a
luta de classes.