Por Fernando Brito,
pablo |
O Judiciário brasileiro se tornou uma monstruosidade.
Há 15 dias, 159 pessoas foram presas numa festa apontada como sendo promovida por milicianos.
Pode ser, a milícia, há muitos anos, atua na periferia do Rio de Janeiro, controlando venda de gás, vans, “gato net” e extorquindo comerciantes.
Ocorre que, dos 159, 139 não tinham antecedentes criminais ou quaisquer investigações que os envolvessem.
Deveriam, portanto, ser liberados imediatamente.
Mas não foram.
Nas audiências de custódia, em “lotes” de 20 foram mantidos presos por terem ido a um lugar onde havia homens armados.
Só um deles, Pablo Martins, palhaço de circo, cuja imagem está na foto do post, foi solto, e só hoje.
O próprio Ministro da Segurança, Raul Jungmann, diz que “essas pessoas têm que explicar o que estavam fazendo lá, em uma festa de milícia, numa festa de bandido”.
Mães, mulheres, filhos dos 139 presos por terem ido à “festa de bandido” pedem que eles sejam postos em liberdade, porque ir a uma festa, qualquer que seja, não é crime.
Ou melhor, não era.
No Brasil pós- Lava Jato, é preciso provar que você é inocente, não que provem que você é culpado.
Isso é o estado policial.
E estamos nele.
No Brasil pós- Lava Jato, é preciso provar que você é inocente, não que provem que você é culpado.
Isso é o estado policial.
E estamos nele.