Quão estranho é o rosto da "libertação" na Líbia hoje!
A Liga Comunista publica abaixo a declaração
do Comitê de Ligação pela IV Internacional composto pelo Socialist Fight britânico,
pela Tendencia Militante Bolchevique argentina e pela LC brasileira, em
resposta a Tendência Revolucionária Comunista Internacional (RCIT) dirigido
pelo RKOB austríaco. O RKOB é uma ruptura da Liga pela 5ª Internacional
dirigida pelo Workers Power britânico.
A importância deste debate em meio a atual ofensiva da OTAN
e de Israel sobre a Síria e a Palestina deriva do fato de que o RKOB
compartilha das mesmas ilusões da maioria da chamada esquerda trotskista que
acreditam que a Líbia e a Síria vivem “revoluções democráticas" (no
Brasil, o PSTU, o PSOL e POR) ou simplesmente “revoluções” (PCO, LER e MR) e
que de alguma forma uma luta conduzida por direções pró-imperialistas possa
servir aos interesses dos trabalhadores por direitos democráticos e sindicais.
1. O artigo de
10.800 palavras de Michael Pröbsting “Lutas de libertação e interferência
imperialista – O fracasso do sectárismo ‘anti-imperialista’ no Ocidente:
Algumas considerações gerais do ponto de vista do marxista sob o exemplo da
revolução democrática na Líbia em 2011” publicado no Boletim “Comunismo
Revolucionário” da Tendência Revolucionária Comunista Internacional (RCIT),
No.12, 2012/10/24 merece alguma consideração, pois procuram defender sua indefensável
posição pró-imperialista sobre a Líbia e ataca aqueles que tomaram uma posição
de princípio. [1]
2. No
entanto, rejeitamos a identificação das posições do Comité de Ligação pela
Quarta Internacional (LCLQI) com as da ICL/espartaquistas e do Grupo
Internacionalista/LFI:
“Os
sectários ‘anti-imperialistas’ no entanto, colocam-se ao lado do reacionário
regime de Gaddafi contra a revolução popular. Exemplos de grupos que assumiram
tal posição reacionária são o Comité de Ligação da Liga Comunista (Brasil), do Grupo
Revolucionário Marxista (África do Sul) e do Luta Socialista (Grã-Bretanha), a ICL/espartaquistas, o LFI/Grupo Internacionalista de Norden e o
grupo stalinista "Partido Comunista da Grã-Bretanha (‘marxista-leninista’)”.
Existem
grandes diferenças, esses dois grupos e a Tendência Bolchevique Internacional.
O terceiro membro da "família Spartaquista", se recusou a defender a
Líbia contra os rebeldes dirigidos pela CIA em Benghazi na guerra contra
Gaddafi desde o início e nunca teve a orientação de princípios da Frente Unida
Anti-Imperialista, adotando a linha mais light e incorreta de "bloco
militar" contra as posições do Comintern sob Lênin e Trotsky e contra as
posições que Trotsky defendeu até seu assassinato em 1940. [2]