Quão estranho é o rosto da "libertação" na Líbia hoje!
A Liga Comunista publica abaixo a declaração
do Comitê de Ligação pela IV Internacional composto pelo Socialist Fight britânico,
pela Tendencia Militante Bolchevique argentina e pela LC brasileira, em
resposta a Tendência Revolucionária Comunista Internacional (RCIT) dirigido
pelo RKOB austríaco. O RKOB é uma ruptura da Liga pela 5ª Internacional
dirigida pelo Workers Power britânico.
A importância deste debate em meio a atual ofensiva da OTAN
e de Israel sobre a Síria e a Palestina deriva do fato de que o RKOB
compartilha das mesmas ilusões da maioria da chamada esquerda trotskista que
acreditam que a Líbia e a Síria vivem “revoluções democráticas" (no
Brasil, o PSTU, o PSOL e POR) ou simplesmente “revoluções” (PCO, LER e MR) e
que de alguma forma uma luta conduzida por direções pró-imperialistas possa
servir aos interesses dos trabalhadores por direitos democráticos e sindicais.
1. O artigo de
10.800 palavras de Michael Pröbsting “Lutas de libertação e interferência
imperialista – O fracasso do sectárismo ‘anti-imperialista’ no Ocidente:
Algumas considerações gerais do ponto de vista do marxista sob o exemplo da
revolução democrática na Líbia em 2011” publicado no Boletim “Comunismo
Revolucionário” da Tendência Revolucionária Comunista Internacional (RCIT),
No.12, 2012/10/24 merece alguma consideração, pois procuram defender sua indefensável
posição pró-imperialista sobre a Líbia e ataca aqueles que tomaram uma posição
de princípio. [1]
2. No
entanto, rejeitamos a identificação das posições do Comité de Ligação pela
Quarta Internacional (LCLQI) com as da ICL/espartaquistas e do Grupo
Internacionalista/LFI:
“Os
sectários ‘anti-imperialistas’ no entanto, colocam-se ao lado do reacionário
regime de Gaddafi contra a revolução popular. Exemplos de grupos que assumiram
tal posição reacionária são o Comité de Ligação da Liga Comunista (Brasil), do Grupo
Revolucionário Marxista (África do Sul) e do Luta Socialista (Grã-Bretanha), a ICL/espartaquistas, o LFI/Grupo Internacionalista de Norden e o
grupo stalinista "Partido Comunista da Grã-Bretanha (‘marxista-leninista’)”.
Existem
grandes diferenças, esses dois grupos e a Tendência Bolchevique Internacional.
O terceiro membro da "família Spartaquista", se recusou a defender a
Líbia contra os rebeldes dirigidos pela CIA em Benghazi na guerra contra
Gaddafi desde o início e nunca teve a orientação de princípios da Frente Unida
Anti-Imperialista, adotando a linha mais light e incorreta de "bloco
militar" contra as posições do Comintern sob Lênin e Trotsky e contra as
posições que Trotsky defendeu até seu assassinato em 1940. [2]
3. Mas se o
equivocado rótulo de "sectários anti-imperialistas" é uma
qualificação no mínimo discutível para os primeiros três grupos mencionados, trata-se
claramente de um amálgama mentirosa identificar aos demais as posições do ultra-stalinista
Partido Comunista da Grã-Bretanha ('marxista-leninista'). O Líder do CPGB, Harpar
Brar tomou uma posição totalmente sem princípios de defesa política acrítica de
Gaddafi, expressando desprezo para os trabalhadores oprimidos migrantes, em
particular, os que sofreram tanto sob o regime e os pactos com o imperialismo, a
detenção de imigrantes clandestinos para a Europa em campos de concentração no
deserto, etc.
4. Nós
rejeitamos também a acusação de que temos a posição do velho WRP de Gerry Healy
e a posição do atual WRP de Sheila Torrance, que são igualmente acríticas de
Gaddafi ainda que em nome da revolução mundial, estes agrupamentos
objetivamente convertem-se em agentes de Kadafi, Arafat, Saddam e até mesmo
Khomeini, capitulando a concepção etapista de revolução dos stalinistas, esta é
a lógica fundamental das posições Healyistas.
5. O CLQI fez
uma analogia entre as posições adotadas por Trotsky em relação a Chiang
Kai-shek e a China, em 1937, e as que os trotskistas precisariam tomar diante
de Gaddafi. Defendemos "o que existe de independência na Líbia" –
Gaddafi não era totalmente controlado pelo imperialismo (daí a necessidade de
ocupar e recolonizar o país). "Os imbecis Eiffelite [2.1]
tentam brincar com esta “limitação”."Os trotskistas", dizem
eles,"servem ao proletariado de palavras e a Gaddafi por seus atos".
Participar de forma ativa e conscientemente na guerra não significa "servir
a Gaddafi" mas servir a luta pela independência de um país (semi)
colonial, apesar de Gaddafi".[3]
6. O
documento consiste em uma longa defesa teórica das posições Rcit, copiadas do arsenal
do Workers Power (WP), de onde o RCIT se originou em 2011, a partir de uma
ruptura com pequenas diferenças políticas. Em seguida, o RCIT faz uma defesa de
sua posição sobre a Líbia sob uma ridícula base de que a situação atual é um
grande passo para frente, uma 'revolução democrática'. No curso da defesa
teórica, Pröbsting menospreza os grandes princípios do marxismo, leninismo e do
trotskismo.
7. Ele diz:
"Nós somos antiimperialista, porque nós tomamos o lado da classe
operária... e não o contrário".
8. Esta é a
posição dos "Eiffelites” a quem Trotsky qualifica de “imbecis”. Nós
precisamos ser antiimperialista porque Wall Street, dominado pelo capital
financeiro global, controla todas as nossas vidas. Argumentando que está tomando
“o lado da classe trabalhadora" o RCIT se apóia na mentalidade média dos
trabalhadores pró-imperialistas das metrópoles que não entendem isso, incompreensão
comum a todos os agrupamentos Quinta-internacionalistas originados do WP.
"Os bolcheviques comunistas apóiam qualquer movimento real das massas
populares contra a supressão dos direitos democráticos", diz Michael. Mas
o que é um "movimento real"? Como Trotsky nos ensina, "as massas
não são idênticas: existem massas revolucionárias, há massas passivas, há
massas reacionárias".
9. Michael
diz: "Na realidade, a intervenção imperialista não ajuda de forma alguma a
luta revolucionária democrática, pois corre o risco de bombardeá-la. É por isso
que temos apoiado as progressivas lutas de libertação das massas contra as
ditaduras, mas, ao mesmo tempo, rejeitamos firmemente as intervenções
imperialistas. (Por exemplo, na luta dos bósnios 1992-95, dos albaneses do
Kosovo, em 1999, na revolta contra a ditadura de Gaddafi na Líbia em
2011)."
10. Mas a sua
“rejeição às intervenções imperialistas" é puramente verbal, uma vez que a
apóia na prática e fornece um álibi para a mesma, fazendo de conta que ela não
estava acontecendo porque era uma guerra por procuração "restrita" ao
bombardeio em massa da Líbia, não admitindo que o imperialismo fincasse suas
“botas na terra". Na realidade, havia milhares de soldados do Qatar e das Forças
Especiais dos EUA e do Reino Unido operando na Líbia como hoje atuam na Síria. Note-se
que isto provoca o “risco de bombardear” a “revolução democrática”. Como
veremos mais adiante, ele continua a afirmar que o imperialismo falhou nesta
empreitada e a “revolução” conseguiu estabelecer uma situação de “duplo poder parcial”.
11. Michael
diz: "Só quando a intervenção imperialista está se tornando a
característica dominante da situação política, os revolucionários devem
subordinar a luta democrática à luta contra tal intervenção."
12. Mas quando
é que podemos perceber que “a intervenção imperialista está se tornando a
característica dominante da situação política"? Quando a direção do
movimento apóia de forma inequívoca ao Imperialismo que a fornece, secreta ou
abertamente, armas e apoio político total, em todos esses casos e agora na
Síria, respondemos nós categoricamente.
13. Michael
diz: "Nosso antiimperialismo é uma decorrência de nossa posição
fundamental na luta de classes e não um princípio primordial, que reside acima
da luta de classes."
14. Se o
anti-imperialismo não é "um princípio primordial" deduz-se que
poderiam haver algumas lutas pró-imperialistas que melhor sirvam aos interesses
da classe trabalhadora do que derrotar o imperialismo mundial, como derrotar um
tirano local com o apoio do imperialismo. Esta é uma brutal declaração
oportunista e uma rejeição direta as posições fundamentais do marxismo!
15. Então
Michael se detém por um momento e tenta se retratar com um princípio trotskista:
"Nosso método é que, durante uma luta democrática ou de libertação
nacional ficamos do lado dos combatentes da libertação (que são na sua maioria estão
sob direções burguesas ou pequeno-burguesas) e apoiamos sua vitória militar. Para
nós existe uma grande diferença entre estas lutas de libertação progressistas e
os interesses das potências imperialistas. Embora apoiemos o primeiro, estamos
totalmente em oposição aos segundos. Por isso nós, comunistas-bolcheviques rechaçamos
qualquer ingerência imperialista e reivindicam a luta pela derrota das forças
imperialistas".
16. Mas Pröbsting
não fez nada disso. Os "combatentes da libertação” eram reacionários das
forças pró-imperialistas e da Al-Qaeda. Vocês, portanto, apoiaram as forças
imperialistas e reivindicaram sua vitória em nome do “antiimperialismo” em
todos estes conflitos e agora na Síria.
PRÖBSTING SE CONTRADIZ ABERTAMENTE
17. Pröbsting
alega: "No entanto, Lenin e os bolcheviques não chegam à conclusão de que
não se deve apoiar as lutas de libertação nacional. A qual conclusão chegaram Trotsky
e a Quarta Internacional sobre o fato de que a opinião pública imperialista e
pequeno-burguesa na Europa Ocidental e na América do Norte estiveram firmemente
a favor do governo republicano antifascista na Espanha em 1936-1939 ou da luta
de libertação nacional dos trabalhadores chineses, sob a liderança de Chiang
Kai-shek contra o imperialismo japonês de 1937 em diante? Eles certamente não
sucumbiram à ‘opinião pública’ imperialista e pequeno-burguesa, quando deram
apoio crítico, mas incondicional ao governo republicano antifascista ou às
lutas chinesas, mas defenderam o ponto de vista de classe independente e
internacionalista dos trabalhadores".
18. Aqui
Michael Pröbsting se contradiz. Onde foi parar o "apoio crítico, mas
incondicional" quando a Líbia e agora a Síria são atacada pelo
imperialismo e seus agentes militares? Pröbsting sucumbiu diretamente ao
imperialismo e a "opinião pública" pequeno-burguesa, apoiando o "levante
popular", sem questionar o caráter pró-imperialista e anti-operário do
mesmo. Pröbsting acabou “uivando junto com os lobos", porque buscou o
princípio da eqüidistância e postulou uma formulação política impossível: uma
luta pró-imperialista que servisse aos interesses da classe trabalhadora
internacional! É um insulto monstruoso querer comparar os “rebeldes de
Benghazi” aos trotskistas chineses da década de 1930 [4], ou
mesmo aos maoístas posteriores, ou aos trotskistas espanhóis [5] ou as fileiras do POUM [6] e
anarquistas [7] em Espanha 1936-9.
19. E agora
Michael repudia outro princípio fundamental do marxismo, "Os marxistas não
devem ter como eixo a proposição: Como os revolucionários que lutam em países
ocidentais imperialistas podem melhor opor-se à pressão da "nossa
burguesia".
20. Mas é
exatamente a partir deste princípio que começamos nossa luta se estamos em um
país imperialista! Foi isto que nos ensinou Karl Liebknecht com seu famoso panfleto
de 1915: “O inimigo principal está em casa”. Documento que se tornou parte do
arsenal de qualquer marxista sério desde que foi escrito: "O inimigo
principal de todos os povos está em seu próprio país! O principal inimigo do
povo alemão na Alemanha: o imperialismo alemão, o partido de guerra alemão,
diplomacia secreta alemã. Este inimigo em casa deve ser combatido pelo povo
alemão em uma luta política, cooperando com o proletariado de outros países
cuja luta central é contra os seus próprios imperialistas".
21. E por que,
segundo a concepção de Michael, devemos rejeitar internacionalismo em favor do
chauvinismo nacional? "Esta é uma concepção que nos conduzirá a graves erros.
Este é o antiimperialismo dos tolos. É preciso começar a pensar a partir do
ponto de vista de qual é a política de classe independente no interesse da
classe trabalhadora internacional e dos povos oprimidos".
22. Este é mais
uma típica imbecilidade terceiro campista Eiffelista. Não poderá haver NUNCA um
movimento pró-imperialista que sirva aos interesses da classe trabalhadora
internacional. O antiimperialismo deve estar no DNA de qualquer marxista sério
do planeta, só assim se pode servir aos interesses do proletariado
internacional.
23. Pröbsting
diz: "A Revolução líbia, assim como a revolução Síria em 2011 começou como
revolução democrática, como parte das revoluções árabes contra as ditaduras
burguesas. Assim, ao contrário da interpretação dos sectários, essas guerras
civis não começaram como uma conspiração do imperialismo – são autênticas lutas
de libertação dos trabalhadores e camponeses".
24. Pode-se
argumentar que ocorreu levantes por direitos democráticos (e não
"revoluções democráticas") na Tunísia, Egito, Iêmen, Bahrein e até
mesmo a Síria, mas não na Líbia. Desde o início, o “levante” líbio foi
organizado e orquestrado por forças pró-imperialistas e agentes da CIA. Nunca
houve nada progressista ou libertador nesta “revolta de Benghazi”, exceto nas
mentes de alguns trabalhadores iludidos e camponeses. Logo no início, os
linchamentos de trabalhadores negros [7.1] desmascararam
esta farsa de uma "Primavera Árabe" sob a intervenção imperialista.
Na Síria, qualquer aspecto progressivo do levante foi logo usurpado por forças
patrocinadas pelo imperialismo que rapidamente tomaram o controle e passaram a
controlar com punho de ferro a oposição a Assad.
25. Sucintamente
Paul Wolfowitz [8] rebateu cada palavra do RCIT no
Newsnight em 24 de outubro, quando ele foi descrevendo como levar a "revolução"
à vitória na Síria. Ele disse: “A Líbia está muito pró-ocidental agora!” Esta
afirmação atinge diretamente ao coração da questão. Todos os que são antiimperialistas
por princípio e os que estão interessados em transmitir esta concepção para a
consciência do proletariado internacional procuram a derrota do imperialismo e
a vitória de Assad contra o mesmo. Eles defendem isto neste momento a fim de pavimentar
o terreno para a construção na síria de uma seção da IV Internacional que tenha
por princípios o internacionalismo anti-imperialista do trotskismo.
26. Michael
diz: "É preciso analisar concretamente se a luta de libertação nacional e
democrática foi dominada totalmente pelas manobras imperialistas e não possui
qualquer significativa dinâmica interna para a luta dos trabalhadores e para a libertação
dos camponeses. Se este for o caso, os marxistas devem mudar sua posição e apoiar
a luta de libertação nacional".
O
IMPERIALISMO NÃO CONSEGUIU EXATAMENTE O QUE QUERIA?
27. E não foi
isso que aconteceu na Bósnia, Kosovo, Líbia e Síria? O imperialismo conseguiu
exatamente o que queria nos três primeiros conflitos. Kosovo é praticamente uma
colônia EUA controlada por bandidos mafiosos. A Bósnia não está muito melhor que
isto. E é ainda mais notória a situação em que a "revolução" reduziu a
Líbia! A Síria terá um destino semelhante, se não pior. Até onde a tragédia
desta "revolução" precisa ir para que o RCIT volte atrás? Workers
Power nunca se auto-criticou por ter apoiado os mafiosos do KLA e a RCIT –
refém desta posição política – tão pouco.[9]
28. Michael
escreve: "Complicações como esta, interpenetrações de interesses
diferentes e contradições em um dado conflito militar tendem a aumentar no
futuro. Por quê? Por causa da crescente rivalidade interimperialista...
Infelizmente, este aspecto é completamente ignorado por muitos sectários que
não reconhecem que, além do tradicional poder imperialista – na América do
Norte, Europa Ocidental e Japão - também há um novo, através de potências
imperialistas emergentes, em particular a Rússia e a China."
29. Podem
haver novas potências imperialistas no futuro, mas é equivocado igualá-las
assim. Agora a guerra é liderada por uma força imperialista dominante em nome
do capital financeiro mundial que é liderado pelos EUA e por isso é correto que
nações como a Síria busquem obter toda a assistência possível a partir do Irã,
China e Rússia. Líbia e Síria, mesmo recebendo o apoio de Rússia e China não podem
ser equiparadas com as forças de oposição que são a ponta de lança do dos
interesses do capital financeiro imperialista, centralmente com base em Wall
Street. A Síria está agora defendendo o que lhe resta de seu próprio direito de
autodeterminação.
30. É claro
que se for deflagrada uma guerra direta interimperialista entre um bloco
dominado pelos EUA e o bloco Rússia-China-Alemanha então a tática correta e
obrigatória será o duplo derrotismo ao mesmo tempo em que apoiamos as lutas de libertação
nacional que possa rebentar durante o curso da guerra, mesmo que elas venham
ter o apoio de um bloco ou de outro.
31. Michael
escreve: "Tudo isso além da conhecida repressão assassina ao menor sinal
de resistência do povo líbio".
32. O
"povo da Líbia” deve incluir agentes da CIA, contratados e subornados por
estes agentes e aqueles que aspiravam se tornarem os agentes do capital
financeiro imperialista quando tomassem o poder, para não mencionar os
fundamentalistas da Al-Qaeda que queriam impor a lei Sharia e restaurar a
opressão das mulheres e que concordou em aliar-se temporariamente aos EUA. De
forma análoga, os marxistas devem aliar-se temporários a Gaddafi contra o ataque
imperialista.
33. Agora a
parte mais ridícula e mais indefensável de todo o documento, Michael pergunta:
"Os trabalhadores e a juventude hoje estão em uma situação melhor ou pior do
que sob a ditadura de Gaddafi?"
34. Só um sujeito
muito ingênuo pode fazer tal pergunta para em seguida surpreender-se obtendo
uma resposta para a mesma oposta ao que esperava. Observemos o seguinte informe:
35. "A apropriação
do petróleo da Líbia, o objetivo principal das potências da OTAN não é pouca coisa.
O petróleo líbio foi privatizado em curto espaço de tempo. Os contratos foram
distribuídos de acordo com a responsabilidade e o número dos bombardeios
realizados por cada país: a França, a serviço da Total; a Espanha, pela Repsol; a Itália, a serviço da Eni; a Inglaterra, em nome da British Petroleum; e
os EUA pela Marathon e Hess, ConocoPhillips. Isto tem como efeito a
redução das receitas para o novo governo, que terá de preencher a lacuna orçamentária
com financiamentos, cortando gastos sociais elementares e tomando empréstimos
por parte das instituições financeiras internacionais, como qualquer outro Estado
neoliberal.”
36. “Isso não
quer dizer que setores da população da Líbia (ou da população síria ou iraniana)
não tenham queixas legítimas contra suas ditaduras nacionalistas. No entanto,
quando um setor da classe dominante destes países se alia ao capital
transnacional estrangeiro para servir a manipulação imperialista em favor da
mudança de regime político, qualquer aliança militar que os adversários do
governo de plantão faz com os interesses globalizantes é um ato de traição
contra seu próprio povo. Esta é uma guerra de classe mundial e os Estados
Unidos e outras potências da OTAN representam os interesses da classe capitalista
transnacional, não a classe trabalhadora líbia". [10]
37. É de suma
importância observar que em nenhum momento Michael ou o Rcit se opõem à
recolonização da Líbia e a apropriação de seu petróleo pelas garras das empresas
ocidentais [10.1]. Ele encontra qualquer espaço para atacar a menor capitulação de
Gaddafi ao imperialismo, mas fica completamente prostrado em relação aos “rebeldes”
e o que acabamos de descrever acima é completamente irrelevante para ele.
DE FATO, “UMA
SITUAÇÃO DE DUPLO PODER PARCIAL”!
38. Michael
continua: “Os sectários "antiimperialistas" afirmar que na Líbia a
contra-revolução – ou seja, o imperialismo e seus agentes da OTAN, os supostos “rebeldes"
racistas – ganharam a guerra civil. Conseqüentemente, eles consideram o
resultado como uma derrota para a classe trabalhadora. Nós, por outro lado achamos
que a Revolução Líbia terminou em uma vitória parcial para a classe
trabalhadora e os oprimidos, pois derrotou o regime burguês e bonapartista de
Gaddafi. É verdade que a liderança burguesa e pró-imperialista em torno da CNT
tenta seqüestrar essa revolução inacabada e democrática para transformá-la em
uma contra-revolução democrática. No entanto, este processo está longe de ter
sido concluído. O que temos hoje no pós-Gaddafi da Líbia é um regime em crise,
que é dividido por várias facções. Está dividido, não apenas pela luta entre as
potência, mas também – e, em grande medida, devido a pressão das massas. O que
temos hoje na Líbia é uma situação de duplo poder parcial. O que constitui esta
situação de duplo poder parcial?”
39. Este deve
ser o parágrafo mais farsante de todo o documento. Uma situação de duplo poder
parcial, de fato! Esta expressão foi usada pela primeira vez pelos bolcheviques
para descrever a situação na Rússia depois da revolução de Fevereiro de 1917,
onde conselhos de massas de trabalhadores (soviéticos) efetivamente controlavam
o país, disputando o poder com o próprio governo. Eventualmente, os soviéticos
aboliram a democracia parlamentar e instituíram a "ditadura do
proletariado", em que a classe trabalhadora governava. Posteriormente, esta
foi substituída pela ditadura da burocracia sob Stalin por volta de 1924.
40. Talvez quando
Michael escreveu isto de "situação de duplo poder parcial" não
estivesse uma percepção suficiente da realidade para deixar de notar que a
classe trabalhadora não tem um pingo de influência na situação e ele tivesse
referindo-se a “situação de duplo poder parcial” entre as milícias fundamentalistas
da Al-Qaeda e as forças pró-EUA.
41. Michael caiu
no conto divulgado por Carlos Munzer da LOI-DO argentina. Segundo esta última
corrente da Argentina a Líbia atravessa uma revolução com situações de duplo poder
dos trabalhadores e tudo. Contudo, devemos confessar a nossa falta de
conhecimento das forças da classe trabalhadora existentes na Líbia hoje. Se estas
forças estão ressurgindo como “informa” Munzer então seria necessário
claramente chamar tais forças a mudarem de lado contra as influências
pró-imperialistas a que estão subordinadas. Mesmo que supostas greves que
segundo ele estariam supostamente levando a uma situação em que "Os
trabalhadores formam novos sindicatos e estão se organizando em estruturas de base,
onde têm mais direitos e poder do que sob o regime de Gaddafi", estes
sindicatos seriam organizações pró-imperialistas.
42. Vejamos,
por exemplo, a posição de Munzer sobre a Síria, onde o principal inimigo é
Assad e o imperialismo russo-chinês. Não há absolutamente nenhuma oposição aos
EUA, UE, Turquia, a burguesia saudita ou o Qatar.
43. "Na
Grécia e em toda a Europa, é necessário paralisar todos os portos e navios que transportem
armamentos e alimentem o assassino Assad, e em vez disso, que se alimentem de
armas a resistência heróica da Síria! As classes trabalhadoras russa e chinesa
tem de se revoltar agora contra os a Putin e Hu Jintao assassinos! É urgente
parar a máquina de guerra contra-revolucionária de Putin e Hu Jintao, que estão
armando até os dentes o genocida Al Assad! É urgente enviar armas, equipamentos
e alimentos para as massas que estão lutando em Homs, Damasco, etc! Por
Milícias de Combatentes Revolucionárias na Líbia! Por Comitês Voluntários
Internacionalistas de Trabalhadores!” http://www.democraciaobrera.org/pag_ingles/mediooriente/2012/carta_tunez_
delibia042012.html
Maggie
Michael, jornalista da Associated Press nos revela precisamente que tipo de
'massas' são estas:
44. "Cerca
de 30.000 pessoas lotaram uma ampla avenida enquanto marchavam ao longo de um
lago no centro de Benghazi na sexta-feira nos portões da sede da Ansar
al-Sharia [10.2]. Eles carregavam faixas e cartazes
exigindo que as milícias fossem dissolvidas e que o governo constituísse uma polícia
para tomar o seu lugar para manter a segurança. "Benghazi caiu em uma
armadilha", se lê em um cartaz. "Onde está o exército, onde está a
polícia. Em outros cartazes lamentam o assassinato do embaixador dos EUA,
Christopher Stevens com as seguintes inscrições: "O embaixador era amigo
da Líbia" e a "Líbia perdeu um amigo". Helicópteros militares e
aviões de combate sobrevoaram, e policiais se misturaram na multidão,
impulsionado pelo apoio aos manifestantes "[11].
45. E assim a
última esperança para a “revolução” é... Ansar al-Sharia! Eles vieram para substituir
os bolcheviques! Quão estranho é o rosto da "libertação" da Líbia
hoje! Parecem tão estranhos quanto os dos bolcheviques nos dias anteriores ao
assalto ao Palácio de Inverno, em 1917, na Rússia, não é?
46. Enquanto
escrevemos esta resposta a cidade de Bani Walid está sob cerco. De acordo com a
agência de notícias Inter Press Service as milícias pró-governo armados estavam
tentando matar indiscriminadamente grandes números de pessoas em Bani Walid,
por causa de sua história de apoio à Gaddafi. A Anistia Internacional diz que
em toda Líbia, muitos continuam a ser detidas sem acusação ou submetidas a
julgamento, foram torturados ou sofreram maus-tratos. O Centro Internacional de
Estudos Penitenciários (ICPS) diz que a Líbia detém o maior número de
prisioneiros detidos sem julgamento no mundo, cerca de 89 % dos presos.
Prisioneiros estrangeiros, muitos deles da África Sub-saariana, são
responsáveis por quase 15% da população carcerária da Líbia, e as mulheres são pouco
mais de 2%. Nasseer Al Hammary, pesquisador do Observatório da Líbia para os
Direitos Humanos disse que a situação dos direitos humanos na Líbia agora é
muito pior do que sob Gaddafi. [12]
47. É assim que
a classe trabalhadora da Líbia está prestes a conquistar o poder? Certamente
sofrem alguma "revolução inacabada" com um “duplo poder parcial”
apoiado pelo RCIT!
Notas
[1] A declaração do RCIT que respondemos neste documento pode
ser encontrada em: http://www.thecommunists.net/theory/liberation-struggle-and-imperialism/#ds
[2] Ver Stuart King, A frente única anti-imperialista: um
debate com o GOR, 30/03/1986 - "Claramente aqui Trotsky não limita a
frente única apenas a questão de "blocos militares contra os imperialistas
ou contra os senhores da guerra. Na verdade essa posição faz uma divisão
não-marxista entre "política" e "guerra". A guerra é a
continuação da política por outros meios"."Ray e toda a família
Workers Power já repudiou estas posições corretas por causa de sua necessidade
de defender a sua posição sem princípios sobre a Líbia.
http://www.fifthinternational.org/content/anti-imperialist-united-front-debate-gor
[2.1] “Na minha declaração para a imprensa burguesa, eu disse
que o dever de todas as organizações de trabalhadores da China era de
participar ativamente e nas linhas de frente da atual guerra contra o Japão,
sem abandonar, por um único momento, o seu próprio programa e atividade
independente. Mas isso é ‘social-patriotismo!’ Choramingam os Eiffelites. É
capitulação a Chiang Kai-shek! É o abandono do princípio da luta de classes! O
bolchevismo pregou derrotismo revolucionário na guerra imperialista! Agora, a
guerra na Espanha e na Guerra Sino-Japonesa são ambas as guerras imperialistas.
Nossa posição sobre a guerra na China é a mesma. A única salvação dos operários
e camponeses da China é lutar de forma independente contra os dois exércitos,
contra o exército chinês da mesma maneira como contra o exército japonês. Estas
quatro linhas, tiradas de um documento Eiffelite de 10 de setembro de 1937,
basta para nos dizer: estamos aqui diante, quer com verdadeiros traidores ou
imbecis completos. Mas imbecilidade, elevado a esse grau, é igual à traição”. (Leon
Trotsky, On the Sino-Japanese War, Written: 23/09/1937 http://www.marxists.org/archive/trotsky/1937/10/sino.htm)
(Nota da edição brasileira, LC)
[3] Convidamos os leitores a verificar a declaração do CLQI
na qual verão que a tentativa de criar uma identificação entre nossas posições
com as da "família Spartacista' e o CPGB (ML) é totalmente infundada. http://lcligacomunista.blogspot.com.br/2011/04/declaracao-lc-sf-rmg-sobre-libia.html
[4] Ver entrevistas com Wang Fanxi por Gregor Benton,
"Wang repete o que foi descrito, isto é, que a posição tomada por seu
grupo – e por Trotsky – não era um dos" derrotismo revolucionário ".
O objetivo manifesto era "transformar a guerra contra os invasores
estrangeiros em uma revolução para substituir a direção da guerra de
resistência e, assim assegurar a vitória da guerra contra o invasor estrangeiro
... 'Esta política ... alinhou-se a declaração de Trotsky de que as
organizações dos trabalhadores deveriam “participar ativamente e nas linhas de
frente da guerra contra o Japão”. Chiang Kai-Shek provavelmente não alcancaria
uma vitória sobre os japoneses e os trotskistas poderiam ganhar autoridade
política na luta militar e da luta política contra as debilidades e traições do
Kuomintang. "http://revolutionaryhistory.co.uk/book
-reviews/books/reviews/chinese-trotskyism.htm.
[5] Ver Felix Morrow: Revolução e Contra-Revolução na
Espanha, New Park Publications. Sobre isto escreve Mandel Earnest: "A Revolução
e Contra-Revolução na Espanha de Felix Morrow continua sendo a melhor análise
marxista da revolução espanhola e seu fim trágico entre 1936-37. Outras obras,
escritos que recorrem a um extenso e original material dão uma explicação mais
detalhada dos eventos e lutas (sociais e políticas) que marcaram esses anos
dramáticos, e dos eventos que conduziram a eles. Mas nenhum é igual e menos
ainda superior a obra de Morrow. Ele analisa as forças das classes sociais e o
choque inevitável entre elas, e de como contribuiu decisivamente para o
desfecho trágico dos acontecimentos a falta de uma direção revolucionária e de
consciência política clara por parte das massas trabalhadoras. http://www.marxists.org/archive/mandel/1974/xx/morrow.htm
[6] O Partido Operário Unificado Marxista (em espanhol:
Partido Obrero de Unificación Marxista, POUM; em catalão: Partit Obrer
d'Unificació Marxista) era um partido político comunista espanhol formado
durante a Segunda República e, principalmente ativo em torno da Guerra Civil
Espanhola. Ele foi formada pela fusão do agrupamento trotskista Esquerda Comunista
da Espanha (Izquierda Comunista de España, ICE) e do Bloco Operário e Camponês
(BOC, ligado a Oposição de Direita), contra a vontade de Leon Trotsky, com quem
o ICE rachou em 1935.
[7] Embora tenham oscilado entre o bolchevismo e o
menchevismo, não cumprindo um papel independente, os anarquistas tiveram um
papel importante na luta contra Francisco Franco durante a Guerra Civil
Espanhola. A aspiração de uma revolução social se espalhou por toda a Espanha, com
a coletivização da terra e das fábricas e controlada pelos trabalhadores. Os
operários anarquistas realizaram combates heróicos (19/07/1936, jornadas de
maio de 1937), os dirigentes anarquistas da CNT e da FAI oscilaram entre
boicotar a formação de soviets por seu anarco-sindicalismo, renunciando a luta
pelo poder operário e o ingresso no governo burguês da frente popular. Todas as
conquistas sociais da revolução espanhola foram então liquidadas em 1939 com a
vitória de Franco, que teve milhares de anarquistas executados. A resistência a
ditadura franquista nunca foi inteiramente esmagada, com militantes da resistência
a participar de atos de sabotagem e de ação direta depois da guerra civil, realizando
vários atentados contra a vida do governante. Sobre o papel dos anarquistas na
guerra civil espanhola recomendamos: o documento: León Trotsky, Escritos sobre
España, Lección de España; Última Advertencia, 17/12/1937, http://revolucionespanola.elmilitante.org/clasicos/46.htm
[8] Paul Dundes Wolfowitz (nascido em 22/12/1943) é um
ex-embaixador dos Estados Unidos para a Indonésia, Vice-Secretário de Defesa dos
EUA, presidente do Banco Mundial, e ex-reitor da Escola Paul H. Nitze de
Estudos Avançados Internacionais da Universidade Johns Hopkins. Atualmente é
professor visitante do American Enterprise Institute, trabalhar em questões de
desenvolvimento econômico internacional, África e parcerias público-privadas, e
presidente do US-Taiwan Business Council. Ele é um líder neoconservador. Como
vice-secretário de Defesa, ele era "um grande arquiteto da política do presidente
Bush para o Iraque e... seu principal falcão." (Peter J. Boyer, "O
Crente: Paul Wolfowitz defende sua guerra", The New Yorker, 01/12/2004). Wolfowitz
é um dos mais importantes teóricos do imperialismo na atualidade.
[9] Ver Kosovo "Estado mafioso" e Camp Bondsteel:
Rumo a uma presença militar permanente dos EUA no sudeste da Europa, 14/04/2012,
por F.William Engdahl. "Hashim Thaci o atual primeiro-ministro do Kosovo,
trabalha, por assim dizer, para o Departamento de Estado dos EUA". Segundo
The Guardian, 14/12/2010, Hashim Thaçi é identificado como o chefe de uma rede mafiosa
ligada ao narcotráfico de heroína e cocaína, prostituição e assassinatos no
período preparatório para a guerra de Kosovo 1998-1999, passando a ocupar um
forte domínio sobre o governo do país desde então.
[10] Libia piora após ocupação da OTAN, de 26 de junho de
2012, http://www.thenorthstar.info/?p=1043
[10.1] Líbia aberta para os negócios. "Para os vencedores, os despojos": "Países que participaram da tomada da Líbia foi prometida uma parte dos despojos. Isso está de acordo com uma carta publicada em 01 de setembro pelo jornal francês Liberation, em que os rebeldes fazem alusão a um acordo prometendo 35 por cento do petróleo da Líbia para a França. Assinado pela Frente Popular para a Libertação da Líbia (o precursor do Conselho Nacional de Transição), a carta refere-se a um acordo 'para atribuir 35% do petróleo bruto para a França em troca de seu apoio total e permanente do nosso Conselho.' A carta, escrita em árabe e de 3 de abril, diz que o acordo foi firmado durante a 29 de março cúpula sobre a Líbia em Londres. Com reservas provadas de 46,4 bilhões de barris de petróleo de alta qualidade e reservas igualmente enormes de gás natural, a Líbia tem sido na mira do governo dos EUA durante anos, junto com muitos países europeus. Mesmo que as empresas petrolíferas norte-americanas estão de volta ao país desde 2004, e do francês e italiano gigantes do petróleo Total e Eni nunca saiu, eles não têm sido felizes com os termos. Como The New York Times (15 de novembro), 'Durante seu longo reinado, o coronel Gaddafi concedeu estrangeiros direitos de perfuração em pequenos trechos de campos e os fez assinar acordos que deram o regime mais dos lucros e os deixou com a maioria das contas.' Agora que o petróleo da Líbia e gás têm sido 'libertado', as empresas estrangeiras de energia estão esperando para manter os lucros mais para si e deixar o povo líbio com mais de as contas."
http://pslweb.org/liberationnews/news/libya-open-for-business.html
(Nota da edição brasileira, LC)
[10.1] Líbia aberta para os negócios. "Para os vencedores, os despojos": "Países que participaram da tomada da Líbia foi prometida uma parte dos despojos. Isso está de acordo com uma carta publicada em 01 de setembro pelo jornal francês Liberation, em que os rebeldes fazem alusão a um acordo prometendo 35 por cento do petróleo da Líbia para a França. Assinado pela Frente Popular para a Libertação da Líbia (o precursor do Conselho Nacional de Transição), a carta refere-se a um acordo 'para atribuir 35% do petróleo bruto para a França em troca de seu apoio total e permanente do nosso Conselho.' A carta, escrita em árabe e de 3 de abril, diz que o acordo foi firmado durante a 29 de março cúpula sobre a Líbia em Londres. Com reservas provadas de 46,4 bilhões de barris de petróleo de alta qualidade e reservas igualmente enormes de gás natural, a Líbia tem sido na mira do governo dos EUA durante anos, junto com muitos países europeus. Mesmo que as empresas petrolíferas norte-americanas estão de volta ao país desde 2004, e do francês e italiano gigantes do petróleo Total e Eni nunca saiu, eles não têm sido felizes com os termos. Como The New York Times (15 de novembro), 'Durante seu longo reinado, o coronel Gaddafi concedeu estrangeiros direitos de perfuração em pequenos trechos de campos e os fez assinar acordos que deram o regime mais dos lucros e os deixou com a maioria das contas.' Agora que o petróleo da Líbia e gás têm sido 'libertado', as empresas estrangeiras de energia estão esperando para manter os lucros mais para si e deixar o povo líbio com mais de as contas."
http://pslweb.org/liberationnews/news/libya-open-for-business.html
(Nota da edição brasileira, LC)
[10.2] Milícia islâmica líbia criada com patrocínio
imperialista que ganhou força após a morte de Gaddafi e reivindica a imposição
rigorosa da lei islâmica (a sharia) no país. (Nota da edição brasileira, LC)
[12] O abuso e maus-tratos de presos em centros de detenção
em todo o país, muitos deles executados por milícias, é um problema permanente.