Não em nosso nome!
Não a redução da maioridade penal!
Não a criminalização de nossos alunos!
Folha do Trabalhador #16
O governo Alckmin já provou que é inimigo da educação, que
reprime com o aparato policial e a justiça burguesa aos que lutam por melhores
condições de ensino. O Estado e seu aparato repressivo estão a serviço dos
capitalistas e contra os trabalhadores e a juventude. Sempre que pode busca
encontrar uma brecha para criminalizar nossas lutas e oprimir aos setores mais
rebeldes da população reprimirão, por isto desejam reduzir agora a maioridade
penal, tratando a questão social como caso de polícia.
A violência nas escolas reflete ao conjunto da crescente
bárbarie social capitalista. Ensino superior caro, empregos precários e
baixos salários causam a marginalização
da juventude. Esta situação é agravada pela desvalorização do ensino por parte
dos governos, principalmente, pela desvalorização dos professores. O
desinteresse pelo estudo e a rebeldia contra a escola é uma reação espontânea a
este sistema educacional falido. A pedagogia neoliberal, “escolonovista”
adotadas toma medidas de desqualificação da educação como a aprovação
automática, o arrocho salarial e a precarização crescente dos próprios
professores.
Com a aprovação automática o Estado desmoraliza o esforço
dos professores por ensinar e mantém o aluno na ignorância de forma liberal e
cretina. Os mesmos que reduzem a escola a um depósito de jovens, nos reduzem a
meros carcereiros. Inconscientes deste processo, alguns alunos vêem nos
professores a figura do repressor contra os quais se rebelam. Nossa função não
é ser “testa de ferro” do Estado, mas conscientizar os alunos para ganhá-los na
luta contra nosso inimigo comum. Assim nos respeitarão mais e neste meio, a
questão da violência na escola deve ser enfrentada pela força da comunidade
escolar.
Tramita neste momento na Câmara Federal o Projeto de Lei
(PL) n.º 267/2011 da deputada Cida Borghetti (PP-PR) que altera o Estatuto da
Criança e do Adolescente para permitir que o aluno menor de idade seja
processado judicialmente em caso de desrespeito ao professor. Não é por acaso
que este projeto é apresentado por uma parlamentar do partido de Maluf. Os
políticos e partidos que defendem esta lei nunca tiveram respeito pelos
professores, sempre nos pagaram mal e nos reprimiram, mas agora querem
utilizar-nos para camuflar a redução da maioridade penal.
Precisamos derrotar este PL malufista e o conjunto de
medidas que quer nos tornar cúmplices da criminalização dos jovens. Respondemos
firmemente: Não em nosso nome! O aumento da repressão estatal só vai agravar a
violência crescente causada pelo Estado que impõe um ambiente caótico na
escola. É o Estado burguês o responsável pela barbarização do ensino, é contra
ele que devemos lutar, inclusive juridicamente, em qualquer caso de violência
na Escola. Não podemos cair no jogo da mídia policialesca e da direita que joga
alunos contra professores e vice-versa. A juventude deve ser nossa aliada por
uma educação e futuro melhores. Abaixo o PL 267/2011! Responsabilizar o Estado pela barbárie nas
escolas! PM fora da escola! Abaixo todo aparato repressivo burguês! Educar os
alunos sob a perspectiva marxista para que lutem conosco contra o capitalismo!