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sábado, 21 de julho de 2012

FUA E REVOLUÇÃO PERMANENTE II

A Frente Única Antiimperialista é a tática, a Revolução Permanente é a estratégia atual diante das guerras imperialistas no mundo semi-colonial
Documento elaborado por Ret Marut do Socialist Fight da Grã Bretanha.
A apresentação deste documento, publicada sob o título “Revisando o revisionismo, retomar o caminho de Lenin e Trotsky sobre a Frente Única Antimperialista", elaborada pelos camaradas Humberto Rodrigues da LC e Leon Carlos da TMB argentina e impresso em conjunto com o documento de Marut pela Editora Vorkuta no livreto “A tática da Frente Única Antiimperialista e a estratégia da Revolução Permanente contra a atual ofensiva imperialista” já foi publicado pelo blog da LC em: http://lcligacomunista.blogspot.com.br/2012/03/fua-e-revolucao-permanente.html

Introdução

Este texto procura defender, esclarecer e desenvolver a teoria da Frente Única Anti-Imperialista (FUA, em português ou castelhano, ou AIUF, como é tradicionalmente conhecida a sigla em inglês) e solidariza-se com aqueles que lutaram para elaborá-la no passado. Infelizmente, muitos falharam ao por em prática esta teoria na guerra contra suas próprias burguesias.
De fato, nunca a contradição entre a teoria e a prática adquiriu formas tão agudas como agora. Vários grupos que se dizem teoricamente antiimperialistas apoiaram aos rebeldes da OTAN na Líbia. Um dos principais exemplos disto é Stuart King, ex-dirigente do Workers Power e agora dirigente do grupo Revolução Permanente. Como admitiu para este autor, King agora renega sua maior contribuição: “A Frente Única Antiimperialista: um debate com o GOR (Operaio Rivoluzionario Gruppo da Itália), 30/03/1986 [1] “Eu acho que eu estava errado e o GOR estava certo” Diz ele agora.
O grupo Workers Power/Liga para a Quinta Internacional (L5I) pode ser forçado a abandonar inclusive seu programa formal, cuja matriz é inspirada na elaboração de King, se não se atentar para esta questão vital. Outros grupos como o RSO que mantêm uma linha anti imperialista na Líbia, e cuja documento sobre a FUA foi claramente inspirado em King também tem que esclarecer porque corrigiu-se de alguma forma ao adotar uma posição vacilante sobre a FUA, aparentemente acreditando que esta linha não se aplicava no conflito atual na Líbia. [2]
Nós também polemizaremos contra as posições do Coletivo Revolução Permanente (COREP), ao qual o Socialist Fight (Luta Socialista) esteve ligado por um período, e contra a Liga por um Partido Revolucionário (LRP) e sua tendência a Organização Comunista Internacional para a Quarta Internacional (COFI), porque esta última também inspirou-se neste autor. [3]
Portanto, todas as críticas feitas ao COREP são igualmente aplicáveis à COFI. A COFI, especificamente, opõe-se à FUA contrapondo de forma tarjante à teoria trotskista da revolução permanente como mostra o seguinte extrato:
“Nós rejeitamos as frentes populares entre a classe trabalhadora e os partidos burgueses. A classe trabalhadora não pode partilhar o poder nem com a sombra da burguesia; alianças de governos com tais elementos significa subordinação à política burguesa. Os membros do Partido não podem ocupar cargos em governos burgueses - incluindo os governos do “Terceiro Mundo”, do grupo de países stalinistas e pós-stalinistas, bem como nas potências imperialistas. Rejeitamos as chamadas frentes únicas antiimperialistas que são uma versão da frente popular. Elas estão em contradição absoluta com a revolução permanente.”* [4]

História da FUA

A História da FUA remonta as origens do Comintern, a III Internacional. As primeiras elaborações sobre a FUA foram formuladas de forma minuciosa por V. I. Lenin, nos “Termos de admissão à Internacional Comunista”, em julho de 1920. [5]
“8. Partidos de países cujas burguesias possuem colônias e oprimem outras nações devem prosseguir uma política mais bem definida e clara no que diz respeito às colônias e nações oprimidas. Qualquer partido que pretenda aderir à Terceira Internacional deve impiedosamente expor as maquinações coloniais de seu “próprio” país imperialista”, deve apoiar de fato, não apenas de palavras a cada um dos movimentos de libertação colonial, mas também exigir a expulsão dos seus compatriotas imperialistas das colônias, inculcar nos corações dos trabalhadores do seu país, uma atitude de verdadeira fraternidade com a população trabalhadora das colônias e as nações oprimidas, e conduzir a agitação sistemática entre as forças armadas contra toda a opressão dos povos coloniais.”
Foi ainda esclarecido nas Teses sobre a questão nacional e colonial, Atas do II Congresso da Internacional Comunista, Quinta Sessão, 28 de julho de 1920.
“Em relação aos Estados mais atrasados, predominantemente feudais, patriarcais ou de caráter camponês patriarcal, uma atenção especial deve ser dada aos seguintes pontos:
“a) Todos os partidos comunistas devem apoiar os movimentos de libertação revolucionários nesses países por seus atos. A forma deve se apoiar na discussão com o Partido Comunista do país em questão, existindo tal partido. Esta obrigação de oferecer assistência ativa afeta - em primeiro lugar os trabalhadores dos países atrasados que estão em uma posição de dependência colonial ou financeira.”
“b) Uma luta incondicional deve ser realizada contra a influência reacionária e medieval do clero, as missões cristãs e elementos semelhantes.”[6]
A Frente Única (FU) foi o método dos bolcheviques e do Comintern nos anos 1920 que o Programa de Transição do trotskismo defendeu e desenvolveu para ganhar a direção revolucionária da classe operária. A FUA é a sua extensão lógica nas semi-colônias. Reconhece a alterações nas circunstâncias da luta e, portanto, na consciência da classe trabalhadora e dos oprimidos no “terceiro mundo” e também procura fazer uma ponte entre a consciência que o programa revolucionário. Ao reconhecer as contradições entre as nações oprimidos e opressores, entre as nações imperialistas e os povos semi-coloniais e o impulso saudável dessas massas na luta contra o inimigo principal de toda a humanidade oprimida, o capital financeiro imperialista e seus exércitos predatórias e seus lacaios locais e bandidos contratados, procuramos ganhá-los para o programa trotskista revolucionário.
Stuart King cita NM Roy quando ele compreendeu a essência da tática, apesar de sua hesitação inicial e capitulação posterior;
“No IV Congresso Roy defendeu uma posição comunista, expondo claramente a importância da FUA”:
“Temos que desenvolver nossos partidos nestes países, a fim de assumir a liderança na organização de frente única contra o imperialismo. Assim como as táticas de unidade, a frente proletária será blindada com nossa acumulação de força proletária nos países ocidentais, desmascará e revelará a traição e as táticas comprometedoras dos Partidos Social-Democratas, levando-os a um ativo conflito, só então a campanha pela frente única anti-imperialista nos países coloniais libertará a direção do movimento da tímida e hesitante burguesia para levar as massas de forma ativa à vanguarda, através dos elementos sociais mais revolucionários, que constituem a base do movimento, garantindo assim a vitória final “. [7]

Trotsky explica a FUA

Veja como Trotsky explica a FUA, mesmo se ele não usa o termo, nesses três exemplos da década de 1930.

1. Contra James Maxton do Partido Trabalhista Independente britânico (1936)

“Maxton e outros opinam que a Guerra Ítalo-Etíope é o conflito entre duas ditaduras rivais. Para esses políticos, parece que este fato libera o proletariado do dever de fazer uma escolha entre duas ditaduras. Eles, assim, definem o caráter da guerra a partir da forma política do Estado, no curso do que eles próprios consideram esta forma política de uma maneira muito superficial e meramente descritiva, sem levar em consideração as bases sociais de ambas as “ditaduras”.
Um ditador pode também desempenhar um papel muito progressivo na história. Por exemplo: Oliver Cromwell, Robespierre, etc. Por outro lado, por meio da democracia britânica (o Liberal) Lloyd George exerceu uma ditadura altamente reacionário durante a guerra. Se um ditador se colocar à frente da insurreição eminente do povo indiano, a fim de esmagar o jugo britânico - Maxton recusará dar seu apoio a este ditador? Sim ou não? Se não, por que ele recusar apoiar a “ditadura” da Etiópia que está a tentar se livrar do jugo italiano?
Se triunfa Mussolini, isto significará um revigoramento do fascismo, o fortalecimento do imperialismo e a derrota dos povos coloniais na África e em outros lugares. A vitória do Negus, no entanto, significaria um golpe poderoso, não só no imperialismo italiano, mas no imperialismo como um todo e daria um impulso poderoso para as forças rebeldes dos povos oprimidos. É preciso realmente ser completamente cego para não ver isso “. [8]

2. Contra o Eiffelites na China (1937)

“Na minha declaração para a imprensa burguesa, eu disse que o dever de todas as organizações de trabalhadores da China era de participar ativamente e nas linhas de frente da atual guerra contra o Japão, sem abandonar, por um único momento, o seu próprio programa e atividade independente. Mas isso é ‘social-patriotismo!’ Choramingam os Eiffelites. É capitulação a Chiang Kai-shek! É o abandono do princípio da luta de classes! O bolchevismo pregou derrotismo revolucionário na guerra imperialista!”
“Agora, a guerra na Espanha e na Guerra Sino-Japonesa são ambas as guerras imperialistas.”
“Nossa posição sobre a guerra na China é a mesma. A única salvação dos operários e camponeses da China é lutar de forma independente contra os dois exércitos, contra o exército chinês da mesma maneira como contra o exército japonês.”
“Estas quatro linhas, tiradas de um documento Eiffelite de 10 de setembro de 1937, basta para nos dizer: estamos aqui diante, quer com verdadeiros traidores ou imbecis completos. Mas imbecilidade, elevado a esse grau, é igual à traição”. [9]

3. E sua famosa posição hipotética sobre o Brasil (1938)

“Vou tomar o exemplo mais simples e óbvio. No Brasil, reina agora um regime semi fascista que qualquer revolucionário só pode encarar com ódio. Vamos supor, no entanto, que amanhã a Inglaterra entra em um conflito militar com o Brasil. Pergunto-lhe de que lado do conflito estará a classe trabalhadora? Vou responder por mim pessoalmente, neste caso eu estaria do lado do Brasil “fascista” contra a “democrática” Grã-Bretanha.
Por quê? Porque o conflito entre eles não será uma questão de democracia ou fascismo. Se a Inglaterra triunfasse ela colocaria um outro fascista no Rio de Janeiro e vai escravizar duplamente o Brasil. Se o Brasil, pelo contrário, for vitorioso, isto vai te dar um poderoso impulso à consciência nacional e democrática do país e levaria à derrubada do ditador Vargas. A derrota da Inglaterra, ao mesmo tempo daria um golpe sobre o imperialismo britânico e daria um impulso ao movimento revolucionário do proletariado inglês. Verdadeiramente, é preciso ter uma cabeça vazia para reduzir os antagonismos mundiais e os conflitos militares à luta entre o fascismo e a democracia. Por trás de todas as máscaras é preciso saber distinguir os exploradores, os escravagistas e os ladrões!” (Leon Trotsky, a luta anti-imperialista é chave para a libertação, uma entrevista com Mateo Fossa, (Setembro de 1938)
Não dá para reconhecer aqui os James Maxton, os Eiffelites e os centristas em todos esses camaradas do LCI, TBI COREP, e no COFI? Não notam que neste desprezo aos ensinamentos de Trotsky, na realidade, reside uma tentativa de evitar a derrota de sua própria burguesia em uma guerra de rapina contra os países coloniais ou semi-colonial, como a Abissínia, China, Brasil e Líbia?
Veja como ele termina cada citação (grifos nossos), com expressões de desprezo e irritação por esses centristas que não podem ver o que está em jogo aqui, que contrapõem a Revolução Permanente ao anti-imperialismo, que assume um obrerismo reacionário em defesa de uma “pureza de independência de classe” por trás da qual se esconde a sua capitulação ao próprio imperialismo?

Igualando a FUA com o frente populismo

Em toda parte a “Família” Spartaquista identifica a FUA com frente populismo assim como o COREP, “A Frente única Anti-Imperialista na prática é a Frente Popular”, dizem. É para os stalinistas e centristas que abandonaram o programa de transição e seu método, mas não para verdadeiros comunistas. E essa “ortodoxia” longe de armar esses doutrinadores puros contra o oportunismo é, na verdade o disfarce para a capitulação ao chauvinismo imperialista sob o pretexto de lutar contra a capitulação aos ditadores do terceiro mundo. Deixemos que própria LCI fale mais sobre esta pureza doutrinária, na verdade este retorno ao obrerismo:
“Nos países do Terceiro Mundo, os pseudo-trotskistas invocam a ‘frente única anti-imperialista’ como um disfarce para apoiar regimes burgueses. Isso inclui o apoio à reacionário ‘Revolução Islâmica’ do aiatolá Khomeini no Irã, em 1979. No mundo árabe, ambos os stalinistas e pseudo-trotskistas saudaram a chamada ‘Revolução árabe’, representada em 1950 pelo coronel Gamal Abdel Nasser no Egito e na década de 1970 por Kadafi na Líbia. O apoio ao nacionalismo árabe levou à derrota sangrenta de movimentos de trabalhadores em todo o Oriente Médio, especialmente no Egito, onde Nasser recompensou os comunistas, por seu apoio, aprisionando, torturando e matando-os. Os regimes burgueses nacionalistas de Nasser e Kadafi inevitavelmente não conseguiram resolver as necessidades mais sentidas das massas.
“Contra a ‘frente única anti-imperialista’, nós opomos o programa trotskista da revolução permanente, que afirma que nos países neo-coloniais, o proletariado deve levar todas as massas oprimidas na luta pela revolução socialista contra a sua “própria” burguesia, como parte de uma estratégia internacionalista para a revolução proletária nos países imperialistas.” [10] (grifo nosso).

As Malvinas, quando as orelhas dos jumentos se sobressaem no chapéu do ortodoxo trotskista

Na “família” todos têm a mesma posição chauvinista e reacionária sobre o conflito das Malvinas. Eles se recusaram a defender a Argentina semi-colonial contra a Inglaterra imperialista porque “A guerra dos Falkland (sic!) foi um conflito armado entre a Argentina capitalista e o decadente imperialismo britânico. A questão principal desta guerra não era a soberania nacional da Argentina, mas a derrubada dos respectivos governos para atender aos interesses tanto da classe operária britânica quanto argentina. Por esta razão, os comunistas defendiam a posição do derrotismo revolucionário e da luta pela derrota da sua própria burguesia”.
Isso só é aplicável para as guerras inter-imperialistas, defender essa posição em uma guerra contra uma semi-colônia é defender o chauvinismo da nação opressora.
Este é um modo vergonhoso de fugir do dever internacionalista e proletário de defender uma semi-colônia contra um ataque imperialista. A evasiva caracterização de “Argentina capitalista” (sem reconhecer que se trata de uma nação semi-colonial), o “esquecimento” em admitir o apoio dos EUA ao “decadente imperialismo britânico” e a evidentemente covarde justificativa de que “em nenhum momento nesta guerra foi posta em xeque a soberania nacional da Argentina” como se isso pudesse justificar o erro de não defender esta semi-colônia contra o ataque imperialista.
E a razão de tudo isto é;
“a derrubada dos respectivos governos para atender aos interesses tanto da classe operária britânica quanto argentina”,
Isto está claramente errado tantos sob os interesses dos operários britânicos como argentinos. Thatcher se recuperou de uma desastrosa impopularidade nas pesquisas de opinião pública, devido aos ataques anti-operários que causaram a destruição de postos de trabalho britânicos e fábricas, o que iria varrê-la nas próximas eleições. Esta vitória ideológica impulsionou seu ataque aos mineiros em 1985, as leis anti-sindicais e a privatização de serviços públicos. E precisamos assinalar a terrível conseqüência desta política para o proletariado britânico e de todo o mundo enquanto muitos apologistas ‘de esquerda’ do imperialismo procuraram ofuscar sua traição apresentando como conquista algo completamente secundário para a classe trabalhadora do mundo como a queda de Galtieri.
A classe operária britânica ficou ideologicamente sem direção sob o chauvinismo nacionalista do laborista Michael Foot e os outros dirigentes. Em 1981-82, Ronald Regan, presidente dos EUA, e Paul Volker, presidente do FED, o Banco central dos EUA, derrotaram a greve dos controladores de vôo (da PATCO). Enquanto ocorria a guerra das Malvinas, Reagan desferiu uma ofensiva impiedosa contra a classe trabalhadora dos EUA, que estabeleceu o padrão da ofensiva de todas os capitalistas contra suas próprias classes trabalhadoras em todo o mundo. Tudo isso preparou o coroamento do imperialismo com a derrota histórica mundial que a classe operária planetária sofreu com a derrubada da União Soviética. “Mas pelo menos nos livramos de Galtieri!”
O afundamento do Belgrano em 2 de maio de 1982 foi uma vitória para o imperialismo mundial que a “família espartaquista” foi incapaz de se opor politicamente, deixando as orelhas dos jumentos Shachtmanistas se sobressaírem através do chapéu da ortodoxia trotskista. [11]

Concepções reacionárias sobre os controles de imigração

O imperialismo força os trabalhadores pobres do terceiro mundo e os camponeses que são expulsos de suas casas pela fome e pela opressão a se refugiar nos países ricos imperialistas. Toda a familia Spartaquista é bastante complacente com o controle da imigração que defende os privilégios da aristocracia operária. Na Grã Bretanha, a TBI defende as posições da LCI que apontam claramente esta complacência, para dizer o mínimo, com o controle de imigração:
“No entanto, em uma escala consideravelmente grande, os fluxos de imigração poderiam acabar com a identidade nacional dos países receptores. Defender a imigração ilimitada... como um princípio é incompatível com o direito à autodeterminação nacional... uma fronteira ‘aberta’ entre os EUA e o México não só permitiria a entrada de trabalhadores mexicanos pobres para inundar o mercado de trabalho dos EUA, tornando-os completamente indefesos contra a super-exploração capitalista, mas também permitiria ao bem-abastados ‘colonos’ americanos comprar empresas mexicanas e imóveis ... Se, por exemplo, houver uma imigração ilimitada para Norte da Europa, o afluxo de população da bacia do Mediterrâneo tenderia a dissolver a identidade nacional dos países pequenos como a Holanda e na Bélgica.” (Workers Vanguard, 18/01/1974). [12]
Alan G. declarou:
“Concordo com a observação dos espartaquistas, pois esta é apenas uma constatação. Posso afirmar categoricamente que isso não significa qualquer apoio aos controles de imigração por parte dos Estados capitalistas nos EUA, Holanda ou Bélgica. Seja como for, como a TBI, eu não assumo qualquer responsabilidade para o programa da LCI”. [13]
Esta linha é completamente errada. Embora a TBI nunca reivindicasse controles de imigração neste ponto navega de acordo com os ventos, semelhante à distinção que a AWL faz entre ‘apoiar’ e ‘se opor” ao bombardeio da Líbia.
“No entanto, em uma escala suficientemente grande, os fluxos de imigração poderia acabar com a identidade nacional dos países de destino”
Qual é a “identidade nacional” da Grã-Bretanha ou dos EUA? e “God Save the Queen” [Deus salve a rainha!] e “Hail to the Chief” [hino oficial do presidencial dos EUA]? Como isso pode ser uma mera constatação? Isto é uma estupidez reacionária feita ao gosto dos preconceitos xenófobos e chauvinistas das classes médias e dos burocratas sindicais.
“a Imigração ilimitada como um princípio é incompatível com o direito à auto-determinação nacional”(???)
Países imperialistas têm agora direito à autodeterminação contra os imigrantes??? Isto é racismo ate a medula!
“uma fronteira ‘aberta’ entre os EUA e o México não só permitiria a entrada de trabalhadores mexicanos pobres para inundar o mercado de trabalho dos EUA, tornando-os completamente indefesos contra a super-exploração capitalista, mas também permitiria ao bem-abastados “colonos” americanos comprar empresas mexicanas e imóveis”
Tudo isto não passam de lágrimas de crocodilo preocupadas em reivindicar uma “defesa contra a super-exploração capitalista” e que não podem esconder o chauvinismo nacional. A defesa de “empregos norte-americanos para os trabalhadores norte-americanos” está à espreita por trás desta “preocupação”. Eles não iriam atravessar a fronteira, a menos que eles tivessem uma boa razão para supor que isto não lhes desse a chance de uma vida melhor. Devemos exigir a plena legalização de todos os imigrantes e o fim das fronteiras! O medo de que os “colonos” “americanos bem-abastados” venham a comprar imóveis mexicanos é completamente falso, as fronteiras entre Rio Grande / Bravo nunca os impediu de fazer isso de qualquer maneira.
“Se, por exemplo, houver uma imigração ilimitada para Norte da Europa, o afluxo de população da bacia do Mediterrâneo tenderia a dissolver a identidade nacional dos países pequenos como a Holanda e a Bélgica.”
A dissolução destas ‘inestimáveis’ “identidades nacionais” assumiria supomos a forma de lojas que venderiam massas com paella, sangria de vinho tinto barato, a possibilidade de dormir à tarde entre outras coisas. Um “terrível destino” acometeria a estas nações infelizes (Holanda e Bélgica) muito melhor do que todos desfrutam com a McDonalds, a Coca-Cola e o Big Mac!

Calúnia contra Lenin sobre a Turquia

O documento COREP não compreende a Frente Única ou a FUA. Dizem:
“Já Lênin deduziu a necessidade de uma aliança com a burguesia nacional: A Internacional Comunista deve entrar em uma aliança temporária com a democracia burguesa nos países coloniais e atrasados, [mas não deve se fundir com ela, e deve, em todas as circunstâncias, manter a independência do movimento proletário, mesmo que seja na sua forma mais embrionária] “[15]
No entanto, notemos que com a palavra “aliança” aqui fica claro pelo destaque subseqüente entre parênteses que ele não está defendendo uma capitulação à burguesia nacionalista, ele está defendendo a FUA, a fim de ganhar a classe operária nas colônias e semi-colonias para a causa da revolução socialista internacional. Mas o COREP e o COFI procedem como se tal distinção não existisse, como se a luta de classe se expressasse de forma pura em todas as partes e de forma independente da existência de trabalhadores chauvinistas em países imperialistas e trabalhadores antiimperialistas nas nações oprimidas. “Não está certo que eles não possam ver isto do meu jeito e tratem priorizar a derrota de sua própria débil classe dominante e não se preocupem tanto com a vitória da minha poderosa e própria classe dominante, que pelo menos para mim é democrática e civilizada em comparação aos seus monstruosos Saddams e Gadaffis” dizem em forma de gemidos. Em outras palavras, as sutilezas das distinções de Trotsky são completamente abandonadas por eles, que são muito gratos aos lucros obtidos com o petróleo que esperam poder tirá-los da recessão que buscam ignorar e esquecer. Abaixo reproduzimo mais uma vez a diferença feita por Trotsky em 1937, tão simples como de costume:
“Nos países coloniais e semi coloniais, o regime interno tem um caráter predominantemente burguês. Mas a pressão exercida pelo imperialismo estrangeiro muda e altera de tal forma a estrutura econômica e política desses países, que a burguesia nacional (mesmo nos países politicamente independentes da América do Sul) não chega, mais do que parcialmente à situação de classe dominante. A pressão do imperialismo sobre os países atrasados não muda, na verdade, seu caráter social fundamental, já que o sujeito e o objeto da pressão não representam mais do que níveis diferentes do desenvolvimento de uma só e mesma sociedade burguesa. No entanto, a diferença entre Inglaterra e Índia, Japão e China, Estados Unidos e México é tão grande que estabelecemos uma rigorosa diferença entre países burgueses opressores e oprimidos e consideramos que é nosso dever apoiar estes últimos contra os primeiros. A burguesia dos países coloniais e semi-coloniais é uma classe semi-dominante, semi-oprimida. “(Grifo nosso) [16]
Forçando esta deturpação ao extremo, o COREP adota a velha acusação de oportunismo contra Lenin sobre a Turquia,
“O caráter falso das posições de Lênin foi rapidamente confirmada na Turquia, onde o movimento nacionalista burguês assassinou em 1921 Mustafa Suphi, o delegado para o 1 º Congresso da IC, e massacrou toda a direção do jovem Partido Comunista.”
No entanto Lenin estava longe de capitular a Mustafa Kemal,
“É necessária uma luta firme contra a tentativa de colocar uma capa comunista em torno dos movimentos revolucionários de libertação. A IC tem o dever de apoiar o movimento revolucionário nas colônias apenas com o propósito de ganhá-los para a construção de futuros partidos operários de fato e não apenas formalmente - em todos os países devemos treiná-los para suas tarefas especiais... combatendo as tendências democrático burguesas e a consciência atrasada de Nação dentro dos meios comunistas”. [6]
Eles esperam que ignoremos e esqueçamos a situação da Turquia naquela época. Embora seja verdade que Mustafa Suphi e 14 de seus companheiros foram massacrados na noite de 28 de janeiro de 1921, é discutível se eles cometeram erros táticos na orientação às forças de Mustafa Kemal e é discutível quem os matou, os Kermalists ou os apoiadores de Ismail Enver, sultão ministro da guerra. O que não é discutível é a exatidão da política de Lenin e Suphi de apoio a luta pela independência turca na Primeira Guerra e a tática da FUA que este apoio implicava. Não nos esqueçamos de campanha Gallipoli de Churchill entre 25 de Abril de 1915 e 09 de janeiro de 1916, durante a Primeira Guerra Mundial. Uma operação conjunta britânica e francesa foi montada para capturar Constantinopla, a capital otomana e garantir um caminho marítimo para a Rússia. A campanha foi considerada uma das maiores vitórias dos turcos e foi refletido como um grande fracasso pelos Aliados. A subsequente Guerra da Independência, 19 de maio de 1919 - 11 de outubro de 24 de julho de 1923 resultou em uma vitória decisiva turca, a derrubada do Sultanato Otomano, o Tratado de Lausanne e o estabelecimento da República da Turquia (detalhes Wikipedia). Deveriam Lenin e a Internacional Comunista ter tomado o lado dos Aliados assim como fez o COREP na Líbia?

A FUA é a tática / a metodologia da luta

O COREP continua alegando,
“Se a fórmula da Revolução permanente suplanta a da ‘ditadura democrática do proletariado e do campesinato” a fortiori (com mais razão ainda) torna nula a FUA, uma vez que ela significa uma aliança com a burguesia.”
Só pode deduzir as coisas deste modo quem não tem a menor noção da teoria da Revolução Permanente. Não significa agora que as táticas foram substituídos pela estratégia, não significa que se deva descartar as reivindicações e métodos transitórios, que devemos agora voltar ao esquerdismo, transtorno infantil tão combatido por Lênin em 1920. A FUA é uma tática e uma Metodologia da luta, a ditadura do proletariado através de Revolução Permanente é o objetivo estratégico desta luta. Está claro?
Mas e sobre a tática do “bloco militar”, basta chegarmos a um acordo de atirarmos na mesma direção que o exército nacional da Líbia para que possamos ser reconhecidos por estarmos “do lado certo”. Eu temo que não seja só isso camaradas. É necessário formar uma FUA para defender o Estado contra os ataques imperialistas. É o povo da Líbia quem deverá resolver seus próprios problemas, mas ele nunca vão nos ouvir se não estivermos claramente lutando com o próprio regime líbio para derrotar este assalto. Nós temos o dever de formar alianças anti-imperialistas em nossos próprios países com aqueles que buscam a derrota da sua própria burguesia, mesmo com as forças stalinistas e pequeno-burguesas que defendem os regimes terceiromundistas na Líbia e Síria que criticam em algum ou nenhum grau a estes regimes. Não podemos esperar realizar acordos por escrito entre um pequeno grupo revolucionário de países imperialistas e um poderoso ditador do terceiro mundo. O que defendemos aqui é o método comunista dirigido as massas que na Líbia ou em qualquer outra parte estejam sob ataque.
Um consenso reconhecido por todas as organizações sérias de esquerda é que há algo muito progressista nas lutas das massas no terceiro mundo e países semi-coloniais contra a exploração global do imperialismo. Como podemos apoiar esse impulso progressista sem semear ilusões nas direções nacionalistas burgueses como Gaddafi, Assad ou Ahmadinejad? Todos os nossos “comunistas de esquerda” (que escondem sua tendência de direita por trás deste brado) resolvem esta questão da seguinte forma: “A IV Internacional eliminou a ambigüidade presente na III International, adotando a estratégia da Revolução Permanente”, como pensam o COREP e o COFI.
Eles propõem (corretamente) que por volta de 1928, Trotsky entendeu que sua teoria da Revolução Permanente alcançava aplicação universal, e em particular para a China sobre a qual tanto ele quanto Lenin e a Internacional Comunista estavam errados no início em não compreender e aplicar as lições da Revolução Russa à China e universalmente. A partir desta premissa correta [de que a teoria da revolução permanente supera as concepções anteriores] estas correntes sacam uma conclusão falsa: que a FUA estaria invalidada. Mas eles ignoram o fato de que nunca o próprio Trotsky contrapunha ambas as concepções: a necessidade da FUA, a aplicação prática da obrigação dos comunistas de apoiar aos “movimentos de libertação revolucionários nesses países com ações práticas”, e a teoria da Revolução Permanente em si. Claro que ele não fez porque a FUA é uma tática e um método, os meios de ganhar as massas através de sua vanguarda política para o entendimento de que somente a classe trabalhadora, como a única verdadeira classe internacionalista, pode levar à libertação do países semi-coloniais como parte da revolução mundial, o objetivo estratégico da Revolução Permanente.
E não há nenhum mistério em por que Trotsky nunca usou o termo novamente após 1927. A FUA foi usada de tal forma oportunista por Stalin e Mao depois de capitularem diante de Chiang Kai-shek e dos nacionalistas burgueses em geral que usar o termo poderia fazer confusão identificando-o a esta capitulação. A questão principal é a orientação política e não seu nome. Trotsky nunca repudiou Lenin ou o Comintern em suas origens pela FUA, atacou falsificações stalinistas de sua posição através do bloco de quatro classes.
Assim como ele nunca pôs um sinal de igual entre a fórmula de Lenin pré-1917 “ditadura democrática revolucionária do proletariado e do campesinato” e o uso indevido que Stalin fez da mesma após 1922, embora em ambos os casos a fórmula estivesse errada. Lenin sempre defendeu o protagonismo do proletariado como a classe da vanguarda dirigente de toda sociedade, enquanto, o stalinismo tratou de estabelecer uma igualdade com o campesinato e na prática, por adaptação, a colocá-lo como classe dirigente [maoísmo] para sobrepor de forma conveniente sua condição burocrática e dominar a classe proletária e os bolcheviques leninistas, chegando até a substituir o campesinato por outras classes como os kulaks, os camponeses médios, a pequena burguesia e a burguesia nacionalista.
E não foi a FUA o que Mao usou para justificar sua política de colaboração de classes, mas o bloco de quatro classes. Na verdade, Mao usou a FUA de forma bastante progressista em relação a Chiang Kai-shek, ignorando o conselho de Stalin para render-se politicamente, consciente da terrível conseqüência dessa orientação no massacre do soviete de Xangai em 1927. Em ambas as orientações foi seriamente comprometida a independência de classe da classe operária e do partido revolucionário, mas Mao permitiu-se uma suficiente margem de manobra para derrotar Chiang Kai-shek. Se tivesse seguido o conselho de Stalin, Mao teria sido exterminado. O COREP menciona isso de passagem como se não fosse a pedra angular de toda a orientação de Trotsky em tática e estratégia. Trotsky sempre salientou a importância de manter a independência da classe operária e do partido revolucionário.
Como Stuart King escreveu em 1986, Trotsky não rejeita a FUA,
“Nós já apontamos que, mesmo após primeiro golpe de Chiang contra os comunistas (Março de 1926) Trotsky reivindicou a manutenção de um ‘bloco político’ com as seções do KMT. Ele enfatizou, no entanto, que esta aliança não poderia ser ‘abstrata e sem forma’ com o KMT, mas poderia ser baseada apenas em ‘acordos estrita e claramente definidos”. [17] Novamente em “Balanços e Perspectivas da Revolução Chinesa” escrito em Junho de 1928, após o massacre de Xangai e o esmagamento das organizações do proletariado pelo KMT, Trotsky reafirma a validade da frente única:
“Não é necessário dizer que não podemos renunciar antecipadamente a tais acordos práticos rigidamente delimitados e práticos que servem como ajuda em determinado momento. Por exemplo, em casos que envolvem acordos com a juventude estudantil do KMT para a organização de uma manifestação anti-imperialista ou de obter ajuda de comerciantes chineses para grevistas em uma concessão estrangeira, etc... O principal artífice ao lado de Lenin da maior revolução proletária que a humanidade já conheceu quem ensina sob que condição podem os trabalhadores fazer uma aliança tática com a burguesia nacional contra o imperialismo: “A única ‘condição’ para qualquer acordo com a burguesia, pois cada acordo separado, prático e conveniente deve ser adaptado a cada caso concreto, consiste em não permitir que tanto as organizações quanto as bandeiras se misturem diretamente ou indiretamente por um único dia ou sequer uma hora; consiste em distinguir entre o vermelho e o azul, e em não acreditar por um instante sequer na capacidade ou vontade da burguesia em realizar uma luta genuína contra o imperialismo ou não colocar obstáculos para a organização política dos operários e camponeses”. [18]
Claramente aqui Trotsky não limita a frente unida apenas aos ‘blocos militares’ contra os imperialistas ou os senhores da guerra. Na verdade tal posição faz uma divisão não-marxista entre a ‘política’ e a ‘guerra’ – “a guerra é a continuação da política por outros meios”. [19]
Talvez devamos silenciar a nossa oposição ao imperialismo sobre este bloco militar? Talvez os trotskistas devessem adotar uma pequena FUA em relação a Osama bin Laden (apesar de que ele acuse de forma racista a todos os americanos como “assassinos”):
“Um milhão de crianças inocentes estão morrendo no momento em que falamos, são mortas no Iraque sem qualquer culpa. Nós não ouvimos nenhuma denúncia; nenhum édito dos governantes tradicionais. Nestes dias, os tanques israelenses esmagam toda a Palestina, em Ramallah, Rafah e Beit Jala e muitas outras partes da terra do Islã [Dar al-Islam], e nós não ouvimos ninguém levantando a voz ou reagindo. Mas quando a espada caiu sobre a América depois de 80 anos, a hipocrisia levantou sua cabeça lamentando pelos assassinos que brincaram com o sangue, a honra e as santidades dos muçulmanos “. [20]

As conclusões metodológicas do comunismo

Procuramos combater o chauvinismo que permeia as fileiras da classe operária nos países imperialistas, enfrentando-os como internacionalistas para defender os trabalhadores das semi-colônias contra agressão imperialista. A frente única que buscamos construir nada tem a ver com a capitulação do stalinismo e da pequeno-burgueses ao nacionalismo burguês. Estes últimos podem lutar contra o imperialismo hoje para preservar seus próprios privilégios, recorrendo a uma retórica anti-imperialista para amanhã colaborar com o mesmo novamente quando surge a oportunidade de aprimorar seus privilégios através de outra aliança com o imperialismo. Fizemos uma distinção muito clara no decurso do presente documento. Em outras palavras, procuram defender o método do Programa de Transição, a FUA é simplesmente a extensão lógica da Frente Única com os trabalhadores em luta, assim como o Comintern viu no início de 1920 e, como Trotsky defendeu até seu assassinato em 1940.
No entanto, a Frente Única em suas duas manifestações (interna e nas semi-colônias) não é “apenas” uma tática, que pode ou não ser aplicada, dependendo das circunstâncias, o que para alguns nunca é conveniente porque isso envolve oposição aos preconceitos de tendências pequeno-burguesas. Nesse sentido, o documento do RSO é vacilante, ficando refém dos caprichos da “opinião pública”, aplicando a tática a Saddam mas não a estendendo a Kadafi porque o ânimo da pequeno burguesia se alterou defensivamente desde as mobilizações de massa de 2003 contra a guerra no Iraque. [21]
A Frente Única e a FUA são táticas que se aplicam em todos os momentos, exceto quando a revolta direta abre espaço para a tomada do poder e as massas se aproximam da bandeira revolucionária. E neste sentido, é errado apontar a FU como uma tática absoluta que serve para todas as circunstâncias, porque é a metodologia do comunismo, o seu próprio modo de existência, a sua orientação para a classe trabalhadora mundial como uma só classe, o único método que pode mobilizar a única força que pode liquidar com o capitalismo.


Notas Finais

[1] The anti-imperialist united front: a debate with the GOR, 30/03/1986, http://www.fifthinternational.org/content/anti-imperialist-united-front-debate-gor.
[2] RSO-Theses on Anti-imperialism 19 May 2007, http://www.sozialismus.net/content/view/1600/209/
[3] CoReP On the Anti-Imperialist United Front July 28, 2006, http://www.scribd.com/doc/72764757/CoReP-On-the-Anti-Imperialist-United-Front
[4] Political Resolution of the Communist Organization for the Fourth International, http://lrp-cofi.org/PR/polres.html.
[5] http://www.marxists.org/archive/lenin/works/1920/jul/x01.htm
[6] http://www.marxists.org/history/international/comintern/2nd-congress/ch05.htm#v1-p177
[7] The anti-imperialist united front: a debate with the GOR, 30/03/1986,
[8] Leon Trotsky’s Writings on Britain, Volume III, Trotskyism versus Centrism in Britain, The Decline of the ILP (May 1936)
[9] Leon Trotsky, On the Sino-Japanese War, Written: September 23, 1937 http://www.marxists.org/archive/trotsky/1937/10/sino.htm
[10] Workers Vanguard No. 987, 30 September 2011, Reformists Cheer Libyan “Rebels. http://www.icl-fi.org/english/wv/987/Libya.html.
[11] Extracted from IDOT No. 1, http://www.scribd.com/doc/30835498/In-Defence-of-Trot-Sky-Ism-No-1
[12] Workers Vanguard, Jan. 18, 1974
[13] Facebook, http://www.facebook.com/gerdowning/posts/307728089254991?ref=notif&notif_t=like#!/gerdowning
[14] http://www.evangelos12.btinternet.co.uk/immigration.htm.
[15] Lenin, Draft Theses on the National and Colonial Questions, for The Second Congress of The Communist International, June 1920.
[16] Leon Trotsky, Not a Workers’ and Not a Bourgeois State?, Nov 1937, http://www.marxists.org/archive/trotsky/1937/11/wstate.htm
[17] The Anti-Imperialist United Front, In defence of the revolutionary Comintern – 1986 Stuart K, http://www.permanentrevolution.net/entry/592
[18] Leon Trotsky, The Third International after Lenin, http://www.marxists.org/archive/trotsky/1928/3rd/ti08.htm, A III Internacional depois de Lenin, Balanços e perspectivas da Revolução chinesa, suas lições para os países do oriente e para toda a Comitern, setembro de 1928.
[19] The anti-imperialist united front: a debate with the GOR
[20] Osama bin Laden, Videotaped Address, October, 2001, http://www.press.uchicago.edu/Misc/Chicago/481921texts.html.
[21] RSO-Theses on Anti-imperialism 19 May 2007, http://www.sozialismus.net/content/view/1600/209/

Siglas das organizações
internacionais e nacionais citadas:

CLQI – Comitê de Ligação pela IV Internacional (com seções no Brasil, Inglaterra e Argentina)
COFI – Organização Comunista pela IV Internacional (EUA e Israel)
COREP – Coletivo pela Revolução Permanente (França, Áustria e Peru)
CRCI – Coordenadora pela Refundação da IV Internacional (Argentina, Grécia, Itália, Uruguai, Chile, Venezuela, Turquia e Finlândia)
L5I – Liga pela 5ª Internacional (Grã-Bretanha, Áustria, República Checa, Alemanha, Paquistão, Sri Lanka, Suécia e EUA)
LCI - Liga Comunista Internacionalista, corrente internacional espartaquista (EUA, Austrália, Itália, França, Inglaterra, Alemanha, África do Sul, Grécia, França, México)
LIT – Liga Internacional dos Trabalhadores (Brasil, Argentina, Peru, Colômbia, Espanha, Portugal)
RSO – Organização Socialista Revolucionária (Alemanha, Áustria e Suíça)
TBI - Tendência Bolchevique Internacional (EUA, Canadá, Inglaterra e Alemanha)
GB- Grupo Bolchevique (França)
LBI – Liga Bolchevique Internacionalista (Brasil)
LC – Liga Comunista (Brasil)
LOI-DO – Liga Operária e Internacionalista (Argentina)
PBCI – Partido Bolchevique pela IV Internacional (Argentina, corrente extinta)
PO – Partido Operário (Argentina)
POR – Partido Operário Revolucionário (Bolívia)
POR – Partido Operário Revolucionário (Brasil)
PSTU – Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (Brasil)
SF – Luta Socialista (Inglaterra)
TMB – Tendência Militante Bolchevique (Argentina)
WP – Poder dos Trabalhadores (Inglaterra)