George Floyd foi outro trabalhador assassinado pelo Estado
Policial Imperialista, o inimigo mortal dos negros, trabalhadores e oprimidos
do mundo
Declaração internacional de militantes e organizações revolucionárias da classe trabalhadora sobre o levante popular antirracista nos Estados Unidos

O assassinato flagrantemente racista de George Floyd no dia
25 de maio, em Minneapolis, desencadeou uma enorme onda de lutas nos Estados
Unidos. Uma onda de lutas pelo menos tão grandes quanto as da década de 1960. Aquelas
lutas culminaram com o movimento dos Direitos Civis e que anularam em 1965 as
leis segregacionistas Jim Crow [que impunham a
separação racial nos locais públicos dos EUA]. A segregação foi uma herança da
escravidão que havia sido derrotada na Guerra Civil americana. A luta atual é
contra os resultados de décadas de reação racista que começou no final da
década de 1970, com a ascensão de Reagan, o neoliberalismo e o prolongado giro
à direita da sociedade americana. Essa reação continuou sob o governo Clinton,
com a expansão da pena de morte e o encarceramento em massa de negros. A reação
de direita foi aprofundada ainda mais com a militarização da polícia por George
W. Bush e sua "Guerra ao Terror", e não modificada em sua essência
pelo governo do primeiro presidente democrata negro, Obama. Com Trump, a reação
racista retomou com força e ficou escancarada a partir de 2016.