Texto componente do Boletim 14 do MovLuta, Movimento Mobilização Compromisso e Luta, oposição no Sintsef/CE. Trata-se de um boletim Especial da delegação do Movluta ao XIII Congresso da Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal, que ocorre nos dias 13 a 15 de dezembro em Brasília.
Os ataques permanentes à classe trabalhadora e o estrangulamento financeiro das entidades sindicais são determinantes na atual conjuntura. Sem que os partidos de esquerda e movimentos sociais mobilizem os trabalhadores para barrarem a extrema-direita e por fim a esse governo, Bolsonaro vai impor uma ditadura miliciana.
É possível evitar essa tragédia. Precisamos retomar a luta de rua que foi crescente até junho deste ano e que até então deteve os ataques do governo. Mas, a partir daí, as principais direções sindicais suspenderam a mobilização popular, talvez, ilusoriamente acreditando obter alguma vantagem com a reforma sindical. Chega de ilusões eleitorais, chega de trégua e colaboração com a direita golpista.
A existência de 13 centrais sindicais é ótimo para os patrões e péssimo para os trabalhadores, principalmente nesse momento. As burocracias sindicais favoreceram as divisões da nossa classe. Precisamos unificar o movimento sindical com a mais ampla democracia interna e por ramo de atividade. Precisamos unificar as centrais sindicais, a começar pelas que se reivindicam de esquerda (CUT, CTB, as Intersindicais, CSP) para derrotar o bolsonarismo, anulando todas as medidas golpistas (Emenda Constitucional 95, reformas previdenciária, trabalhista, AI-digital, criminalização dos pobres e das lutas, etc).
Nunca foi tão clara a luta de classes, nunca foi tão necessária a unidade e uma jornadas de lutas rumo a greve geral contra o governo neonazista, o imperialismo e o capitalismo.
