Texto componente do Boletim 14 do MovLuta, Movimento Mobilização Compromisso e Luta, oposição no Sintsef/CE. Trata-se de um boletim Especial da delegação do Movluta ao XIII Congresso da Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal, que ocorre nos dias 13 a 15 de dezembro em Brasília.
Os trabalhadores estão sentindo na pele o resultado da política perversa de Bolsonaro, capacho do governo Trump. Ameaça com a privatização das estatais, acaba com a estabilidade, congela salários e direitos, assedia servidores a demitir-se ou aposentar-se e acaba com os concursos. Impõe o Estado mínimo para os serviços públicos: saúde, educação, previdência, meio ambiente e o Estado máximo da repressão: prisão e perseguição da população pobre e de suas lideranças.
O objetivo central dessa necropolítica ultraliberal é explorar o máximo possível e de todas as formas a classe trabalhadora. Para isso, deseja realizar a reforma administrativa contra os Servidores Públicos Federais (SPFs). E tem como estratégia, derrotar as categorias mais organizadas e com maior tradição de luta para tornar mais fácil escravizar o conjunto da classe.
Todavia, Bolsonaro e o grande capital não avançam por cima de nós como e quando querem. Só avançam quando não encontram resistência forte e decidida de nossa classe, que é internacional. O governo brasileiro anunciou que teria que adiar um pouco a reforma administrativa, temendo que se repetisse no Brasil os protestos que ocorreram no Chile. Os trabalhadores chilenos, disseram “Fora Piñera!” e não ao ultraliberalismo, criado pela ditadura de Pinochet, que Paulo Guedes copia para impor no Brasil
A população vem empobrecendo a olhos vistos e a economia vai de mal a pior, enquanto dados do IBGE sobre o PIB vem sendo falseados. Enquanto esconde os dados da realidade e tenta adiar a explosão de descontentamento popular como no Chile, Bolsonaro se prepara para a guerra contra os trabalhadores.
Bolsonaro quer realizar um novo golpe e instituir uma
ditadura
Por meio de vários projetos que legalizam o monitoramento de aplicativos e trocas de mensagens, transforma em crime comum a militância política, atos públicos e ocupações em “terrorismo”, contra os quais cria forças antiterroristas, obriga a veiculação do CPF as contas das redes sociais, acabando com o anonimato nas redes, favorecendo a criminalização e processos jurídicos contra quem criticar o regime, permite o cruzamento de banco de dados contendo biografia, biometria, dados genéticos, modo de andar, etc.
Sem nossa resistência organizada, vão impor uma nova ditadura para acabar com nossos direitos. Com uma forte resistência e uma greve geral por tempo indeterminado, Bolsonaro pode cair. Trabalhadores uni-vos!
- Fora o imperialismo da América Latina!
- Não ao golpe de Estado na Bolívia!
- Construir uma nova greve geral, desta vez por tempo indeterminado, para anular todas as medidas golpistas, reformas previdenciária, trabalhista, a EC95!
- Anistia das dívidas dos trabalhadores junto aos bancos;
- Anulação de todos os processos de lawfare contra Lula!
- Fora Bolsonaro, por eleições limpas e democráticas com plenos direitos políticos para Lula!