Governo
Haddad mente na TV e ameaça cortar o ponto dos grevistas
Nossa
resposta: Radicalizar a greve!
Panfleto
unificado para a assembléia do Simpeem do dia 24 de maio, assinado pela Liga
Comunista, Blog El Mundo Socialista e Núcleo de Estudo e Ação dos Trabalhadores
em Educação e Liga Proletária Marxista.
1 - O
prefeito Haddad queria que aceitássemos a política salarial que já havíamos
rechaçado de Kassab. Ele contava com o fato de que para se livrar de Kassab boa
parte da categoria votou nele. Mas os professores não são bobos e sabem que
essa pretensão de Haddad já é um abuso.
2 - A greve dos professores representa hoje a única oposição à continuidade desta política salarial malufista-serrista-kassabista na prefeitura. Haddad sabe que sendo a prefeitura a principal vitrine da campanha eleitoral do PT ao governo do Estado em 2014, é preciso impor uma derrota prolongada à disposição de luta dos professores por 2013 e 2014. Por isso, a proposta de Haddad é de um rebaixado acordo salarial que nos proíbe de entrar em greve até 2016 (quando haverá novas eleições municipais!).
HADDAD: POLÍTICA SALARIAL DE KASSAB,
TRUCULÊNCIA
CONTRA OS PROFESSORES
GREVISTAS DE
MALUF
3 – Não conseguindo nos tapear, Haddad resolveu jogar baixo. Primeiro, através da mídia a prefeitura do PT quer criar uma opinião pública para pôr a população contra os professores. Em seguida, ameaça cortar o ponto dos grevistas. Haddad “mostra os dentes” e disposição de radicalizar contra nossa greve na tentativa de nos impor uma derrota histórica a nossa disposição de lutar por nossos direitos.
4 - A
prefeitura que alega não ter dinheiro para a educação – ao contrário do que
prometera na campanha eleitoral há alguns meses – pagou milionárias propagandas
na televisão, em horário nobre, nos canais de maior audiência, anunciando uma
mentira disfarçada de verdade: os tais 10% em 2013 e 13% em 2014 não passam de
incorporação ao salário de gratificações e bônus pré-existentes. Na prática, o
holerite de professores e do quadro operacional permanecerá o mesmo no final do
mês. Mas esse ataque midiático e mentiroso só preparou o terreno de um ataque
maior... para nos aterrorizar, Haddad além de não atender as nossas justas
reivindicações agora ameaça descontar os dias parados, cortar o ponto dos
grevistas combatendo nosso direito de greve igualzinho como fazia Maluf desde
quando foi nomeado prefeito biônico pela ditadura militar. Diante do anúncio em
forma de ataque os professores reuniram-se em assembleia (mais de seis mil) em
frente à prefeitura dia 21, terça feira, e de forma indignada ,as várias
manifestações foram de repúdio à administração.
INDIGNAÇÃO DA
BASE CONTRA HADDAD
PASSOU POR
CIMA DA POLÍTICA DISTRACIONISTA
DA DIREÇÃO DO SIMPEEM
5 - Tamanha
foi a revolta da categoria que até a passeata que seria feita do Viaduto do Chá
(sede da prefeitura) até a Câmara dos Vereadores foi rejeitada pelos
manifestantes. Essa passeata tinha sido orientada pela direção do SINPEEM
(Claudio Fonseca) no intuito de desviar a luta dos professores para a pressão
parlamentar. Mas durante a assembleia, enquanto a direção negociava com o
Secretário da Educação, a categoria rejeitou qualquer possibilidade de arredar
pé da prefeitura. Sentiram de forma correta que não tinha sentido deixar o
burocrata e o governo sozinhos. Uma derrota para a manobra distracionista da
direção. Afinal, o que tem os professores a ganhar apostando suas fichas em um
parlamento municipal dominado por picaretas apoiadores do prefeito ou a
oposição ligada ao Alckmin? Criar expectativas em torno da Câmara de Vereadores
é apostar em uma ilusão que ajudará Haddad a nos derrotar. Enquanto nós somos
conduzidos à derrota por esta via parlamentar, PSOL e o próprio Claudio Fonseca
tentam capitalizar o descontentamento político com o PT, buscando o segundo
reeleger-se no futuro com nossos votos depois de ter sido castigado pelos
professores por sua traição em 2012.
TOMAR AS
RUAS, GREVE POR
TEMPO
INDETERMINADO ATÉ A VITÓRIA!
6 - Diante de
tudo isso, respondemos em consonância com os servidores em luta, com a
continuidade da greve por tempo indeterminado, o fortalecimento dos comandos
de greve, com as ações coletivas dos servidores. O truculento governo Haddad
foi denunciado inclusive com interdições de várias DREs. Em 23/05/13 nas DREs
em todo município houve fortes manifestações, inclusive somadas pela indignação
e participação de muitos servidores que ainda não haviam entrado em greve.
Faz-se necessário que o sindicato potencialize essa perspectiva de
radicalização e junção nas ações diretas unificando trabalhadores da educação e
demais trabalhadores [pais e alunos]; exigimos que o sindicato desminta Haddad
com a confecção de uma carta aberta à população e propaganda na televisão
desmentindo a política educacional e salarial da prefeitura.
► Por uma
plenária das oposições classistas e combativas dos trabalhadores da educação!