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quinta-feira, 23 de maio de 2013

PROFESSORES MUNICIPAIS - SÃO PAULO 24/05/2013

Governo Haddad mente na TV e ameaça cortar o ponto dos grevistas
Nossa resposta: Radicalizar a greve!

Panfleto unificado para a assembléia do Simpeem do dia 24 de maio, assinado pela Liga Comunista, Blog El Mundo Socialista e Núcleo de Estudo e Ação dos Trabalhadores em Educação e Liga Proletária Marxista.

1 - O prefeito Haddad queria que aceitássemos a política salarial que já havíamos rechaçado de Kassab. Ele contava com o fato de que para se livrar de Kassab boa parte da categoria votou nele. Mas os professores não são bobos e sabem que essa pretensão de Haddad já é um abuso.

2 - A greve dos professores representa hoje a única oposição à continuidade desta política salarial malufista-serrista-kassabista na prefeitura. Haddad sabe que sendo a prefeitura a principal vitrine da campanha eleitoral do PT ao governo do Estado em 2014, é preciso impor uma derrota prolongada à disposição de luta dos professores por 2013 e 2014. Por isso, a proposta de Haddad é de um rebaixado acordo salarial que nos proíbe de entrar em greve até 2016 (quando haverá novas eleições municipais!).

HADDAD: POLÍTICA SALARIAL DE KASSAB,
TRUCULÊNCIA CONTRA OS PROFESSORES
GREVISTAS DE MALUF

3 – Não conseguindo nos tapear, Haddad resolveu jogar baixo. Primeiro, através da mídia a prefeitura do PT quer criar uma opinião pública para pôr a população contra os professores. Em seguida, ameaça cortar o ponto dos grevistas. Haddad “mostra os dentes” e disposição de radicalizar contra nossa greve na tentativa de nos impor uma derrota histórica a nossa disposição de lutar por nossos direitos.
4 - A prefeitura que alega não ter dinheiro para a educação – ao contrário do que prometera na campanha eleitoral há alguns meses – pagou milionárias propagandas na televisão, em horário nobre, nos canais de maior audiência, anunciando uma mentira disfarçada de verdade: os tais 10% em 2013 e 13% em 2014 não passam de incorporação ao salário de gratificações e bônus pré-existentes. Na prática, o holerite de professores e do quadro operacional permanecerá o mesmo no final do mês. Mas esse ataque midiático e mentiroso só preparou o terreno de um ataque maior... para nos aterrorizar, Haddad além de não atender as nossas justas reivindicações agora ameaça descontar os dias parados, cortar o ponto dos grevistas combatendo nosso direito de greve igualzinho como fazia Maluf desde quando foi nomeado prefeito biônico pela ditadura militar. Diante do anúncio em forma de ataque os professores reuniram-se em assembleia (mais de seis mil) em frente à prefeitura dia 21, terça feira, e de forma indignada ,as várias manifestações foram de repúdio à administração.
INDIGNAÇÃO DA BASE CONTRA HADDAD
PASSOU POR CIMA DA POLÍTICA DISTRACIONISTA
DA  DIREÇÃO DO SIMPEEM

5 - Tamanha foi a revolta da categoria que até a passeata que seria feita do Viaduto do Chá (sede da prefeitura) até a Câmara dos Vereadores foi rejeitada pelos manifestantes. Essa passeata tinha sido orientada pela direção do SINPEEM (Claudio Fonseca) no intuito de desviar a luta dos professores para a pressão parlamentar. Mas durante a assembleia, enquanto a direção negociava com o Secretário da Educação, a categoria rejeitou qualquer possibilidade de arredar pé da prefeitura. Sentiram de forma correta que não tinha sentido deixar o burocrata e o governo sozinhos. Uma derrota para a manobra distracionista da direção. Afinal, o que tem os professores a ganhar apostando suas fichas em um parlamento municipal dominado por picaretas apoiadores do prefeito ou a oposição ligada ao Alckmin? Criar expectativas em torno da Câmara de Vereadores é apostar em uma ilusão que ajudará Haddad a nos derrotar. Enquanto nós somos conduzidos à derrota por esta via parlamentar, PSOL e o próprio Claudio Fonseca tentam capitalizar o descontentamento político com o PT, buscando o segundo reeleger-se no futuro com nossos votos depois de ter sido castigado pelos professores por sua traição em 2012.

TOMAR AS RUAS, GREVE POR
TEMPO INDETERMINADO ATÉ A VITÓRIA!

6 - Diante de tudo isso, respondemos em consonância com os servidores em luta, com a continuidade da greve por tempo indeterminado, o fortalecimento dos co­mandos de greve, com as ações coletivas dos servidores. O truculento governo Haddad foi denunciado inclusive com interdições de várias DREs. Em 23/05/13 nas DREs em todo município houve fortes manifestações, inclusive somadas pela indignação e participação de muitos servidores que ainda não haviam entrado em greve. Faz-se necessário que o sindicato potencialize essa perspectiva de radicalização e junção nas ações diretas unificando trabalhadores da educação e demais trabalhadores [pais e alunos]; exigimos que o sindicato desminta Haddad com a confecção de uma carta aberta à população e propaganda na televisão des­mentindo a política educacional e salarial da prefeitura.

► Por uma plenária das oposições classistas e combativas dos trabalhadores da educação!