Panfleto unificado para a assembléia do Simpeem do dia 14 de maio, assinado pela Liga Comunista, Blog El Mundo Socialista e Núcleo de Estudo e Ação dos Trabalhadores em Educação
Em assembleia do dia 08 de maio a nossa categoria decidiu
por ampla maioria pela continuidade da greve. A correta decisão veio em
consequência da recusa da administração Haddad (PT) em aceitar as nossas
reivindicações sobre as condições de trabalho e, ao mesmo tempo, deseja impor
uma inaceitável proposta de brutal arrocho salarial por três anos seguidos
(2014 a 2016) com reajuste salarial em média 3,5% por ano, totalizando 11%,e
ainda com a pretensão de impedir qualquer reivindicação acima dessa porcentagem
caso o sindicato assinasse o acordo.
Na prática Haddad quer essencialmente essas duas coisas:
colocar no papel a retirada do direito de greve conquistado a duras penas nas
lutas contra a ditadura nos anos 80s ao mesmo tempo que congela salários num
patamar muito abaixo da inflação oficial de pelo menos 6,5% ao ano, sem contar
que todos sabemos que a inflação oficial
é manipulada, podendo ser o triplo do anunciado. Logo, assinar esse
acordo seria uma das maiores derrotas já sofridas pela nossa categoria nos
últimos tempos.
Em 2013 se estabeleceu
uma situação excepcional em que os professores da cidade e do Estado mais rico
do país ingressaram quase simultaneamente em greve. A força de nossa categoria
não reside na paralisação da produção de riquezas, mas em greves políticas
contra os governos patronais que destroem o sistema educacional estatal.
Então, temendo a unificação da greve dos professores
estaduais com os professores municipais, Bebel, presidente da APEOESP, e
memembro do PT, repetiu o golpe dado em 2012 por Claudio Fonseca contra nós,
professores municipais. Bebel decretou o fim da greve, passando por cima da
vontade de mais de 70% da assembleia e só escapou da fúria da categoria porque
chamou a PM de Alckmin para protegê-la e para bater nos professores.
Por isso temos que ficar alertas quanto ao nosso movimento
para evitar as manobras e as fraudes no momento das nossas votações.
Nesse momento, vemos a máquina do governo municipal e a
estrutura do PT trabalhando para sabotar a nossa greve com as fajutas
argumentações de que é necessário dar tempo ao governo municipal recém-eleito,
de que é preciso arrumar a casa, etc.
O que fica claro é que quando são governo, e, portanto, são
patrões, e que tanto os governos de PT e PSDB praticam a mesma política de arrocho salarial, privatizações,
precarização de trabalho, avaliações externas, etc.
Por tudo isso, é necessário que nossa greve continue até o
atendimento de todas as reivindicações!
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Nenhuma confiança no governo Haddad nem no SINP (Sistema de enrolação
Permanente)!
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Reposição de todas as perdas salariais já!
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Aumento real de salário
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Aprovação das duas referências também para os aposentados!
► Fim
das PPPs (Parcerias Público Privado), do “Mais educação”, das privatizações..
► Fim
das avaliações externas
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Comitês de base acompanhando as futuras negociações
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Redução de alunos por sala de aula
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Volta dos 180 dias letivos
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Continuidade e ampliação da greve com ações de rua massivas
► Desenvolver ações que possibilitem a
participação ativa de pais e alunos em unidade com os trabalhadores em
educação;
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Transformação do Agente escolar em ate!
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Direito à evolução funcional de ATE em mais três referências!
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Garantia da JEIF a todos que optarem por essa jornada!
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Atendimento das reivindicações do Quadro de Apoio!
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Reabertura das salas de eja!
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Contra a perseguição política do PT de Cubatão aos professores!
►
Liberdade de organização dos trabalhadores
► Pela
revolução socialista!