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terça-feira, 7 de maio de 2013

Mabe – CAMPINAS E HORTOLÂNDIA

Solidariedade e total apoio
à luta dos trabalhadores da Mabe!
O patrão pode ir embora, mas as máquinas ficam. Vamos ocupar a fábrica e garantir a produção e nosso sustento!

por A.J.

Os trabalhadores da Mabe de Campinas e Hortolândia foram surpreendidos no início do mês de maio por um “pedido de recuperação judicial”. Vários trabalhadores da planta de Campinas e Hortolândia foram convidados a tirar férias. Após essas férias, ficaram com licença remunerada. E enquanto isso, a direção da Mabe fechava as portas de sua planta na cidade de Itu (SP). Lá os trabalhadores tiveram que aceitar o pagamento de suas verbas rescisórias em doze vezes. Isso mesmo, 12 suaves prestações.

Em Campinas e Hortolândia, sob ameaça de acontecer a mesma coisa que em Itu, os trabalhadores e o Sindicato da categoria fizeram uma assembleia no último dia 5 de maio e começaram a mobilização para um piquete na porta das duas unidades. Sorrateiramente, a direção da Mabe tentou retirar o maquinário para levar para uma de suas unidades na Argentina.

Segundo a direção da empresa, fala-se em mais de mil (1.000) demissões – 600 na planta de Campinas e 400 na planta de Hortolândia.

Todos os sites e revistas de análise econômica da burguesia (Exame, DCI, Valor Econômico, Globo Economia, Uol Economia e Veja) afirmam que a empresa está com problemas de liquidez e para isso, necessita fazer uma reestruturação em suas plantas.

Quando a classe operária ouvir falar em reestruturação produtiva ou coisa parecida, deve traduzir logo isso para demissões e aumento do ritmo de trabalho e de exploração.

A Mabe não tem problemas de liquidez ou qualquer outro problema financeiro. Isso é praticamente impossível após o governo do PT (Lula e Dilma) praticamente abrir mão dos impostos para toda a linha branca e também aumentar o crédito de endividamento não só dos trabalhares (para que comprem mais) como das empresas (para que possam aumentar sua produção). Ou seja, a Mabe já comeu o filé, e agora quer jogar o osso para os trabalhadores (demissões etc...).

Os trabalhadores da Mabe não podem aceitar isso e o sindicato, ligado à Intersindical/ASS, não pode se contentar apenas em acampar no portão da empresa e reivindicar o pagamento das indenizações. Nem fechamento da fábrica e nem negociação sobre demissões. Precisamos ocupar a fábrica e garantir a produção tendo como meta a luta pela estatização da Mabe sob o controle de seus próprios operários.