O seguidismo das organizações
de esquerda ao PT
Documento
elaborado por Erwin Wolf da Silva com contribuições de Humberto Rodrigues e
Ismael Costa. Wolf é um ex-militante estudantil de Liberdade e Luta e da OSI
(1977/80) e ex-Política estudantil Independente, da OQI (1980-90), organização
que deu origem ao atual PCO.
Trabalhadores dos Correios em greve queimam bandeira do PT |
A
HISTORIA DA LUTA PELO PARTIDO
POLITICO DA CLASSE OPERÁRIA
O
Partido dos Trabalhadores e o Partido Comunista (PCB), foram as duas tentativas
mais importantes da classe operária brasileira de se estruturar politicamente
enquanto classe, ou seja, construindo o seu próprio partido.
O
Partido Comunista, fundado em 1922, teve sua trajetória influenciada pela
Internacional Comunisadta da "coexistência pacífica com o imperialismo"
e da "Teoria do Socialismo num só país", sob domínio de Stálin, ora
alternando uma política oportunista de subordinação ao nacionalismo burguês,
ora uma política esquerdista ("terceiro período"), quando promoveu as
aventuras das quarteladas, a chamada "Intentona Comunista" de 1935,
ações individuais isoladas, totalmente separadas das massas.
A
AUSÊNCIA DE UM
PROGRAMA REVOLUCIONÁRIO
O
PCB, não conseguindo elaborar seu programa com base na Teoria Marxista,
transformou-se numa organização contra-revolucionária e praticamente implodiu,
o que fez surgir várias organizações influenciadas pelo foquismo, inspiradas no
castrismo, como PCdoB, VAR-PALMARES, MR-8, APML, POLOP, PCBR, etc., que tiveram
atuação sobretudo nas décadas de 60/70 do século passado.
Com
o pretexto de serem "vanguardas" e "darem exemplos" por
meio de ações isoladas e separadas das massas, esses grupos objetivamente
apenas entraram em confronto com os aparelhos repressivos do Estado brasileiro,
sendo derrotados e não conseguindo construir nenhuma organização de massas e
revolucionária.
PARTIDO
DOS TRABALHADORES:
DAS
GREVES DO ABC À DEFESA ORGÂNICA DO CAPITAL
O
PT foi impulsionado sob o impacto das greves metalúrgicas do ABC paulista a
partir de 1977 (greve da Scania) contra a ditadura e os patrões. Foi conformado
por uma frente ampla de pelegos reciclados, ativistas católicos de esquerda,
stalinistas social democratizados e agrupamentos trotskistas centristas de
direita e esquerda (mandelistas, lambertistas, morenistas e altamiristas).
O
PT concentrou organicamente em um só partido o que em outros países
semi-coloniais como na África do Sul e no Chile ocorreu em forma de uma aliança
estratégica entre a social democracia e o stalinismo. Diferentemente do Brasil,
onde o stalinismo detinha influência sindical e eleitoral de massas até a
década de 1960, mas se esfacelou pelos motivos já apontados acima, no Chile e
África do Sul o movimento operário era dirigido pelos PCs. De modo que por
todas estas características excepcionais o PT foi um partido operário com um
programa burguês reformista de "democratização do Estado", desde suas
origens até o final da década de 1980, quando se justificava a tática do
entrismo e o chamado a votar no mesmo. Esta caracterização se justificava pela
influência da classe organizada no partido através da CUT, pelo programa,
composição social, e porque pelo menos até seu I Congresso não havia adotado um
programa neoliberal.
PT HOJE, UM PARTIDO BURGUÊS COM INFLUÊNCIA DE MASSAS
GOVERNOS DE LULA E DILMA, NEM FRENTES POPULARES NEM NACIONAL POPULISTAS, UMA ESPÉCIE DE TERCEIRA VIA TARDIA E PERIFÉRICA
PT HOJE, UM PARTIDO BURGUÊS COM INFLUÊNCIA DE MASSAS
GOVERNOS DE LULA E DILMA, NEM FRENTES POPULARES NEM NACIONAL POPULISTAS, UMA ESPÉCIE DE TERCEIRA VIA TARDIA E PERIFÉRICA
A
partir da derrota eleitoral de 1989, o PT expulsa as tendências trotskistas
centristas de esquerda (Causa Operária e Convergência Socialista), submete a
CUT ao pacto social de estabilidade do regime (1987), burocratiza a Central em
seu 3º Congresso (1988) e passa a administrar as máquinas estatais burguesas
dos governos estaduais, cacifando-se junto ao imperialismo e à burguesia para
gerenciar o governo federal com um programa neoliberal de corte
assistencialista com a privatização da previdência, dos poços de petróleo,
aeroportos, portos, ataques aos direitos trabalhistas, etc.. Neste processo de
fusão entre seus interesses e os de um governo títere em um Estado
semi-colonial, o Partido dos Trabalhadores consolida-se como um partido burguês
com influência de massas.
Assim, se o PT é um partido burguês com influência de massas e não mais um partido operário-burguês, os atuais governos dirigidos pelo PT - embora apoiados pela burocracia sindical pelega da CUT, CTB e das outras centrais ligadas aos partidos da base governista (Força Sindical - PDT) - não passam de grandes coalizões burguesas com influência de massas e apoio de distintas frações do imperialismo. Isso faz com que os governos de Lula e Dilma sejam uma expressão periférica e tardia dos governos de terceira via como Blair na Inglaterra, e Jospin na França e Zapatero na Espanha, como foram, em seu momento, os Governo da Concertación chileno (PS e PDC). As coalizções amplas burguesas do PT são bastante distintas tanto dos governos nacionalistas burgueses populistas como Perón e Getúlio como dos governos de frente popular, como foram os casos clássicos da Espanha e França na década de 1930, do Chile dos anos 1970. [1]
Assim, se o PT é um partido burguês com influência de massas e não mais um partido operário-burguês, os atuais governos dirigidos pelo PT - embora apoiados pela burocracia sindical pelega da CUT, CTB e das outras centrais ligadas aos partidos da base governista (Força Sindical - PDT) - não passam de grandes coalizões burguesas com influência de massas e apoio de distintas frações do imperialismo. Isso faz com que os governos de Lula e Dilma sejam uma expressão periférica e tardia dos governos de terceira via como Blair na Inglaterra, e Jospin na França e Zapatero na Espanha, como foram, em seu momento, os Governo da Concertación chileno (PS e PDC). As coalizções amplas burguesas do PT são bastante distintas tanto dos governos nacionalistas burgueses populistas como Perón e Getúlio como dos governos de frente popular, como foram os casos clássicos da Espanha e França na década de 1930, do Chile dos anos 1970. [1]
O
PT representou outra tentativa importante de organizar politicamente a classe
operária, mas sua direção oportunista o conduziu a implementar uma política
contra-revolucionária, levando vantagem sobre o PSDB na estabilização do regime
político, através da influência que exerce em organizações de massa como a CUT,
MST, UNE, etc. para realizar uma política de colaboração de classes, compor uma
ampla coalizão governista com os setores oligarcas mais reacionários da
burguesia nacional, como Maluf, Collor, Sarney, Edir Macedo e,
internacionalmente, implementar uma política pró-imperialista, como no caso da
intervenção no Haiti.
O
PCB e o PT são os partidos operários que obtiveram influência de massa na
história do país, mas suas direções se opuseram a desenvolver um programa de
transição para a revolução proletária no Brasil, com base na Teoria da Revolução
Permanente. Tranformaram-se em organizações contra-revolucionárias e
pró-imperialistas com a estratégia de gerir a crise do capital, como faz hoje o
PT ou uma mera legenda pequeno- burguesa como o PCB.
A
LUTA PELO PARTIDO OPERÁRIO REVOLUCIONÁRIO
E
AS ILUSÕES DA ESQUERDA NO PETISMO
Hoje,
os agrupamentosde esquerda, desde o conjunto do stalinismo aburguesado (PCdoB),
passando pelos "ortodoxos" PCML, PCR, até o PCB, que chamou voto em
Dilma, inclusive as pseudo-trotskistas, adotam uma política de seguidismo ao
PT. Neste último "campo", existem grupos que seguem dentro do PT em
nome do "entrismo" (OT e EMPT), que converteram o que deveria ser uma
tática passageira em estratégia oportunista permanente. E também há os que fora
do PT que não romperam nem ideológica nem politicamente com o petismo, como
acontece com o eleitoralista PSOL, com sindicalista PSTU e com o PCO, LER, POR,
LBI... Limitam-se à crítica pequeno- burguesa das pautas políticas burguesas,
sendo que alguns (PSOL e PSTU), com uma diminuta influência polítca no
movimento de massas, reproduzem, sob uma fraseologia mais radical, a política
do PT nas eleições ou no movimento sindical e popular. Outros, como o PCO e a
LBI alinham-se com o PT na luta inter-burguesa entre os mensaleiros petistas e
o reacionário STF, reivindicando da CUT mobilizações em defesa do PT.
Por
completa carência de independência política diante da luta inter-burguesa,
PSOL, PSTU, PCB e LER alimentam ilusões no populismo judicial no supremo
tribunal da democracia dos ricos em episódios como o do mensalão. No caso do
PSOL, tanto no parlamento quanto nas frentes eleitorais, o partido alia-se à
base governista burguesa (Belém/PA) ou à direita reacionária (Macapá/AP). Mas
no campo sindical este partido, além de aplicar a mesma política sindical
cutista nas raras entidades que dirige, quanto coabita com a CUT em várias
diretorias de sindicato, atua em quase todas como força auxiliar da Articulação
(bancários de São Paulo e professores/SP, etc.).
O
PSTU, através da Conlutas, critica a CUT "no atacado", por exemplo,
pela defesa que a central chapa branca faz da redução de direitos, mas "no varejo", nos
sindicatos que dirige, o PSTU implementa acordos escravocratas (como o
estabelecido este ano entre o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos
e a multinacional GM) pavimentando o caminho da redução de direitos. O
agrupamento LER nem sequer pode ser chamado de grupo de pressão do PSTU porque
comporta-se como mero apêndice sindical deste último nas categorias em que o
sindicato é dirigido pelo PSTU e a LER possui militantes (Metrô e Professores de
São Paulo). A mesma política realiza o POR, seguidista da "Oposição
Alternativa", colateral do PSTU nos professores estaduais paulistas.
Há
também organizações completamente virtuais, que só "militam"
midiaticamente, na internet, negando-se a disputar com o lulismo a consciência
da classe operária nos locais de trabalho.Subestimam os trabalhadores e
superestimam o PT e seus governos patronais,reproduzindo o marketing petista de
que o governo Lula "já pagou a dívida externa", "a maioria da
população saiu da pobreza" e que "as medidas econômicas do PT impedem
reflexos da crise europeia e americana no Brasil". Lendo as posições da
LBI, concluímos que este grupo acredita que o governo brasileiro pode preservar
o país da crise mundial e até desenvolver a economia ao mesmo tempo em que
cumpre os "contratos", como exige o capital financeiro internacional.
CAPITULAÇÃO
AO IMPERIALISMO OU
APOIO
POLÍTICO ÀS BURGUESIAS NACIONALISTAS:
AS
POSIÇÕES REVISIONISTAS DOS PSEUDO-TROTSKISTAS
Da
mesma forma, a análise das posições das organizações de esquerda em nível
internacional, principalmente de grupos como a CST/PSOL, o PSTU ou o MR,
demonstram que são pró-imperialistas, defendendo a chamada "Primavera
Árabe", apoiando a derrubada do governo nacionalista de Gadafi, na Líbia e
o golpismo pró-imperialista na Síria. O PCO defende tão cegamente a tal
"revolução síria" dos mercenários armados pela OTAN, que anunciando
esclarecer "O que está por trás do ataque dos sionistas?" que mataram
42 soldados sírios, só dissemina confusão em favor da propaganda da ofensiva
imperialista e "revela" que "O ataque, em primeiro lugar, foi
direcionado contra os guerrilheiros nacionalistas [!!!] que avançam na
Síria".
A
LBI degenerou para outro desvio dentro do campo pseudo-trotskista. Ao defender
a frente-única anti-imperialista com o nacionalismo burguês, descambou para
assumir a defesa da política econômica desta burguesia, ao embelezá-la (como
faz com o PT brasileiro, atribuindo-lhe superpoderes contra a crise econômica
mundial) afirmando, por exemplo, que o regime de Gadafi não vendia petróleo
para os EUA, o que é uma mentira pueril.
A
partir da defesa de uma FUA ao estilo pablista, ou seja, capitulando à
burguesia nacionalista, a LBI revisou seu programa, que antes não concebia
apoiar a nenhum governante burguês como Chavez, para apoiar a candidatura
burguesa de seu sucessor Nicolás Maduro, em nome da "frente
antiimperialista", e para justificar seu desvio oportunista, confunde o
PSUV, um partido burguês populista e assistencialista, que criou
artificialmente sua central sindical a partir do próprio Estado patronal, com
um partido operário burguês, como foi o partido laborista criado pelos
sindicatos britânicos. Em sua rota de retrocesso vergonhoso, a LBI
reconcilia-se, através da mesma política oportunista diante das eleições
venezuelanas, com sua matriz lambertista, OT, e se confraterniza politicamente
também com os ex-lambertistas e agora trosko-bolivarianos da EMPT. [2]
Desta
maneira, a posição absurda das organizações de esquerda, embelezando o PT,
parece que coloca a seguinte pergunta: se o PT pode desenvolver a economia e
jogar um papel progressivo, se quando dirigimos entidades sindicais repetimos a
mesma política lulista, por que então construir um partido revolucionário? Com
tais posições, as organizações que seguem o Partido dos Trabalhadores não têm
como prosperar na intervenção na luta de classes nem pavimentar o caminho para
uma vanguarda trotskista dos trabalhadores no futuro pós-lulista.
Novamente
no Brasil coloca-se na ordem-do-dia a construção do partido operário comunista
marxista e revolucionário, estruturado pelo Programa de Transição para a
revolução socialista, com base na Teoria da Revolução Permanente, sendo
importante que os companheiros honestos do PT e das demais organizações de
esquerda, inclusive as que se reivindicam do trotskismo, façam uma autocrítica
e rompam com suas direções e organizações oportunistas e venham somar nas
fileiras da Liga Comunista, que apesar de ser uma jovem organização, é já forte
em razão de seu programa político, com o objetivo de reconstruir a IV
Internacional, juntamente com a Tendência Militante Bolchevique da Argentina e
o Socialist Fight da Grã-Bretanha.
Nota:
[1] A título de revisão, desde 2012 não mais caracterizamos as frentes dirigidas pelo PT que deram origem aos governos de Lula e Dilma como frentes populares. Tal caracterização correspondia ao estágio em que o PT era um partido operário burguês, ou seja, até o final da década de 1980, quando ainda é possível estabelecer uma tática de entrismo bem como chamar a votar criticamente nele, como nos propõe Lenin e Trotsky em relação ao laborismo britânico ou o PS francês. Mas hoje, atribuir um caráter de frente popular aos governos do PT significa embelezá-los e, sendo consequente com este embelezamento, fazer entrismo e apoiar eleitoralmente ao PT como seguem fazendo o lambertismo e a seção da TMI de Allan Woods no Brasil. Uma frente popular é uma aliança de classes com a presença de partidos operários ou operários burgueses. Por acaso, o PT ou o PCdoB são hoje partidos operários ou operários burgueses? Evidentemente que não! Então, atribuir de alguma forma um caráter operário ou resquícios operários a tais partidos é embelezá-los. Trata-se de um governo burguês com características bonapartistas que tem como eixo o PT, um partido burguês com influencia de massas.
[2] Antes de seu giro liquidacionista-pablista, o apoio da LBI a candidatura Maduro seria caracterizado acertadamente pela própria LBI como uma política “contra-revolucionária” a ser “cobatida implacavelmente pelo partido revolucionário”, como reivindica a LBI em seu documento "Pontos programáticos para a formação de uma nova tendência quarta-internacionalista" de 1998. Vale destacar que este texto que resgatamos aqui não é uma elaboração qualquer, conjuntural, mas em um documeno programático histórico da LBI. O texto condena como contra-revolucionária a política de apoio a frente poplar ainda em forma de candidatura, em sua gênese.
Nota:
[1] A título de revisão, desde 2012 não mais caracterizamos as frentes dirigidas pelo PT que deram origem aos governos de Lula e Dilma como frentes populares. Tal caracterização correspondia ao estágio em que o PT era um partido operário burguês, ou seja, até o final da década de 1980, quando ainda é possível estabelecer uma tática de entrismo bem como chamar a votar criticamente nele, como nos propõe Lenin e Trotsky em relação ao laborismo britânico ou o PS francês. Mas hoje, atribuir um caráter de frente popular aos governos do PT significa embelezá-los e, sendo consequente com este embelezamento, fazer entrismo e apoiar eleitoralmente ao PT como seguem fazendo o lambertismo e a seção da TMI de Allan Woods no Brasil. Uma frente popular é uma aliança de classes com a presença de partidos operários ou operários burgueses. Por acaso, o PT ou o PCdoB são hoje partidos operários ou operários burgueses? Evidentemente que não! Então, atribuir de alguma forma um caráter operário ou resquícios operários a tais partidos é embelezá-los. Trata-se de um governo burguês com características bonapartistas que tem como eixo o PT, um partido burguês com influencia de massas.
[2] Antes de seu giro liquidacionista-pablista, o apoio da LBI a candidatura Maduro seria caracterizado acertadamente pela própria LBI como uma política “contra-revolucionária” a ser “cobatida implacavelmente pelo partido revolucionário”, como reivindica a LBI em seu documento "Pontos programáticos para a formação de uma nova tendência quarta-internacionalista" de 1998. Vale destacar que este texto que resgatamos aqui não é uma elaboração qualquer, conjuntural, mas em um documeno programático histórico da LBI. O texto condena como contra-revolucionária a política de apoio a frente poplar ainda em forma de candidatura, em sua gênese.
“4. Denunciamos a política de frente popular e colaboração
de classes (constituindo-se em governos ou não), como contra-revolucionária
desde a sua gênese, ou seja, a partir do momento em que é levada a cabo pelas
direções reformistas e stalinistas para bloquear as lutas do movimento
operário. A essência desta política, cristalizada hoje, como estratégica,
consiste na colaboração entre as organizações do movimento de massas e os
setores burgueses apresentados como "progressistas" para gerenciar a
crise estrutural do regime capitalista. O partido revolucionário deve combater
implacavelmente todas as variantes da frente popular, inclusive aquelas
rotuladas de "esquerda", que não são integradas fisicamente pela
burguesia, mas apresentam-se com um programa oposto aos interesses históricos
do proletariado.” (LBI, Pontos programáticos para a formação de uma nova
tendência quarta-internacionalista, Rrevista Marxismo Revolucionário, nº 2, outubro/98).
http://www.lbiqi.org/revista-marxismo-revolucionario/no-2-outubro-98/pontos-programaticos-para-a-formacao-de-uma-nova-tendencia-quarta-internacionalista/?searchterm=g%C3%AAnese
Esta política da LBI é uma revisão do próprio programa e,
como a LBI nunca se dignou a rever o programa do PO que está na base de sua
tradição programática, faz agora, 30 anos depois, um resgate de um desvio
oportunista do altamirismo. A LC delimitous-se desta herança programática do PO
que já em sua legalização na década de 1980 convoca uma frente popular eleitoral
supostamente para construir uma suposta frente única antiimperialista. “PO
convoca "Por uma Frente Antiimperialista de toda a esquerda" para as
eleições de 30 de outubro de 1983. Propõe uma série de bandeiras, “pontos
programáticos comuns” e convoca para a frente “antiimperialista” o PC
argentino, o Partido Intrasigente, o grupo Intrasigência Peronista, Partido
Socialista Popular, Partido Socialista Autentico, MAS, PL, Partido del Trabajo
y del Pueblo. (do livro “Que es el Partido Obrero”, pág 118). Trata-se na
verdade de um truque em que por trás da causa antiimperialista o PO camufla seu
chamado a uma frente popular eleitoral com setores da burguesia argentina e
seus agentes reacionários, com Intasigencia Peronista, dirigida por Saddi, um
dirigente do PJ, um instrumento da dominação burgesa completamente
pro-imperialista e membro de uma das oligarquias regionais mais reacionárias de
Catamarca 2; com o PC que apoiou a ditadura militar genocida; com o PTP que
apoiou a Triple A (Aliança Anticomunista Argentina, um esquadrão da morte de
extrema direita)!!!” (Liga Comunista, REVISANDO O REVISIONISMO II, A herança
que nós renunciamos da política Frente Populista do Partido Obrero).
Enquanto a LC revisou o revisionismo oportunista do PO, a
LBI tardiamente o copia.