Unificar a categoria e a oposição contra toda a direção
traidora
Retomar os sindicatos para os educadores
e lutar pela conquista das nossas reivindicações
Boletim unificado das oposições do Simpeem e Apeoesp
assinado por:
Educadores em Luta
(Partido da Causa Operária)
Liga Proletária Marxista
NATE - Núcleo de Estudo e Ação dos Trabalhadores em Educação
OCTE - Organização Classista dos Trabalhadores em Educação
(Liga Comunista e El Mundo Socialista)
Professores da rede estadual e da capital paulista,
realizaram nos meses de abril e maio duas importantes e combativas
mobilizações, contra a política de destruição do ensino público e contra os
ataques aos trabalhadores da Educação, por parte dos governos da direita, como
o PSDB e da “esquerda”, como o PT.
Após o fim da greve, vai ficando cada vez mais claro que os
educadores foram golpeados pelos governos estadual e municipal, com a ajuda das
direções sindicais da Apeoesp e Sinpeem:
Na Prefeitura o governo do PT está perseguindo os
professores com a exigência de reposição no recesso escolar, sem respeitar o
Conselho de Escola como ficou claro na Portaria nº 3.232, no DOC de 05 de
junho;
Além não ter qualquer reajuste (só a esmola de R$ 0,20); os
professores estaduais continuam com a jornada fora da lei e os professores
“categoria O” não têm nada assegurado (a Lei 1093 não foi revogada e, por
enquanto, esta mantida a prova guilhotina, a “quarentena” e toda legislação
contra quase 50 mil professores).
Categoria X ditadura da direção traidora
Nas duas mobilizações, os trabalhadores tiveram que enfrentar-
além dos governos inimigos da Educação – as direções sindicais (da Apeoesp e do
Sinpeem) que buscaram bloquear suas lutas, se opõem à unificação dos
trabalhadores (arma fundamental em nossa luta) e mantém o controle dos
sindicatos por meio de uma ditadura da burocracia contra os trabalhadores.
Ficou evidente que para derrotar esses governos e conquistar
nossas reivindicações, é necessário derrotar esta burocracia e estabelecer um
verdadeiro controle dos trabalhadores das organizações de luta dos trabalhadores.
É preciso forjar, na luta, uma nova direção, classista, vinculada às bases que
defenda os interesses dos educadores e não os seus próprios interesses e dos
grupos ligados ao governo.
As categorias mostraram uma enorme evolução colocando de
forma prática a questão da unificação na luta das redes estadual e municipal.
É necessário avançar na organização de um movimento de
oposição ao peleguismo, de base e que defenda a organização dos trabalhadores
independente dos patrões, dos seus governos e partidos e que impulsione os
métodos de luta que servem à defesa dos interesses da população explorada: a
greve, as mobilizações de ruas e ações de massas, a luta comum com os
estudantes e toda a comunidade escolar etc.
As greves mostraram uma clara evolução dos educadores nesta
direção. A devida desconfiança dos profissionais da educação em relação às suas
direções atuais traidoras fez com que as greves fossem sustentadas –
principalmente – na organização de comandos de base, por uma esmagadora maioria
dos trabalhadores que não integram os aparatos burocráticos dessas entidades e
não participam as forças políticas que as dirigem (PT-PCdoB-PSTU-PSOL, na
Apeoesp; PPS-PT-PSTU-PSOL, no Sinpeem).
Sindicalistas traidores atacam professores
As duas greves evidencaram também o aprofundamento da crise
dessa burocracia. Na greve de 2012, dos trabalhadores municipais da Educação
assisitiram o presidente do Sinpeem e ex-vereador kassabista, Cláudio Fonseca,
trair a categoria, acabando com a greve contra a vontade da maioria e sem o
atendimento das reivindicações. Ele teve de sair escoltado pela PM da
assembleia. Agora, foi a vez da presidente da Apeoesp, “Bebel” (do
PT/Articulação), aplicar o mesmo golpe, contra a greve e contra a unificação da
categoria, e ser “socorrida” pela PM comandada pelo PSDB.
Estão em crise todas as alas da direção sindical, dos
setores mais direitistas aos que procuram se disfarçar como “esquerdistas” e
até como “oposição” – como é o caso do PSTU e do PSOL, que há 11 anos estão na
diretoria da Apeoesp e que, no fundamental, defendem a política da burocracia e
do governo contra os trabalhadores. Isso ficou evidente na greve dos
professores estaduais, contra a qual o PSTU se posicionou desde o primeiro
momento e juntamente com o PSOL colaborou com o restante da direção na
sabotagem da greve, quando o governo estava sendo forçado a negociar. Ao final,
diante do brutal golpe da Articulação/PT para liquidar a greve, o PSTU tratou
de disfarçar a sua política de fura-greve, adotada desde o inicio da paralisação,
defendendo a mesma proposta de “Bebel”, apenas com o pedido de que ela fosse
assinada pelo secretário tucano.
O bloco PSTU-PSOL faz parte da direção do Sinpeem. O PSTU desde 2008 e o grupo político da atual
APRA/APS/PSOL, há mais de 10 anos. Ambos são coniventes com os golpes de
Claúdio Kassab e com a supressão da democracia no Sindicato.
Desesperada , a direção sindical busca atacar os professores
e a oposição, buscando ocultar sua crise e se prepara para novos golpes,
mantendo e aprofundando a ditadura nos eventos dos sindicatos (congressos e
eleições) e na luta dos professores.
Mobilizar a categoria
A situação cria condições muito favoráveis para fazer
avançar na categoria dos professores – da mesma forma que acontece em outras
categorias, já se materializando em algumas delas como é o caso dos correios –
um amplo movimento de luta dos trabalhadores, de oposição à burocracia
sindical, que aponte uma perspectiva classista, combativa para a luta dos
educadores, de mobilização pelas reivindicações da categoria (reposição das
perdas salariais, redução da jornada, redução do número de alunos por sala de
aula, salários e direitos iguais para todos os professores, defesa do ensino
público, gratuito e de qualidade para todos etc.)
As greves acabaram, mas os problemas que as tornaram
necessárias não foram resolvidos e a necessidade de sair à luta contra os
ataques dos governos e em defesa do ensino público gratuito continua colocada e
vai levar a novas mobilizações.
Diante dessa situação fazemos um chamado a uma luta comum da
base da categoria, dos setores classista de oposição à ao peleguismo, para
organizar um amplo movimento de luta não apenas nos sindicatos e nos eventos
convocados pela direção sindical, mas principalmente na luta dos educadores.
Entre as primeiras tarefas desse movimento propomos:
1) Levantar
uma ampla campanha em defesa das reivindicações fundamentais dos professores
que não foram atendidas nas greves como a Reposição das perdas salariais; Salários
e direitos iguais para todos os professores; Estabilidade para todos os
professores,fim das terceirizações; Redução do número de alunos por sala de
aula, redução da jornada de trabalho, sem redução dos salários etc.
2) Defesa da
mobilização dos professores e da sua luta contra a repressão do governo e dos
ataques caluniosos da burocracia sindical contra a oposição e suas lideranças,
que visam atingir toda a categoria;
3) Realizar
debates em todas as regiões sobre as lições das greves e a necessidade do fortalecimento
de amplo um movimento de oposição ao peleguismo, de luta pelas reivindicações
dos trabalhadores, com seus próprios métodos;
4) Buscar
uma intervenção comum, contra a ditadura nos sindicatos e a favor das
reivindicações dos trabalhadores, nos congressos do Sinpeem e da Apeoesp e
demais fóruns da categoria.
Os grupos de oposição que assinam este documento fazem um
chamado a todo o ativismo classista, aos demais grupos de oposição e aos
professores em geral a construir uma frente de luta, se somando a esta
iniciativa, apresentando sugestões nesta perspectiva e a se somarem à esta luta
de toda a categoria: pela derrota da burocracia, pela construção de uma nova
direção para as nossas lutas, para avançar no combate contra os governos
inimigos da Educação e pela conquista das reivindicações dos educadores, da
classe trabalhadora e de todos os explorados diante da crise e pela conquista,
por meio da revolução social, do governo dos trabalhadores e do socialismo.
Com base nesta perspectiva, propomos a realização de uma
Plenária unificada de educadores do Município e do Estado em agosto (em data e
local a definir), precedida de uma ampla discussão na base na categoria.
São Paulo, 10 de junho de 2013.
Educadores em Luta / PCO
(Fones: 11-98344-0068/19-81214234/ 18 - 81145614 – E-mail:
educadoresemluta.pco.org.br
Facebook: facebook.com/groups/educadoresemluta)
Liga Proletária Marxista
NATE - Núcleo de Estudo e Ação dos Trabalhadores em Educação
contato de email: natenaluta@hotmail.com
Organização Classista dos Trabalhadores em Educação - OCTE/
LIGA COMUNISTA E EL MUNDO SOCIALISTA
lcligacomunista.blogspot.com – liga_comunista@hotmail.com
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