com ajuda da política de pressão parlamentar do
Sindicato da CSP/PSTU
S.R., professora da rede pública em Juazeiro do
Norte, simpatizante da Liga Comunista
No dia 06 de Junho, os professores da rede municipal de ensino de Juazeiro do Norte-Ceará (a 548 km de Fortaleza) sofreram um duro golpe, os vereadores aprovaram um projeto de lei enviado pelo Prefeito Raimundo Macedo (PMDB) que reduz em até 40% o salário dos professores, o projeto também inclui aumento de 10 minutos em cada aula, ou seja, reduz o salário e aumenta a carga horária. Esse ataque causou desespero e revolta aos professores pois 2.000 deles devem ter os salários reduzidos em até R$ 650. A prefeitura justifica o corte no salário para se enquadrar na neoliberal LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), alegando cretinamente que são os míseros salários dos professores que impedem o município de fechar a folha de pagamento.
Alertamos ao conjunto dos trabalhadores do país que este ataque promovido por um prefeito arqui-reacionário, pelo principal partido da base aliada de Dilma, em uma cidade do interior de um Estado do Nordeste do Brasil não ficará como um caso meramente regional e sem maiores repercussões futuras para a luta de classes em âmbito nacional. Vale ressaltar que ataques como esse, contra os direitos dos trabalhadores já estão acontecendo em outros países também, como Portugal, Espanha e a Grécia em consequência da crise econômica capitalista onde os trabalhadores são obrigados a pagar os custos da lambança da burguesia. O que acontece em Juazeiro, embora também possua elemenos da conjuntura regional para a sua consecução, é um tubo de ensaio da burguesia para ataques similares aos demais trabalhadores brasileiros.
Não sou professora da rede municipal de Juazeiro,
sou professora da rede estadual de ensino, e como profissional da educação,
quero chamar atenção de todos os professores para que se solidarizem e repudiem
esta atitude dos vereadores desta cidade que votam contra os trabalhadores.
Quero também convocar todos os professores para a luta que também é nossa, como
também lembrar que projetos como esse que mudam o PCCR e que reduzem o salário
dos professores pode virar moda e acontecer em outros municípios e ate em nível
estadual e federal.
"QUADRILHA, BANDIDOS, VENDIDOS, VOCÊS SÃO COMPRADOS!"
GRITAVAM OS PROFESSORES CONTRA OS VEREADORES
GRITAVAM OS PROFESSORES CONTRA OS VEREADORES
Durante a votação, os manifestantes ocuparam o
plenário, mas foram contidos pela Policia Militar e pela guarda municipal, que agrediram
e jogaram spray de pimenta nos manifestantes. Apesar da luta dos professores, o
projeto foi aprovado por 2/3 dos votantes, mas a aprovação deu-se sobre vaias
de professores e apoiadores da luta.
Mas tudo isso aconteceu, porque o Sindicato dos Servidores
Públicos Municipais de Juazeiro do Norte (SISEMJUN), dirigido pelo PSTU,(Conlutas) ficou
apelando para o lobby parlamentar, prática comum do PSTU, que ainda cria
ilusões em vereadores corruptos e vendidos [vejam ao lado três panfletos do Sindicato da
Conlutas chamando a luta para pressionar os vereadores corruptos na Câmara,
quando o combate deveria se concentrar contra o Prefeito].
Segundo boatos, cada um dos vereadores levou 300 mil reais, além de outros benefícios. O certo é que os professores sofreram uma derrota amarga e o Sindicato ainda os orientou que voltassem para sala de aula até quarta-feira (dia 12 de junho), para que a greve fosse legal, pois o Sindicato recorreu judicialmente da decisão e espera primeiro pelo parecer da justiça antes de chamar a greve.
O agravante maior é que sendo um sindicato de todos os servidores públicos, nem convocou a greve imediata dos professores e muito menos do conjunto do serviço público municipal. Além disso é preciso chamar ao conjunto dos trabalhadores em educação para paralisar por tempo indeterminado em solidariedade e começar um grande movimento de resistencia nacional, porque passado este ataque em Juazeiro, todos os trabalhadores estarão ameaçados.
É preciso convocar uma greve geral dos servidores publicos e de todos os trabalhadores da educacao, ou seja, professores da rede municipal, estadual e federal, a começar no município de Juazeiro do Norte, para dizer que os planos de austeridade e redução salarial Não passarão! no Brasil.
Toda essa linha política de apostar mais nas instituições da burguesia (Parlamento e Judiciário) do que na greve dos trabalhadores, inclusive do que chamar a unidade do conjunto do funcionalismo público e demais categorias para frear esse ataque histórico tem conduzido os professores a derrota e abre um grave precedente contra todos os trabalhadores do país.
Segundo boatos, cada um dos vereadores levou 300 mil reais, além de outros benefícios. O certo é que os professores sofreram uma derrota amarga e o Sindicato ainda os orientou que voltassem para sala de aula até quarta-feira (dia 12 de junho), para que a greve fosse legal, pois o Sindicato recorreu judicialmente da decisão e espera primeiro pelo parecer da justiça antes de chamar a greve.
O agravante maior é que sendo um sindicato de todos os servidores públicos, nem convocou a greve imediata dos professores e muito menos do conjunto do serviço público municipal. Além disso é preciso chamar ao conjunto dos trabalhadores em educação para paralisar por tempo indeterminado em solidariedade e começar um grande movimento de resistencia nacional, porque passado este ataque em Juazeiro, todos os trabalhadores estarão ameaçados.
É preciso convocar uma greve geral dos servidores publicos e de todos os trabalhadores da educacao, ou seja, professores da rede municipal, estadual e federal, a começar no município de Juazeiro do Norte, para dizer que os planos de austeridade e redução salarial Não passarão! no Brasil.
Toda essa linha política de apostar mais nas instituições da burguesia (Parlamento e Judiciário) do que na greve dos trabalhadores, inclusive do que chamar a unidade do conjunto do funcionalismo público e demais categorias para frear esse ataque histórico tem conduzido os professores a derrota e abre um grave precedente contra todos os trabalhadores do país.
OS TRABALHADORES DEVEM REPUDIAR NACIONALMENTE AO
PROJETO DE LEI APROVADO NA CÂMARA DOS VEREADORES DE JUAZEIRO DO NORTE – CE
O projeto que foi aprovado vai contra até o que
determina a CLT que só permite redução salarial com a redução da jornada de
trabalho e sob o acordo do trabalhador ou do sindicato da categoria. Mas o que o sindicato
dirigido pelo PSTU conseguiu com a política de pressão sobre os vereadores, foi
a redução do salário com aumento da jornada de trabalho, uma derrota que está indo no sentido contrário do que defendia Trotsky no Programa de Transição (ele
defendia a escala móvel com redução da jornada e aumento de salários).
E preciso organizar uma greve nacional em
solidariedade aos professores, pois a única saída é a luta unificada de todos os trabalhadores e, no município, não
manter ilusões em vereadores paus mandados do prefeito do PMDB, que como todo político
capitalista, defende os direitos da burguesia e não dos trabalhadores.