IAMSPE: Depois de flagrados com a boca na botija,
os privatizadores
passaram a fazer o processo
a toque de caixa, mais rápido e na surdina
Compartilhamos com os leitores da LC um boletim que nos enviou o grupo Trabalhadores e Usuários em Defesa do IAMSPE
A privatização de várias funções e setores do IAMSPE não é
uma novidade. Ela já ocorre há vários anos através da terceirização. Mas,
sentindo-se a vontade para saciar seus apetites privatistas o governo tucano
declarou em fevereiro passado no diário oficial que entregaria todo o complexo
para o seus sócios do capital privado, através da PPP. Segundo uma reunião dos
privatizadores, não sobraria nem o terreno.
Isso significa primeiramente a liquidação de uma instituição
que trata da saúde de um milhão e duzentas mil pessoas entre funcionários do
estado paulista e familiares. Em segundo lugar, representa uma ameaça aos
direitos trabalhistas conquistados, aos salários, as funções e até aos próprios
empregos, pois interessa aos privatizadores demitir os atuais funcionários para
recontratar pagando ainda menos e de forma mais precária do que paga hoje, a
exemplo de como sofrem os atuais terceirizados do Complexo Hospitalar.
O primeiro passo deste novo ataque aos nossos direitos e aos
dos usuários será dado em junho/julho, com o estabelecimento da chamada
“autarquia especial”. A partir de então os privatizadores se acharão
verdadeiros donos do IAMSPE como se fosse a própria “Casa da mãe Joana”. Depois
de “descentralizarem” o atendimento, precarizando o pronto socorro, o
ambulatório, os laboratórios, a farmácia e acabarem com o velório, as chefias
já incoporaram o novo espírito da privatização já destratando os demais
funcionários, agindo como patrões.
Embora todos eles venham desmentindo o que se passa, a
verdade é que o único documento que diz o que ocorre de fato é o Diario Oficial
que revelou o grande golpe.
MOTORISTAS EM LUTA
Graças a pressão dos motoristas terceirizados, a qual
denunciamos no boletim anterior, os companheiros conseguiram receber a cesta
básica até então paga pelo IAMSPE mas sonegada pela empresa terceirizada.
Todavia, a cesta básica paga somente agora é ainda de 50 reais, quando a
empresa prometia ser de 80 reais e mesmo assim é uma miséria. A luta continua
pela recuperação da perda salarial de mais de quase 50% com a nova empresa
terceirizadora. Salário igual para trabalho igual, pelo fim da terceirização e
efetivação de todos os terceirizados como funcionários do IAMSPE.