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domingo, 29 de maio de 2016

UNIFICAR AS LUTAS CONTRA O GOVERNO GOLPISTA

Unificar as lutas para derrotar o governo golpista de Temer!
Construir comitês populares contra o golpe!

O movimento de massas segue em um crescente graças ao repúdio ao Golpe mas sobretudo já as medidas de Temer que provocaram um desgaste precoce do governo golpista. Isso vai aumentar com o arrocho salarial e nos programas sociais. Milhões de pessoas vão voltar a sentir fome, o que é ainda um grau abaixo à pobreza, para os que estão sendo jogados de volta na miséria. Milhares vão ser despejadas com o encarecimento das prestações do Minha Casa Minha Vida ( + ). Arrestos de bens vão acontecer para muitos que além de endividados também estão sendo demitidos ou tendo salários diminuído. A tragédia na saúde e na educação vai aumentar e jogar gasolina nos protestos com ocupação já em curso pelos secundaristas.

A conjuntura aponta para uma situação bem mais explosiva do que foi o pré-20 de junho de 2013. Desde o final de 2014, há um crescente de manifestações defensivas contra a direita golpista de forma inédita no país, que vai muito além da política traiçoeira da Frente Brasil Popular. Essa ebulição se potencia com a entrada em cena de quase todos aqueles que estão ou serão golpeados em seus direitos por Temer e cia, como vem ocorrendo com a luta das mulheres e dos trabalhadores da cultura. Há um descontentamento cada vez mais ativo.

Para impor as políticas encomendadas por aqueles que patrocinaram e orientaram o golpe, o governo precisa reprimir porque liquidou com os meios para cooptar, nem meios econômicos nem políticos, não tem organizações de massas como a CUT e MST para desorganizar a luta, e, ao mesmo tempo realiza o ajuste neoliberal que Dilma apenas prometeu e iniciou. Para justificar a repressão, o governo infiltrará provocadores e ataques sob falsa bandeira. A direita, momentaneamente acuada, também não está contente e quer mais do que Temer que cedo ou tarde vai se valer de seus serviços, como no 20 de junho de 2013. Precisamos garantir que as manifestações sigam sendo de esquerda e não politicamente difusas e também a integridade de todos os lutadores sociais, militantes, sedes, etc. Se ampliarão o genocídio negro, a prisão de ativistas e a criminalização da esquerda e das lutas sociais.

IMPERIALISMO E SEUS AGENTES MERCENÁRIOS DO GOVERNO
GOLPISTA PREPARAM GUERRA CIVIL PREVENTIVA CONTRA AS MASSAS

O governo golpista prepara o caminho da repressão para conseguir a estabilização política necessária ao programa golpista. Por um lado, com o Ministro da (in) Justiça Alexandre de Morais (que ganhou experiência nos governos Kassab e Alckmin na repressão aos trabalhadores e estudantes, na onda de incêndios em favelas paulistas, etc.) + ).

Na coordenação do conjunto das ações golpistas vai haver também uma troca de time. A embaixadora dos EUA, Liliana Ayalde, especialista em golpes (Honduras, Paraguai, tentativa na Bolívia) sai e entra o especialista em conflitos internos com know how adquirido no Afeganistão e antes na Colômbia, Peter Michael McKinley + ), o que aponta no mesmo sentido: o imperialismo articula a guerra civil preventiva contra as massas, para sustentar um governo que não consegue mover um dedo sem ser repudiado ou encontrar qualquer forma de resistência. Tende a ser um governo de 3 ministros, o dos bancos, das corporações e o da repressão. O resto, é resto, incluindo o próprio Temer.

TEMER NÃO PASSA DE UMA PONTE PARA O CONTROLE ABSOLUTO DO GOVERNO DO BRASIL PELOS EUA, PASSANDO POR CIMA DO PRÓPRIO PMDB E SOB O TACÃO DOS MONOPÓLIOS (SERRA), DOS BANQUEIROS (MEIRELLES) E DA REPRESSÃO (MORAES)

As denúncias bombásticas contra os principais dirigentes do PMDB, inclusive os que viabilizaram o golpe na Câmara (Cunha) e no Senado (Jucá) foram articuladas desde cima, pelos agentes judiciários do golpe imperialista, uma espécie de Tribunal do Santo Ofício montado em Curitiba que atende pelo nome de “Lava Jato”, ao qual estão associados na conspiração a Procuradoria Geral da República e o STF.

Com esses instrumentos se instala uma ditadura jurídica, uma espada de Damocles sobre o conjunto dos políticos burgueses brasileiros, inclusive sobre o castelo de cartas que é o governo golpista. A quase totalidade dos representantes políticos nacionais são um bando de batedorzinho de carteiras que a qualquer hora são flagrados extorquindo o Estado. O imperialismo sabe isso e vem usando essa situação para pôr o PMDB no seu lugar ou até livrar-se dele e deixar o imperialismo seguir seu trabalho de tirar o país dos BRICS e saquear o país, o que significa: apropriar-se da Petrobrás, liquidar a previdência pública, substituir as empreiteiras nacionais por multinacionais, impor a terceirização 100%, enxugar ao máximo os programas sociais, ampliar a miséria social para achatar os salários e ampliar a mais valia e a taxa de lucros, etc.

Por isso, combatemos os mitos de que o impeachment foi uma vingança de Cunha ou que foi para frear a “Lava jato” ( + ).

Esse é o primeiro dado da conjuntura, trata do presente e do futuro imediato. Mais mediatamente precisamos de uma palavra de ordem que possua independência de classe e não engane as massas para uma saída que pode ser pior para a organização política de nossa luta contra esse ataque imperialista, a saber: a volta de Dilma ou do PT ao governo para cumprir o programa dos golpistas a partir de um acordo podre realizado pela instabilidade de Temer, como propõe a Folha de São Paulo, uma frente crescente de parlamentares e da própria classe dominante, seguidos pela REDE, PSTU e setores do PSOL.

Por isso, defendemos a unificação das lutas contra o governo golpista de Temer, a construção de comitês populares de mobilização e autodefesa e por uma Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora rumo a algo como um novo Congresso das Classes Trabalhadoras (CONCLAT, com seus respectivos Enclats regionais), que reunifique as centrais sindicais de esquerda e os movimentos populares sob o combate a perda de direitos.