A III Guerra Mundial e as tarefas
dos trabalhadores revolucionários
dos trabalhadores revolucionários
Declaração do Comitê de Ligação
para a Quarta Internacional (CLQI)
Frente Comunista dos Trabalhadores - Brasil
Tendencia Militante Bolchevique
Argentina e Socialist Fight – Grã Bretanha
e do grupo turco Dordunku Blok (Bloco Quarta Internacionalista)
Frente Comunista dos Trabalhadores - Brasil
Tendencia Militante Bolchevique
Argentina e Socialist Fight – Grã Bretanha
e do grupo turco Dordunku Blok (Bloco Quarta Internacionalista)
1. Os acontecimentos atuais na
Síria são um prólogo da 3a guerra mundial. O imperialismo fabricou o “Estado
Islâmico” (EI) e seu barbarismo, para realizar um Golpe de Estado na Síria e
para justificar a recolonização do Oriente Médio. Mas o tiro saiu pela culatra.
O imperialismo pôs o EI para justificar sua intervenção, mas a existência do EI
acabou por justificar a intervenção militar russa. Por isso, neste primeiro
momento, o imperialismo está confundido.
2. Todo o prólogo do conflito
atual (Afeganistão, Iraque, a crise econômica de 2008, a primavera árabe,
aventuras militares expansionistas na Líbia e Síria, disputas no Mar meridional
chinês, o golpismo na América Latina, Ucrânia, Irã, Curdistão, Iêmen,
Guatemala, Burquina Faso, o drama dos refugiados) acumulou forças para que em
um salto de qualidade se gestasse uma grande frente antiimperialista e já a
conflagração de um conflito que se alastra muito além das fronteiras sírias,
envolvendo a China, o Iraque, Israel e a Turquia. Passado o primeiro momento de
confusão, o imperialismo dará uma resposta contra o bloco Eurásico no próprio
Oriente Médio ou em qualquer outra região do planeta, que seguramente agravará
a tragédia dos refugiados em todo mundo.
3. Em sua resposta ao Bloco
Euroasiático é possível que o imperialismo tente aprofundar o conflito mais ao
Oriente. Nesse contexto, assume o primeiro plano a defesa do Estado Operário
Burocratizado da Coréia do Norte. Também o imperialismo ajustara mais seu
controle em sua área direta de influência, o que leva a uma ameaça maior a Cuba
e, portanto, devemos também redobrar nossa defesa do Estado Operário de Cuba.
Em seguida, nos países onde a ameaça de Golpe de Estado já era grande, como na
Nicarágua (para impedir a construção do novo Canal interoceânico) ou no Brasil,
nossa política deve ser de combate ainda mais incisivo ao golpismo e a direita.
4. De um lado do conflito está o
imperialismo encabeçado pelos EUA, a OTAN e seus agentes terroristas como
Israel, o “Estado Islâmico”, etc. Do outro lado, estão povos oprimidos, países
que sofrem sanções do imperialismo, países que povos que tem sua economia
parasitada e sabotada pelo imperialismo, como o Brasil, povos e países que são
invadidos e ocupados militarmente pelo imperialismo. Não existe um terceiro
campo nesta guerra e nós não somos pacifistas: Estamos do lado contrário ao
imperialismo. Nós estamos com o diabo e sua avó contra o imperialismo!
5. Ainda que seja estabelecido um
"cessar fogo mundial", os acontecimentos atuais são um ensaio da nova
guerra e do superaquecimento da atual Guerra Fria, sobre o qual, nós viemos alertando
desde 2011.
6. Nesta frente única
anti-imperialista, os revolucionários não ingressam como mero apoiadores
críticos das direções burguesas que agora se enfrentam com o imperialismo. A
vitória do imperialismo nesta guerra representará uma derrota de todos os
trabalhadores do mundo. A vitória do bloco capitaneado por Rússia e China,
representará uma derrota do grande inimigo de todos os povos, mas não ainda a
libertação dos trabalhadores da exploração capitalista. Embora a burguesia
imperialista e as burguesias da Rússia, China e etc., possam estar em guerra
agora, o que todos os patrões mais temem é a revolução proletária, ou seja, a
vitória final dos trabalhadores na guerra de classes.
7. Neste momento entre crises
econômicas capitalistas, de derrotas e defensiva de nossa classe, a tática mais
apropriada para preparar condições mais favoráveis à luta de nossa classe, a
fim de virar a mesa em favor dos trabalhadores, está no aproveitamento das
contradições do interior do mundo capitalista, ou seja, está na tática da
Frente Única de massas com aliados pontuais que dirigem o movimento de massas,
sem que isto signifique estabelecer um programa comum com os mesmos e sem
prestar qualquer apoio político às direções burguesas e pequeno burguesas desta
frente.
8. Esta Frente Única
Antiimperialista é uma aliança tática, que nem por um segundo pode ser
confundida com uma orientação etapista ou frente populista de luta de classes,
e que precisa estar subordinada à defesa dos interesses dos trabalhadores
contra os patrões em todas e cada uma das nações e à estratégia da luta pelo
partido mundial da revolução, a IV Internacional, e pela revolução permanente
em escala planetária.
Nota adicional do Socialist Fight da Grã Bretanha à declaração internacional link aqui.