BURGUESIA BRASILEIRA E MÁFIA DO JALECO FICAM HISTÉRICAS TEMENDO O CONTÁGIO DO SISTEMA DE SAÚDE BURGUÊS SANGUESSUGA NACIONAL PELOS MÉDICOS DO ESTADO OPERÁRIO CUBANO
O sistema de saúde no Brasil está doente. Doente porque é
submetido aos interesses do capital que drena os recursos da saúde para os
bolsos da indústria farmacêutica, dos hospitais privados, das máfias dos planos
de saúde. Como denunciou o médico sanitarista Nelson Rodrigues dos Santos, da
Unicamp, só os "planos e seguradoras de saúde, empresas particulares, levam 30% do orçamento do Ministério da Saúde, deixando o Sistema Único de Saúde (SUS) subfinanciado e em condições precárias para médicos e pacientes".
Esta enfermidade é a mesma que faz com que a grande parte da
elitizada casta dos médicos brasileiros se neguem a atender a população miserável
de seu próprio país e ainda se oponham a que profissionais de outros países
atendam nossos doentes mais pobres. Estes mercenários de branco agem assim
porque querem manter o país carente de médicos para que os serviços que prestam
permaneçam escassos e caros enquanto a população morre a míngua. Trata-se de uma política mercantilista desumana que eufemisticamente vem sendo chamada
de “promoção de reserva de mercado” para os médicos brasileiros.
A LUTA CONTINUA, OS MÉDICOS CUBANOS CHEGARAM,
MAS AINDA CONTINUAM SENDO AMEAÇADOS PELA MÁFIA DO JALECO
OCUPAR OS CRMs QUE SE NEGAREM A CONCEDER O REGISTRO DE TODOS OS MÉDICOS ESTRANGEIROS!
NÃO AO REVALIDA!
QUE A PRÓPRIA POPULAÇÃO TRABALHADORA ATRAVÉS DE COMITÊS POPULARES SEJA FISCAL DO CONJUNTO DO SISTEMA DE SAÚDE!
Os Conselhos de medicina que se negam a conceder registro temporário aos médicos estrangeiros e os Sindicatos médicos que fazem vista grossa a criminosa escravidão da terceirização que toma conta dos hospitais, agora, hipocritamente, justificam sua oposição à vinda de médicos cubanos por se dizerem contra a “escravidão” dos mesmos. O que não dizem é que graças a revolução o Estado operário cubano garante a todos seus trabalhadores habitação, educação e saúde. Sem os sanguessugas da saúde para lhe prejudicar, a medicina cubana avançou imensamente e os médicos cubanos são muito qualificados, enquanto segundo um novo estudo divulgado pelo Journal of Patient Safety, dos EUA, no país mais rico do capitalismo mundial, a cada ano entre 210 mil e 440 mil 440 mil pacientes internados em hospitais a cada ano em os EUA para cuidados médicos sofrem algum tipo de dano evitável contribuindo para a sua morte.
Primeiro a máfia do jaleco hostilizou a chegada dos médicos, em seguida, alguns se inscreveram no programa mais médicos apenas para sabotá-lo. Depois, as instituições da máfia tratam de negar o registro provisório, e ameaçam chamar a polícia contra os médicos estrangeiros que não receberam registro que a máfia se nega a entregar denunciando os estrangeiros por prática ilegal da medicina. "Em tom de ameaça, representantes regionais da classe médica rotularam ontem de 'ilegal' a atuação de profissionais cubanos no Brasil por meio do programa Mais Médicos e prometeram acionar a polícia quando eles começarem a trabalhar no país. Presidentes de CRMs (Conselhos Regionais de Medicina) também chamaram o programa de "afronta" e disseram que eventuais erros cometidos por cubanos não serão corrigidos por brasileiros." Imagine-se o doutor de Cuba, submetido a tensão e a precariedade do sistema de saúde brasileiro em uma cidade de interior, tentando curar um paciente que não fala sua língua de origem e chegar um PM para prendê-lo por prática ilegal. A Associação Médica Brasileira e os Conselhos de medicina
querem lhes impedir de atender a população brasileira impondo-os um vestibular
elitista, o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas (Revalida). A função
deste exame não é selecionar médicos, mas preservar a saúde nas mãos de uma
elite de “filhinhos de papai” que não precisam trabalhar para viver e podem
viver para estudar durante quase 10 anos sem se preocupar com o próprio
sustento. Todavia, mesmo depois de pressionados pela Advocacia Geral da União (AGU) a conceder os registros provisórios, os Conselhos da máfia de branco criam novos obstáculos: "Nesta sexta-feira (20) o Conselho Federal de Medicina (CFM) orientou os conselhos regionais a autorizarem os registros provisórios dos médicos estrangeiros do programa. De acordo com o CFM, o registro será feito desde que os médicos apresentem a documentação 'completa' e 'sem inconsistências'." Por isso, defendemos as ações do MST no Ceará e Pernambuco - cujos assentamentos também necessitam de médicos - de bloquear e ocupar as sedes dos Conselhos exigindo a liberação dos registros provisório de trabalho.
Nesta briga, vergonhosamente diante dos camaradas cubanos, vimos nossa elite dirigida pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) manifestar todo seu preconceito de classe contra as empregadas domésticas, racismo, xenofobia e anticomunismo. Todavia, foi entre a reacionária elite médica do Ceará, composta de doutores coxinha recém formados dirigidos pelo ex-vereador do PT e presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará, José Maria Pontes que a reação fascistóide atingiu o nível de histeria.
PSTU DEFENDE A VINDA DA BLOGUEIRA YOANI SANCHES PARA FAZER PROPAGANDA ANTI-COMUNISTA NO BRASIL MAS DEFENDE EMBARGO A VINDA DE MÉDICOS CUBANOS PARA ATENDER A POPULAÇÃO TRABALHADORA BRASILEIRA. FLAGRADO E DESMASCARADO, MUDA DE POSIÇÃO MAS CONTINUAM DEFENDENDO O REVALIDA, FAMIGERADO OBSTÁCULO CORPORATIVISTA CONTRA QUE OS MÉDICOS CUBANOS POSSAM EXERCER SEU OFÍCIO
Algumas organizações que se reivindicam marxistas
revolucionárias como o PSTU no afã de criticarem o governo burguês do PT e
capitalizarem com o descontentamento da classe média e da casta médica viraram as
costas para as necessidades elementares da classe trabalhadora, e acabam
fazendo coro com a reação: "O PSTU é contra a importação de médicos,
inclusive cubanos, porque compreende que este projeto de governo é um ataque
aos direitos trabalhistas, é altamente precário e porque não representa uma
medida estrutural para construção do SUS." (site do PSTU, 03/06/2013).
Logo de cara, o PSTU que defendeu a vinda para o Brasil da blogueira patrocinada pela CIA e pela grande mídia contra-revolucionária se colocou abertamente contra a importação de médicos
cubanos porque este partido renega a defesa do Estado operário considerando a
Ilha uma “ditadura capitalista”; porque defende agentes patrocinados pela CIA e
pela burguesia mundial como a “blogueira” Yoani Sanchez contra Cuba e porque importantes
dirigentes do PSTU fazem parte da casta médica e nutrindo interesses materiais
comuns com a mesma. Depois, de flagrado se alinhando abertamente com setores
como a Veja, a Globo e a elite desse país, o PSTU disfarçou, declarou o oposto
do que tinha dito antes “Defendemos sim o direito dos trabalhadores cubanos ou
de qualquer outra nacionalidade de trabalharem no Brasil” sem fazer qualquer autocrítica
mas, o que é mais importante, seguiu na mesma linha dos Conselhos corporativistas
condicionando o “direito ao trabalho dos trabalhadores cubanos no Brasil”a
realização do Revalida, “Defendemos a realização do Revalida” (site do PSTU, 27/08/2013).
Nós da Corrente de Trabalhadores da Saúde e da Liga
Comunista nos posicionamos claramente favoráveis a vinda dos médicos cubanos, somo
s contra o Revalida e neste restrito sentido apoiamos criticamente o Programa
Mais Médicos entendendo que ele é um mero “band-aid” criado pelo governo Dilma
preocupado com as eleições do próximo ano.
Diga-se de passagem, A proposta não é nova. Serra já a
defendeu em janeiro de 2000, quando era ministro da saúde do governo FHC.
Inclusive, a proposta de Serra era trazer especificamente médicos cubanos.
Agora, depois de lançar todo seu arsenal midiático contra os médicos cubanos, a
direita, e particularmente o PSDB, através do governo Alckmin, resolveu jogar
peso no marketing eleitoral pró-saúde, prometendo abrir concurso para
contratação de médicos para uma jornada de 40h com salários entre 16 mil a 20
mil reais, outro programa que mesmos sendo executado não passará de outro “band-aid”
em meio ao fato de que no Estado mais rico do país há dezenas de pessoas
morrendo por falta de leito, de vaga na UTI, equipamentos e também de médicos.
Apoiamos criticamente o programa mais médicos para ampliar a
ajuda emergencial de saúde às cidades e bairros proletários que são carentes da
mesma, exigindo a estatização sem indenização de todo o sistema de saúde
(hospitais, universidades, planos, indústria farmacêutica) sobre o controle do
conjunto dos trabalhadores da saúde.