Construir uma Greve Geral de verdade!
Reconquistar os sindicatos para a nossa classe!
Pelo partido revolucionário dos trabalhadores!
Criar uma oposição operária revolucionária aos governos
patronais do PT, PSDB, PMDB,...!
As manifestações de massa das últimas semanas trouxeram à
pauta política a decomposição da economia do país e das condições de vida de
sua classe trabalhadora.
A crise econômica chegou ao Brasil, o custo de vida devora
os salários; o “homem mais rico do país”, o especulador Eike Batista, quebrou e
deve arrastar outros empresários e banqueiros para a falência, pondo os
prejuízos na conta da classe trabalhadora.
O “grande negócio” do petróleo do “Pré-Sal” revelou-se contraproducente e de tão oneroso vem estrangulando a Petrobrás.
Os Mega-Eventos turbinaram a especulação financeira e imobiliária, encareceram os custos de habitação e vêm provocando o despejo de milhares de famílias.
O “grande negócio” do petróleo do “Pré-Sal” revelou-se contraproducente e de tão oneroso vem estrangulando a Petrobrás.
Os Mega-Eventos turbinaram a especulação financeira e imobiliária, encareceram os custos de habitação e vêm provocando o despejo de milhares de famílias.
A população trabalhadora está toda enforcada em dívidas
induzidas pela falida política de “estímulo ao consumo interno” e ao crédito
fácil sem aumento dos salários. Os ganhos da população trabalhadora foram
disfarçadamente arrochados quando os salários sofreram reajustes de mentira,
tendo como referência os índices oficiais de inflação propositadamente
adulterados para parecerem menores.
O governo Dilma desvaloriza o Real e simultaneamente tenta
conter a inflação aumentando os juros, medida que provoca aumento das já
insuportáveis dívidas das famílias trabalhadoras, aumenta também a imensa
dívida pública, reduzindo os gastos sociais do Estado com saúde, educação, etc.
e congelando os salários do funcionalismo. Isso gerará mais privatizações; aumentará
impostos e tarifas e atrofiará ainda mais a já decadente indústria nacional,
cuja produção vem caindo, criando desemprego.
Hoje, a fatia da indústria no PIB retorna aos níveis dos anos 1950 e o
setor que mais retrocede é justamente o de bens de produção, acentuando o
retrocesso histórico do Brasil que era vendido como a 6ª economia mundial. Nem
por isso devemos nos unir com a FIESP para reivindicar a redução de juros como
faz a Força Sindical. Os patrões parasitas tratarão de realocar seus investimentos.
O que nos preocupa é a desproletarização, ou seja, demissões em massa,
fechamento de empresas, ruína social do setor potencialmente mais
revolucionário dos trabalhadores. Se, desgraçadamente, estas previsões se
confirmarem, milhares de trabalhadores, não só os da indústria, viverão o
inferno da demissão com dívidas crescentes.
As direções burocráticas das centrais que podem mobilizar os
trabalhadores só apontaram um Dia Nacional de Luta muitas semanas depois da
nacionalização das manifestações. As principais direções sindicais do país são
comprometidas com os partidos patronais e com a estabilidade do regime
político. Os governos do PT, PSDB, PMDB, PDT, ... “preferem ver o cão” do que
várias categorias de trabalhadores juntas lutando de forma organizada e
combativa. E ao convocar o dia 11, CUT,
CTB, FS, UGT e Cia. preventivamente tratam de se precaver impondo limites a que
as suas bases sindicais ingressem de verdade nas mobilizações. CUT e CTB e seus
satélites sindicais chamam “dias de luta” para descomprimir a pressão das bases
se opondo a uma greve geral de verdade e subordinam a defesa dos interesses dos
trabalhadores aos dos patrões e do governo Dilma que ataca os nossos direitos.
A divisão dos trabalhadores em uma central por partido é um
crime contra a unidade de nossa classe, enfraquece nossa luta. Por isso,
defendemos a construção de oposições classistas e combativas em todas elas bem
como a unidade de todas os sindicatos em uma só central. Todavia, assim como
nos países onde a crise se encontra em estágio mais avançado, o que está em
jogo para os trabalhadores é a miséria ou a revolução social. Para tanto, mais
do que dias de luta precisamos de uma Greve Geral.
Em meio à luta pelo imediato, devemos construir um partido que oriente estrategicamente a conquista do poder pelos trabalhadores contra os capitalistas. Sem uma direção revolucionária, como mostra a recente experiência na Grécia, nem muitas greves gerais serão capazes de derrotar os ataques, frear a direita e menos ainda libertarnos da exploração patronal. Por tudo isso é preciso construir um partido revolucionário e internacionalista dos trabalhadores. A Liga Comunista deposita seus melhores esforços nessa tarefa, para a qual também te convocamos.
Plataforma de Luta:
> Reajuste geral dos salários, escala móvel de horas e
salários com redução da jornada e reajuste automático salarial (gatilho) todo
mês que a inflação alcançar 3%, medidos por organizações da classe
trabalhadora, independentes do governo e dos patrões; Salário mínimo vital que
atenda as necessidades de uma família operária, cujo valor deva ser calculado
por organizações dos trabalhadores; Redução da jornada de trabalho, defesa das
férias, licença maternidade;
> Fim completo da terceirização e da precarização e a
incorporação imediata e incondicional de todos os terceirizados com plenos
direitos aos quadros efetivos, sem necessidades de concursos. Trabalho igual
para salário igual. Abaixo os 101 pontos a Fiesp!;
> Passe livre para todos sem prejuízo para qualquer outro
setor social do Estado, sob a base da estatização dos transportes coletivos, da
saúde, da educação, da previdência e do sistema financeiro sob o controle dos
trabalhadores e usuários;
> Anulação das dívidas imobiliárias para os trabalhadores
que moram nos imóveis pelos quais se endividaram e congelamento dos aluguéis;
> Expropriação do latifúndio produtivo e improdutivo sem
indenização para o agronegócio nacional e multinacional sob controle dos
trabalhadores, ou seja revolução agrária; Expropriação sem indenização de toda
empresa ou fazenda que explore mão de obra escrava. Que as mesmas sejam
controladas para produzir sob controle dos trabalhadores escravizados;
> Nacionalização sob o controle dos trabalhadores dos
meios de comunicação e de toda a infra-estrutura a eles ligados, retirando-lhes
o direitos de serem usina ideológica do fascismo; Fim da isenção fiscal das
igrejas e de todas suas instituições empresariais;
> Fim dos leilões e reestatização de todo o petróleo
nacional sob o controle dos trabalhadores;
> Fora as tropas dos bairros operários!; Desmantelamento
de todo aparato repressivo e por direitos democráticos para os soldados das
forças armadas;
> Frente única antifascista de todas as organizações dos
trabalhadores, pelo direito democrático de manifestação e organização política
com plena independência política. Formação de comitês sindicais de auto-defesa.