O cão e o rabo
Imperialismo, a questão judaica, a questão cubana e o
terrorismo
COMITÊ DE LIGAÇÃO PELA IV INTERNACIONAL
2) Nos opomos a identificação mecânica, anti-semita, que
iguala judaísmo com sionismo. Vários ativistas do judaísmo se irmanam aos povos
oprimidos no combate a Israel. Combatemos a perseguição dos judeus ucranianos
por parte do governo pró-OTAN nazista de Kiev;
3) A burguesia sionista, por sua influência econômica,
possui um peso político superestimado dentro da classe dominante imperialista em
todo mundo, influenciado suas decisões acerca do Oriente Médio e a questão
palestina. Do mesmo modo, relativo a Cuba os gusanos influenciam na manutenção
do bloqueio dos EUA contra o Estado operário. Ambas possuem muita influência
nos consórcios midiáticos multinacionais. Ainda que a burguesia gusana seja
menos influente na política imperialista, ambas as frações da burguesia, gusana
e sionista, já são componentes orgânicos do imperialismo, influindo na
superestrutura política, jurídica, e no sistema de partidos dos EUA;
Netanyahu, premier israelense visita dirigente do ISIS que recebe tratamento em hospital israelense |
4) O sionismo e Israel (assim como os gusanos) se
converterem em parte orgânica da burguesia imperialista e, em certa e limitada
medida, instrumentalizarem o próprio imperialismo mesmo a serviço de seus
interesses históricos. Não é por acaso, que Obama sente uma certa dificuldade para
disciplinar tanto o sionismo quanto a fração gusana do imperialismo associada
aos republicanos, para realizar os objetivos atuais da Casa Branca em Cuba e no
Oriente Médio;
4.1) O projeto dos gusanos e elementos derivados deles na política burguesa dos EUA é auxiliar a burguesia dos EUA no que for possível para prejudicar Cuba. Para realizar seus objetivos contrarrevolucionários precisam manter a hostilidade a qualquer tendência da política burguesa dos EUA a um degelo nas relações com Cuba. A diferença mais fundamental entre a gusanos e os sionistas nos EUA, é que os gusanos são traidores de Cuba e na verdade do conjunto das massas da América Latina semi-colonial, enquanto o lobby sionista é o mais forte partidário de Israel como um projeto de Estado imperialista.
4.1) O projeto dos gusanos e elementos derivados deles na política burguesa dos EUA é auxiliar a burguesia dos EUA no que for possível para prejudicar Cuba. Para realizar seus objetivos contrarrevolucionários precisam manter a hostilidade a qualquer tendência da política burguesa dos EUA a um degelo nas relações com Cuba. A diferença mais fundamental entre a gusanos e os sionistas nos EUA, é que os gusanos são traidores de Cuba e na verdade do conjunto das massas da América Latina semi-colonial, enquanto o lobby sionista é o mais forte partidário de Israel como um projeto de Estado imperialista.
5) Hoje, Israel, Arábia Saudita e Turquia são os principais
receptadores do petróleo roubado pelo Estado Islâmico dos poços no Iraque e na
Síria. Deste modo, o Estado Islâmico, diferente da Al Qaeda não é mais apenas
uma criação imperialista, mas um exército mercenário funcional, um departamento
do Mossad e de certo modo, como uma parte do sionismo influencia na máquina de
guerra e espionagem imperialista, ISIS também é um departamento da CIA,
funcional a política islamofóbica do imperialismo, a caçada aos trabalhadores
imigrantes e suas aventuras golpistas como na Síria, etc.
http://www.voltairenet.org/article189411.html
5.1) Os aviões dos EUA bombardearam fortemente o ISIS em nome da minoria curda vinculada ao YPD/YPG na Síria. Eles bombardearam ISIS na Síria, embora não tão intensamente quanto faz a Rússia. Eles têm bombardeio em torno de Mosel, com pesadas baixas civis, inclusive sobre a Universidade. Trata-se de um bombardeio deliberado contra civis. Putin chegou a um acordo com Obama sobre a Síria; e pode avançar em um acordo para abandonar Assad e substituí-lo por um fantoche dos EUA. Nestas circunstâncias, devemos nos opor aos bombardeios dos EUA e da OTAN contra o ISIS. Deve-se ser muito cauteloso no apoio aos bombardeio russo e sobretudo para os rumos que estão tomando esses acordos com os EUA para que não acabe apoiando a instalação de um regime pró-imperialista na Síria.
6) Nesse sentido, os atentados do 11 de setembro de 2001, ao
Pentágono e ao WTC, realizados pela Al Qaeda, foram realizados em contradição
direta com o imperialismo, os antigos amos de Bin Laden em Washington. Ainda
que tais ações, por seu método, tenham justificado a recolonização do
Afeganistão e Iraque sob o nome de “guerra ao terror” de G. W. Bush. Nenhum
ataque do Estado Islâmico se dirige a instituições imperialistas. Foram apenas
ações voltadas contra civis, jornalistas, para justificar a campanha de guerra
de intervenção do imperialismo no Oriente Médio e, em particular, contra a
Síria e os povos oprimidos de maioria islâmica. Temos visto que os ataques
reivindicados pelo Estado Islâmico são maquinações imperialistas diretas, um
aprimoramento da política de ações terroristas que justifiquem o
recrudescimento do terror imperialista sobre o conjunto dos povos oprimidos e,
em particular, os povos do Oriente Médio.
7) “O rabo” são as frações imperialistas ligadas ao sionismo
e aos gusanos. O rabo ganhou força na definição acerca da movimentação do “cão”,
o imperialismo, com o fim da URSS, quando Cuba se debilitou e o imperialismo
viu a possibilidade de reforçar seu domínio na América Latina e no Oriente
Médio. O imperialismo se debilitou com a crise capitalista de 2008 que provocou
uma retração momentânea da política expansionista e abriu espaço para a entrada
em cena de outros competidores no mercado mundial, a China e a Rússia,
coordenando os BRICS. A partir de então, as frações mais organizadas do
imperialismo em relação ao seu domínio no Oriente Médio e América Latina,
exigem e alertam ao cão que é necessário uma superação da política “power soft”
democrata de Obama por outra ainda mais belicosa contra Cuba, o Irã, Palestina
e o bloco de nações lideradas por Rússia e China. O rabo, coadjuvante, tensiona
ao imperialismo à direita para retomar o terreno perdido para esse bloco
eurásico, movimento de contra-ataque que criou a atual guerra fria
intercapitalista rumo a uma 3ª Guerra Mundial;
7.1) Hoje, a fração sionista do imperialismo se expressa
melhor através do Partido Republicano, inclusive através da ala da CIA ligada
aos republicanos. Isso explica como o atual governo israelense se apoia nos
republicanos para contrariar Obama e seus acordos com o Irã. O atual presidente
dos EUA deseja cooptar os adversários: Cuba e Irã, por exemplo para ganhar
tempo e paralisar a resistência adversária e, sobretudo retardar a consolidação
do bloco de países dirigidos pela Rússia e China. Os Republicanos acusam Obama
de capitular, nessa tática, e ceder terreno para os adversários. O apoio ao
ISIS por Israel e do proeminente e explícito Senador republicano John MaCcain
tem como estratégia a retomada da escalada belicista no Oriente Médio contra a
Síria, Iraque, Irã, ... Tudo isso faz com que o ISIS seja funcional a tendência
neonazista do imperialismo ianque e sua estratégia por recolonizar o planeta. O
ISIS é um agente duplo, mercenário do imperialismo, particularmente um agente
de Israel e da ala mais belicista do Partido Republicano. A partir do avanço
russo contra o conjunto dos mercenários da CIA na Síria, foi estabelecido um
“armistício” na Guerra Fria intercapitalista. Foi realizada uma suspensão
pactuada e temporária das hostilidades entre os EUA e Rússia. O pacto tácito vale
para o Oriente Médio tanto quanto também na Ucrânia. Está tudo em compasso de
espera na III Guerra, até os EUA decidirem quem vai ser o novo comandante em
chefe do Pentágono. Para a Rússia também interessa ganhar tempo. Putin espera
um alinhamento militar da China, sem a qual não é possível diminuir a
desvantagem militar do bloco eurásico em relação a superioridade bélica do
imperialismo. Nós apoiamos o bombardeio contra o ISIS por forças beligerantes
ou nações adversárias do imperialismo (Iraque, Síria, Rússia, as guerrilhas
curdas, Hezbollah), mas não apoiamos ataques contra o ISIS por parte do imperialismo,
membros da OTAN ou diretamente de uma nação imperialista.
7.2) Temos acordo de princípios a não apoiar ataques do
imperialismo contra qualquer povo ou força beligerante, incluindo o ISIS. Acreditamos que
a ala sionista e republicana do imperialismo apoia o ISIS. Combinado a esta
orientação desta fração do imperialismo, o ISIS também é agora apoiado material
e logisticamente, por Israel, Arábia Saudita, Turquia, Emirados Árabes. O
imperialismo não age de forma homogênea sobre o ISIS. Mesmo assim, a fração que
aparentemente combate o ISIS, seguindo as orientações de Obama age de forma
ambígua. Por isso, o Pentágono pode realizar alguns ataques não fulminantes nem
decisivos contra o ISIS, bem diferente de como agiram contra os Talibans e Bin
Laden, Saddam Hussein ou Kadafi, por exemplo.
7.3) A Rússia e a Síria acabam de derrotar o ISIS na cidade
histórica de Palmira. Não somos derrotistas frente a esse enfrentamento,
tomamos partido ao lado da nação oprimida Síria e do Exército russo contra os
mercenários do imperialismo que barbarizaram a Síria. Mas, não depositamos
qualquer ilusão na estratégia burguesa de Putin, que, por seu caráter de
classe, é incapaz de realizar uma verdadeira luta consequente com o
imperialismo e tende a trair essa luta em favor de um acordo
contrarrevolucionário.
8) Todavia, os sionistas e os gusanos não são as únicas
frações do imperialismo, elas se somam a outras frações autóctones ou que
confluíram principalmente ao partido republicano e que se expressam no trator
Donald Trump, candidato a inaugurar a fase nazista do imperialismo ianque.
Trump é a expressão estadunidense do giro à direita da burguesia imperialista,
que necessita superar o estágio atual da guerra fria, marcada por golpes de
Estado (Honduras, Paraguai, Líbia, Ucrânia), com conflitos pontuais e indiretos
(Síria, Iêmen, Ucrânia) para a disputa aberta do domínio mundial subjugando o
bloco eurásico para estabelecer um padrão de superexploração dos povos capaz de
inaugurar um novo ciclo de acumulação capitalista.