Construir a Greve Geral apoiada nos Comitês Populares
de
cada local de trabalho, estudo e moradia
A geopolítica por trás do Golpe de Estado no Brasil
O Golpe de Estado que está em curso no Brasil vem sendo
posto em prática desde 2013. A onda conservadora que o acompanha não surgiu
espontaneamente nem sequer é autóctone.
A CRISE DE 2008 NOS EUA E EUROPA ABRE ESPAÇO PARA A EXPANSÃO DA INFLUENCIA DOS BRICS
A crise capitalista de 2008 provocou uma retração econômica
dos EUA e União Europeia no mercado mundial. Foi então que um grupo de países
comandados por China e Rússia, os BRICS, do qual o Brasil faz parte, ocuparam
esse espaço. Em 2009, foi realizada a primeira cúpula dos BRICS. Nesse ano, a
China passou a ser o principal exportador e importador de mercadorias para o
Brasil. Desde 1500, o comercio brasileiro foi dominado pela potência
capitalista dominante no planeta da época, Portugal, Inglaterra, EUA.
Em 2015, as economias dos cinco membros dos BRICS somam 20%
do PIB mundial e a troca entre eles corresponde a 250 bilhões de dólares. Nas
relações capitalistas entre os BRICS, predomina a exportação de mercadorias,
sobretudo commodities, sobre a exportação de capitais. As burguesias de China e
Rússia tem pretensões imperialistas, mas ainda não o são. Para os marxistas, o
imperialismo é caracterizado pela exportação de capitais e é a política
expansionista do capital financeiro. Sendo assim, as relações capitalistas
entre os BRICS e deles com os demais países não imperialistas são menos
parasitárias, opressoras e agressivas que as relações imperialistas. Em toda
luta, tomamos sempre o lado oposto ao do imperialismo. Todavia, ainda que
fiquemos em defesa de um país dos BRICS contra o imperialismo e seus agentes, contra a oposição golpista no Brasil ou contra o Estado Islâmico na Síria,
seguimos permanentemente nossa luta pela revolução socialista e o poder dos trabalhadores.
O IMPÉRIO CONTRA-ATACA
Recuperado da fase aguda da crise, graças a miséria
crescente e do achatamento salarial de sua classe trabalhadora, os EUA retomam
a iniciativa no campo geopolítico e tratam de reestabelecer por todos os meios,
principalmente a chantagem econômica, a influência comercial e política
perdida. O Golpe de Estado é a forma mais violenta da retomada dessa influência
quando os governos de turno dos países imperializados não cedem pacificamente
aos interesses imperialistas.
Antes de ser desencadeada no Brasil em 2013, vários Golpes
de Estado foram realizados sob essa estratégia em países menores como Honduras,
Paraguai, Líbia, Ucrânia, Tailândia, cujos governos se aproximaram dos BRICS ou
de governos que lhe são próximos como os bolivarianos. Foram os golpes contra a
periferia dos BRICS.
O golpismo é uma expressão do contra-ataque imperialista.
Estamos vivendo a segunda onda do contra-ataque imperialista, agora contra os
próprios membros dos BRICS, o imperialismo move todos seus peões, guerra
comercial, ataque especulativo, bloqueio econômico, patrocina candidatos
opositores e fustiga a guerra civil. Esse contra-ataque vem encontrando
resistência do bloco de países capitaneado pela Rússia e China e esse
acirramento deu início a uma nova guerra fria, dessa vez, intercapitalista.
Essa guerra fria já possui conflitos de disputa militar indireta, como na
Síria, Ucrânia, Iêmen. O conflito caminha para uma Terceira Guerra Mundial.
A II FASE DO CONTRA-ATAQUE IMPERIALISTA, CORRENDO
CONTRA O TEMPO PARA COMBATER A AMEAÇA DE DESDOLARIZAÇÃO
A principal ameaça dos BRICS ao imperialismo na atual etapa
da guerra fria reside nas questões econômica e monetária. Os BRICS desejam
negociar entre si sem pagar tributo aos EUA de ter que realizar suas transações
comerciais com suas próprias moedas e criaram bancos para fomentar suas
relações e investimentos que deixariam de lado o FMI, o BID e o Banco Mundial,
controlados pelo imperialismo e usados pelo mesmo para controlar as demais
nações. Os EUA lucram com a economia mundial dolarizada porque eles pintam
papel e compram o que desejam. A economia imperialista dos EUA será prejudicada
com a desdolarização das relações econômicas defendida pelos BRICS. Os papéis
pintados perderiam "valor". Não seriam mais aceitos. Os que guardam
dólares iam querer se livrar deles, pois estariam se desvalorizando, o que
inundaria o mercado. Todos os títulos do governo americano também não valeriam
nada. Não haveria como financiar suas compras. O comércio exterior em dólares
evaporaria. O mercado financeiro explodiria. As economia americana, japonesa e
européia estancariam. E portanto também a capacidade do governo dos EUA de
financiar sua máquina de guerra.
Se desmantelaria o lastro artificial imposto pela
superioridade militar desde 71, quando se alçando a condição de adquirindo
"Super Imperialism", de que fala Michael Hudson, os EUA desprezaram o
acordo de Bretton Woods estabelecido com a Inglaterra ao final da II Guerra.
Eis o porquê da luta para impedir moedas alternativas, ou organismos
multilaterais que substituam o FMI, Banco Mundial.
Em abril de 2016, o contra-ataque imperialista ingressou em
sua segunda fase. Honduras, Paraguai, Tailândia, Líbia, Ucrânia, eram periferia
dos BRICS. Agora, o ataque se dirige contra os membros mais frágeis,
inicialmente África do Sul e Brasil. A substituição do padrão dólar pelo ouro
beneficiaria imensamente a Africa do Sul. O imperialismo perdeu uma batalha
pelo impeachment de Zuma, na África do Sul e ganhou outra no Brasil, contra
Dilma, já salivando pela Petrobrás.
O imperialismo se apoia no empresariado e nos banqueiros,
nos partidos da oposição burguesa, ONGs, na grande mídia, e em setores dos governos
e do Estado (polícias e FFAA) que querem dominar. Esses são seus agentes
golpistas.
No Brasil, os golpistas se infiltraram e sequestraram as
manifestações que começaram contra o aumento das passagens dos transportes
coletivos em 2013. Em agosto daquele ano, os EUA enviaram para assumir a
condição de embaixadora no Brasil a Liliana Ayalde, que havia orquestrado o
golpe parlamentar que derrubou Lugo, no Paraguai e fora expulsa da Bolívia
acusada de tentar fazer o mesmo contra Evo Morales. No mês seguinte, o processo
do mensalão contra o PT foi retomado.
Em março de 2014 tem início a primeira fase ostensiva da
operação Lava Jato, voltada a cortar os laços do PT com os setores da burguesia
a ele associados para isolar o partido e criminalizar Lula e o PT. Essa
operação judicial, comandada por um jovem juiz de primeira instância articulado
com a CIA e com o FBI foi montada no Paraná, o Estado da federação melhor
controlado pelo PSDB, principal partido representante dos interesses do
imperialismo desde a queda de Collor no início da década de 1990.
Neste momento, os banqueiros, a FIESP, a Globo, os
principais jornais e revistas da grande mídia, o burguês mais rico do país,
Jorge Paulo Lemann, ... todos passam a apoiar aberta, materialmente e por todos
os meios ao golpe.
A CRISE DE 2008 ROMPEU O “EQUILÍBRIO DAS RELAÇÕES
INTER-ESTADO”
E ABRIU O PERÍODO DE UMA GUERRA FRIA INTERBURGUESA
“Na esfera das relações inter-classes, o rompimento do
equilíbrio assume formas de greves, locautes, luta revolucionária. Na esfera
das relações inter-Estados, o rompimento do equilíbrio significa guerra ou – em
uma forma menos intensa – guerras tarifárias, guerra econômica e bloqueios.”
(Trotsky, A situação mundial, 1921).
A crise de 2008 permitiu a existência de uma nova correlação
de forças na relação entre os Estados. Ainda que esse continue dominando o
planeta, o imperialismo o faz em situação menos favorável, não consegue fazer
com a Síria na segunda década do século XXI o que fez na primeira com o
Afeganistão e o Iraque. Obama já não pode agir de forma tão ostensiva como Bush
e precisa parecer ser menos recorrer ao que alguns analistas vem chamando de
“guerras híbridas” [ 1 ]. A última das intervenções militares diretas das
tropas do imperialismo que resultaram na derrubada de um governante foi na
Líbia. De lá para cá, vem atuando cada vez mais por meio de agentes mercenários
cada vez mais bárbaros (Estado Islâmico), fascistas (Ucrânia), etc.
O golpe de estado de 1964 no Brasil foi impulsionado pelos
EUA como uma medida preventiva, em meio a Guerra Fria EUA X URSS, após o triunfo
da revolução cubana, a primeira revolução social anticapitalista e
anti-imperialista do continente latino americano. Washington temia o contágio
do continente pela revolução cubana e orquestrou golpes de estado e ditaduras
na maioria dos países latino americanos, a começar pelo Brasil.
O Golpe de 2016 no Brasil, com suas semelhanças e diferenças
com os outros golpes realizados na atual década, também faz parte de uma reação
preventiva do imperialismo em meio a atual guerra fria. Influi na forma parlamentar-judicial
e no ritmo gradual que assumiu do Golpe o fato de que os EUA estão passando por
suas eleições presidenciais, momento de troca do comandante em chefe das forças
imperialistas. Não por acaso, predominam nesse momento as iniciativas da Casa Branca
de ganhar tempo no campo diplomático como o reestabelecimento de relações com
Cuba, o acordo de desarmamento do Irã e o cessar fogo na Síria e Ucrânia.
Simultaneamente, os agentes do imperialismo, apoiados por instrumentos da
guerra híbrida como a grande mídia, avançam na América Latina se utilizando do
desgaste político dos governos semi-bonapartistas e populistas para lhes
infringir derrotas eleitorais e parlamentares, como na Argentina, Venezuela,
Bolívia e Peru.
TURQUIA E BRASIL NAÇÕES GEOESTRATÉGICAS
EM LADOS DIFERENTES
NA ATUAL GUERRA FRIA
Temos algo a aprender com a situação turca. Ambos os países
são geoestratégicos na atual guerra fria e o governo de ambos utiliza essa
posição para barganhar uma certa autonomia em relação ao imperialismo. Até
2013, Erdogan apenas se aproveitava do conflito entre o imperialismo e os
BRICS, mas a partir desse anos o imperialismo começou a pressioná-lo com
denúncias de escândalo de corrupção e até apoiou a guerrilha curda (YGP),
supostamente contra o Estado Islâmico na Síria. Então, sem abandonar sua
estratégia de fortalecer a Turquia como uma potência regional, Erdogan se
reaproximou dos EUA e Israel para ao final se converter em seu mais ousado
agente do imperialismo na guerra fria, derrubando um avião russo que combatia o
Estado Islâmico na Síria. A principal diferença entre Brasil e Turquia é o
sinal que o imperialismo põe hoje. Positivo para Erdogan, negativo para Dilma.
Se o atual governo brasileiro é o atual alvo do golpe imperialista porque está
associado aos BRICS, o governo da Turquia é um testa de ferro da OTAN na sua
região.
A fascistização do regime de Ancara nos ensina algo sobre o
futuro do Golpe de Estado no Brasil. Através de eleições burguesas de novembro
de 2015, Erdogan revigorou e legitimou sua escalada fascista e fortaleceu o
terrorismo estatal, inclusive associado ao Estado Islâmico, contra os
trabalhadores na Turquia, e em especial aos curdos. Cerca de 300 pessoas
morreram nos atentados suicidas para-estatais. No conjunto da guerra civil contra
os curdos , nos últimos dez meses, 5.000 foram mortas e 400 mil foram forçadas
a emigrar. Em suas ambições regionais, a monarquia saudita e Erdogan criaram
juntamente com 32 outros países da região um Exército multinacional islâmico
que já reúne 150 mil homens. O plano é reunir 400 mil soldados. Curiosamente
sem a Palestina, a Síria, o Irã, e o Iraque, nações onde não predomina a ala
sunita do islamismo e que se aproximam dos BRICS em seus choques com o
imperialismo.
O GOLPISTAS QUEREM REALIZAR ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS
ANTECIPADAS PARA LEGITIMAR UM GOVERNO MAIS REPRESSIVO
Apesar das diferenças, os golpistas do Brasil tendem a
recorrer a algumas táticas semelhantes as utilizadas pelo regime do AKP. O vice
conspirador de Dilma, pode não reunir forças para assumir ou assumir e não
encontrar forças para impor o programa golpista. Por isso, setores da burguesia
golpista no Brasil e do imperialismo já se preparam para o pós-Temer. Daí a
necessidade de realizar uma nova eleição para legitimar um novo regime repressor,
que imponha o programa dos golpistas de liquidação dos direitos históricos e
recondução do controle completo do país pelo imperialismo.
Desde o "auto-golpe" eleitoral de Erdogan, para
legitimar o recrudescimento da ditadura do capital, até a perseguição aos
direitos dos partidos social democratas de oposição, tudo isso tende a se
repetir no Brasil.
Erdogan sabe que a Turquia ocupa, como muitas vezes na
história, uma função geoestratégica importante na atual guerra fria. Ele se
reforçou internamente nas últimas eleições para ampliar seus poderes, sufocar a
oposição burguesa e a resistência proletária e curda. O sinal amarelo foi
ligado para ele na luta da Praça Taksim, em 2013. Ele temia que a Taksim
copiasse a Praça Tahrir egípcia de 2011, e copiou preventivamente a tática da
ditadura egípcia, que se legitimou eleitoralmente, massacrou a oposição
burguesa para eliminar todos os obstáculos a que seu governo viesse ocupar essa
função na guerra fria.
VENCER A BATALHA DAS RUAS PARA VENCER A LUTA INSTITUCIONAL
Embora tenha se aburguesado nas últimas décadas, o PT continua sendo um
partido bastardo dentre os partidos da burguesia no Brasil. As regras que estabelecem as
relações entre os países nos tempos de paz são distintas das regras da guerra.
Sob o comando do imperialismo, o PT foi isolado dentro da burguesia e a
expressão parlamentar desse bullying antipetista no regime democrático
brasileiro foi o fato de mesmo redistribuindo cargos o governo já não contar
mais com sequer 1/3 dos deputados federais. O que resultou na aprovação do impeachment
por mais de 72% da Câmara dos Deputados.
Essa situação tende a se agravar em um Senado ainda mais elitizado e no mais autocráticos e viciado dos poderes, o
STF. Fracassaram todas as tentativas da cúpula petista de evitar o golpe
através dos métodos burgueses e da colaboração de classes (apoio a lei antiterrorista, a entrega do pré-sal, desmarcação de atos importantes contra o golpe, renúncia a tomar a Av. Paulista dos coxinhas, discurso covarde de Dilma na ONU). A cúpula petista
está perdida porque as regras que valeram em tempos de “pax estadunidense” e
permitiram o pacto social durante uma década de governos federais do PT não
valem mais na atual guerra fria.
O PT confia mais nas negociações palacianas e inter-burguesas que nas forças da população trabalhadora, a quem o PT teme despertar e não conseguir mais controlar. Assim, abusa de sua base social e acredita que pode seguir fazendo isso sem ser punido pela história, já que apesar de todas suas traições, erros, capitulações, a luta contra o golpe se torna mais poderosa a cada dia. Essa covardia burguesa do PT tende a nos conduzir a uma tragédia cada vez mais cara para o nosso lado, o dos trabalhadores. Não há atalho para a luta de classes. Nesse momento, ou esmagamos os golpistas ou seremos esmagados. Não se trata de fazer uma escolha entre a luta de ruas ou "a luta institucional". A luta parlamentar ou judiciária é a luta no terreno da burguesia e onde essa classe e o imperialismo gozam de uma imensa vantagem. Sem renunciar ao inimigo em nenhum terreno, precisamos jogar todos os nossos maiores esforços para vencer a luta real no terreno onde as massas podem participar amplamente com seus métodos de combate, protegendo nossas ocupações, sedes e membros dos ataques da direita, varrendo os fascistas das ruas, organizando a greve em cada local de trabalho contra os golpistas e contra qualquer ataque as nossas conquistas e direitos. Assim, a vitória no "campo do inimigo" será um subproduto na vitória das massas nas ruas. Se o inimigo não capitular no campo institucional, como já fez várias vezes na história, suas resoluções de nada valerão para o povo mobilizado e organizado para impor seus interesses históricos. Nenhum governo se sustentará, nenhuma lei se implementará.
CONSTRUIR A GREVE GERAL APOIADA NOS COMITÊS
POPULARES DE
CADA LOCAL DE TRABALHO, ESTUDO E MORADIA
Em sua reação contra o golpe, a parcela mais organizada da
classe trabalhadora vem protagonizando a maior jornada de lutas contra a
direita de toda a história do Brasil. As manifestações de 2015 e 2016 vem
colocando em movimento setores da vanguarda que estiveram em refluxo durante as
últimas décadas. Isso é muito importante e precisa ser aproveitado pelos
revolucionários, apesar do PT e da CUT terem requentado a Frente Brasil
Popular, criada em 1989 e abandonada em favor de frentes amplas burguesas com o
empresariado, industriais, partidos que são a espinha dorsal da governabilidade
burguesa desde a ditadura militar como o PMDB, para usar o movimento de massas
como instrumento de suas barganhas para pressionar a burguesia golpista a uma
saída negociada dentro dos marcos dos três poderes do Estado capitalista.
Todavia, essa política limitada não é suficiente para deter a marcha da reação.
Tampouco, bravatas de greve geral sem a construção efetiva
da greve geral vão oferecer uma resistência a altura da ofensiva imperialista.
É preciso organizar a classe trabalhadora, a juventude e o conjunto das massas
em cada local de trabalho, estudo e moradia para enfrentar o Golpe criando
unidades de Comitês Populares da frente única antiimperialistas, antigolpistas
e antifascistas.
Esses organismos extraordinários de organização de massas
construirão a confiança das massas em novas direções políticas capazes de levar
a luta contra os ataques da direita e do novo governo golpista até uma
verdadeira greve geral política. Esses comitês, na periferia, sindicatos,
escolas e universidades devem livrar-se da tutela burocrática e oficialista dos
viciados dirigentes da FBP e se basear na mais ampla democracia operária, só
assim, poderão funcionar como instrumentos capazes de lutar para proteger de
ataque aos programas sociais e direitos históricos ameaçados.
Notas
1. Segundo Andrew Korybko, analista político internacional e
jornalista, “as Guerras híbridas, ocorrem quando os EUA combinam juntas suas
estratégias de Revolução Colorida e de Guerra Não Convencional a fim de criar
uma caixa de ferramentas unificada para executar mudanças de regime em estados
alvo. Quando uma tentativa de Revolução Colorida falha, como aconteceu na Síria
em 2011, o plano de substituição é implementar uma Guerra Não Convencional
construída diretamente sobre a infraestrutura social e os métodos organizativos
anteriores.”