Organizar a luta para demolir o truculento
regime apoiado no esquema de corrupção burguês!
regime apoiado no esquema de corrupção burguês!
Publicamos abaixo artigo dos camaradas do Dördüncü Blok (Bloco
da IV Internacional), composto por jovens trabalhadores curdos e turcos. O DB é
uma organização trotskista da Turquia, que relata com toda agudez o agravamento
da situação política em seu pais, nação historicamente estratégica em todos os
conflitos envolvendo o velho mundo (Europa, África, Ásia-OrienteMédio). Não poderia
ser diferente na atual guerra fria, onde o governo de Erdoğan e seu partido, o
AKP, realiza uma verdadeira guerra civil preventiva contra a população
trabalhadora turca e, sobretudo seu setor mais precarizado, o povo oprimido
curdo, para cumprir o papel que a OTAN lhe incube. O aparato estatal vem
realizando atentados terroristas contra a própria população, com a ajuda do
Estado Islâmico, a quem o governo diz combater. O aquecimento do conflito
mundial também vem fazendo com que o governo Erdogan dê um giro qualitativo à
direita adquirindo características semifascistas.
Logo, o enganoso "Processo de Solução" (para os
capitalistas representados pelo governo Erdoğan-AKP) mostrou a que veio. Após
as eleições de 7 de junho, começaram ataques contra o povo curdo, impondo um
chauvinismo turco violento, de agressão brutal. Simultaneamente, tem sido construída
novas delegacias de polícia em todo o país, impondo uma nova legislação e
medidas de segurança para suprimir a maré crescente da oposição, “processo” que
mobiliza não só a força policial e o exército, mas também se apoia nas forças
paramilitares, que começaram a massacrar a onda de revolta do povo curdo.
A crise econômica global do poder capitalista cria a base
para tais matanças. Por um lado, a economia turca encontra-se em expansão e fustiga
uma instabilidade interna com seus limites intransponíveis no campo. Por outro
lado, revela que a política externa realizada por Erdoğan-AKP falhou na Syria.
Isso é a realidade que prova do quão grave é a situação. Os blocos burgueses
rivais e seus partidos se uniram como um só coro da camarilha burguesa,
indicando quão séria é a situação em termos de classe capitalista turca.
A brutalidade generalizada e a violência realizada por
tropas militares do Estado contra as guerrilhas (curdas), também são "experimentados"
na população curda civil, a fim de declarar que o poder do Estado contra os
cidadãos curdos desarmados é absoluto.
As forças armadas construíram um canteiro de obras em
Hakkari, e lançaram os trabalhadores da construção civil no chão, com as mãos
amarradas para trás, e questionando a tenacidade dos trabalhadores, de forma
sarcástica e de maneira humilhante. "O que essa situação tem feito por você?"
foi a pergunta. Depois dos massacres em Cizre, uma família foi obrigada a
ocultar o cadáver sua pequena filha na geladeira porque as tropas armadas não
permitiram a esta família sair de casa sequer para enterrá-la no cemitério.
Um jovem chamado Hacı Bilik foi ferido pelas tropas e os
soldados amarraram seu corpo, gravemente ferido, na parte de trás de um veículo
e arrastaram seu corpo pelas estradas. Depois de matar a guerrilheira Ekin Wan,
as tropas exibiram o corpo dela totalmente nua nas ruas. Toda essa realidade
brutal nos mostra o que e como é a ditadura sangrenta do poder do capital na
Turquia.
Na República Turca, a sangrenta ditadura do capital é muito
poderosa. Nós estávamos protestando contra tal violência, quando os gendarmes
do Estado capitalista e as tropas policiais fizeram explodir corpos de pessoas
desarmadas em pedaços, para evitar que os manifestantes marchassem, quando eles
atacaram com gás lacrimogêneo e balas de verdade com objetivo a
oposição pacífica e reprimiram os protestos em Gezi e no Primeiro de Maio, quando
manifestações, foram bombardeadas em Roboski, com o assassinato de jovens
universitários em Suruç, que se preparavam para viajar e reconstruir a cidade e
sua vida em Kobane.
E nós sabemos quão rico o Estado é e quer certificar-se através
do grande número de atentados nas montanhas e cidades curdas, que seu caixa continuará
escondendo enormes somas de dinheiro desviado com o alto custo das despesas e
gastos no Palácio do Erdoğan.
Agora, esta classe capitalista desprezível, descaradamente,
usando máscaras pacíficas e democráticas nos convida para uma nova proposta. Na
eleição, fomos submetidos a votar novamente “pelo bem do futuro do país, e no seu
poder político”, na esteira dos "novos projetos" que descaradamente tentavam
subornar os eleitores com promessas de "aumento salarial", com a
intenção de iludir as pessoas para que não encarassem a verdade. O que mudou
desde o 07 de junho? Eles não esperam que alguém venha fazer tal pergunta.
Será que ainda devemos nos deixar enganar por essa porcaria,
e ainda fazer filas para votar nesses candidatos que vendem promessas
ilusórias; sobre a burguesia nada se pode construir como futuro melhor para
nós, a classe trabalhadora.
O remédio não está nas eleições: esse círculo vicioso tem
que ser desmantelado!
O que nós precisamos é de uma nova revolta como foi a ocupação do Parque Taksim Gezi, em Istambul, em 2013, que ficou
conhecida como a "Comuna de Taksim ". Mas desta vez a ação não poderá
dirigir-se tão somente contra os liberais privilegiados pelo governo [que desejava demolir um parque para em seu lugar construir um Shopping], nossa
revolta tem que apontar para uma luta de classes bem organizada, onde as massas
devem estar cientes de suas aspirações. O que exige a construção de um partido
revolucionário do proletariado que vai ser o único sujeito para aproveitar o
poder do capital, para derrubar a ditadura sangrenta e para subverter o sistema
burguês estabelecida.
A imposição de tal situação política está dirigida para que os
trabalhadores sejam totalmente explorados nas fábricas e usinas. Massas são
submetidos a concordar com as condições de vida pobres em guetos e favelas. E
se tal ordem social ainda mantém a sua presença, isto não significa que o poder
do capital é invencível. A razão da continuação de uma grande exploração e
destruição tal é o fato de que os trabalhadores não têm uma organização
revolucionária cujo objetivo final é o de quebrar o poder do capitalista. Por
esta razão uma direção revolucionária tem de ser criada para destruir a
sangrenta ditadura do capital.
Agora, este é o momento certo para que possamos construir o
nosso próprio partido, que será a principal organização da revolução
proletária.
Não vamos nos deixar enganar pelas ilusões eleitorais!
Juntemo-nos para
construir um partido revolucionário!
A revolução precisa de um partido revolucionário!
As eleições não são uma solução a solução reside na
revolução proletária!
A liberdade virá com a luta dos trabalhadores!
Erguer um mundo comunista!