e cria mega Acordo Transpacífico
Leon Carlos – Tendencia Militante Bolchevique,
seção argentina do Comitê de Ligação pela IV Internacional
Confirmadas nossas teses, publicadas no Folha do Trabalhador 22, de que a “aproximação” dos EUA com Cuba, tem como fim a reconstrução de um pretenso “panamercanismo” por parte do imperialismo, como uma tentativa par isolar o bloco composto por China, Rússia e Irã no continente americano.
De acordo com a Forbes, a principal revista de negócios e economia dos EUA: “Obama está usando Cuba para combate a crescente influência da Rússia, Irã, e da China na América Latina” (16/04/2015).
Os dois lados da guerra fria confirmaram a caracterização do CLQI. Também o principal órgão difusor das posições do governo russo, o canal RT, ou TV Novosti.
A esta “agenda mais ampla e ambiciosa: que reestabeleça a presença dos EUA na América do Sul” o império contra-ataca através do recente Acordo Transpacífico que buscam fazer o mesmo na bacia do pacífico, mantendo o eixo imperialista EUA + Japón: e reunindo também: Canadá, México, Cingapura, Brunei, Malásia, Austrália, Nova Zelândia, Peru e Chile. Vale destacar que também o ex-Estado operário do Vietnã, agora um país capitalistas, encontra-se mais próximo da órbita imperialista que chinesa hoje. Segundo Obama, o Acordo Transpacífico, que reúne 40% do PIB mundial, é o “acordo comercial de mais alto nível de nossa história”.
A atual ofensiva do imperialismo na America Latina, tendo como eixo as intentonas golpistas na Venezuela, Argentina e em especial o Brasil, estão ligadas a necessidade do imperialismo de "blindar" até onde seja possível o continente da influência sino-russa. Uma vez que, que como afirmamos antes, não pode haver, mesmo um falso "pan-americanismo” sem o Brasil, todas as apostas dos EUA são para recuperar o controle do Brasil, pela capitulação do PT, uma renúncia, ou por um impeachment.
É na luta anti-imperialista e antigolpista que os trabalhadores podem fabricar a verdadeira unidade continental, onde se realizará a luta contra o grande capital de forma consequente e efetiva, pela construção da Federação Socialista das Américas.