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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

PANFLETO UNIFICADO - USP

“Acabou o amor, isso aqui vai virar o inferno!”

Foto da Assembléia e fac-símile do panfleto
"Acabou o amor, isto aqui vai virar um inferno!" distribuído na mesma
Reproduzimos abaixo o panfleto unificado distribuído na assembléia de estudantes da USP na quinta 17 de novembro. A Assembleia foi realizada na FAU e contou com quase 3 mil estudantes. Apesar de todas as manobras do DCE (PSOL) na direção da mesa dos trabalhos, os burocratas estudantis não conseguiram aprovar junto aos estudantes a política de abertura de negociação com o interventor Rodas e a assembléia em quase sua totalidade deliberou pelo adiamento das eleições da diretoria do DCE para 2012 e pela continuidade da greve geral pelo "Fora PM!, Fora Rodas! e fim dos processos contra estudantes e trabalhadores!". Os estudantes decidiram também por realizar um ato público na próxima quinta-feira, 24 de novembro, na Av. Paulista com concentração na Praça Osvaldo Cruz, a partir das 14h.


Comecemos pelo fundamental: APOIAMOS INCONDICIONALMENTE A OCUPAÇÃO DA REITORIA DA USP. Para nós, todos os 73 presos políticos são valorosos companheiros que agiram corretamente, através da ação direta. Rechaçamos as manipulações promovidas pela mídia do capital. Rechaçamos a política da atual diretoria do DCE e de alguns CA’s que condenam a ocupação da reitoria porque só se interessam pela ocupação de cargos e aparatos. Estes que desde o primeiro momento foram contra nossa luta direta, que tramaram para deslegitimar nossas assembléias, não nos representam!

Os setores do movimento que condenaram a ocupação da reitoria (PSOL e PSTU) não têm legitimidade para representar os estudantes. São os delegados eleitos para os comandos de greve que devem organizar as mesas e o movimento em geral. Propomos também que a assembléia aprove uma carta aberta à população, esclarecendo as razões do movimento, que tem como base a construção de uma universidade livre dos ditames do capital.
Polícias e forças armadas têm uma função essencial: resguardar a propriedade privada e o sistema capitalista. Por isso é preciso combater as manipulações midiáticas. Somos contra a PM na USP porque somos contra os aparatos repressivos em qualquer circunstância e local: USP, Alemão, Rocinha, Haiti, Iraque, Afeganistão, Líbia, mundo. A função essencial da polícia é garantir a dominação da burguesia pela coerção material, pela força física, pela violência a serviço da classe dominante e por isto não há militares menos violentos, existem movimentos mais e menos radicalizados, o que pode fazer variar o grau e a forma da repressão.
O tamanho do aparato mobilizado para reprimir a ocupação da reitoria mostra o quanto os estudantes incomodaram a burguesia e seus gestores, que tentaram intimidar o movimento com seus soldados. Não funcionou. Muito pelo contrário. Crescemos.

Rodas é o feitor escolhido para tocar no tapa a privatização da USP. Daí a repressão e os processos que pesam sobre os ombros de estudantes e trabalhadores que resistem. É preciso engrossar o coro de Fora Rodas! Esta é a bandeira dos que defendem que a universidade deixe de ser autoritária e semi-feudal para ser gerida pelos que nela estudam e trabalham, uma universidade a serviço dos trabalhadores e do progresso da humanidade é a garantia de que ela seja plural, gratuita, democrática e autônoma.

A crise mundial do capitalismo sacode o mundo: da Inglaterra ao Chile, dos Estados Unidos à Grécia. No Brasil também se intensificam as lutas: contra Belo Monte, contra os despejos da Copa e outras. É por isso que a mídia burguesa demoniza os estudantes e trabalhadores da USP; eles sabem que o Brasil também vai virar o inferno, e temem que a USP seja o estopim.

Abaixo os processos contra estudantes e trabalhadores da USP!
Fora Rodas! Fora PM da USP, fora PM do mundo!

Espaço Cultural Mané Garrincha - ECMG
Estudantes da Moradia Retomada – USP
Liga Comunista – LC
Núcleo de Ação e Estudos dos Trabalhadores em Educação - NATE