Que o Comando de Greve Comande a Greve!
Reproduzimos abaixo o panfleto unificado distribuído na assembléia geral dos estudantes da USP realizada na Escola Politécnica no dia 23 de novembro
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FORA PM! FORA RODAS! CONTRA A CRIMINALIZAÇÃO DO MOVIMENTO!
A ação direta dos estudantes, a ocupação da FFLCH e em seguida da Reitoria, junto com a Greve Geral massiva são os principais instrumentos de luta do movimento e foi o que deu visibilidade nacional a nossa pauta de reivindicação pelo Fora PM! Fora Rodas! e pelo fim de TODOS os processos e inquéritos contra estudantes e trabalhadores, tanto dos 73 quanto das dezenas de processos administrativos e penais anteriores.Contrário ao que Alckmin e Rodas esperavam, a greve cresce a cada dia, incorporando novos cursos e derrota bravamenteas tentativas de enfraquecer o movimento. Caso dealguns professores e a diretora da FFLCH que interviram na assembleia estudantil para tirar o curso de Letras da greve. Mas a força do movimento reverteu bravamente isso ontem nas assembleias das letras (22/3) com a volta do curso de letras à greve por ampla maioria.
A ESTATUINTE SOBERANA E A ARMADILHA DA DESMOBILIZAÇÃO DA LUTA REAL E DIRETA
Na assembléia geral do dia 17/11, quase três mil estudantes reafirmaram as bandeiras que deram início ao movimento, aspirando ao fim da intervenção tucana, das fundações privadas e dos estatutos herdados da ditadura militar, votaram por uma Estatuinte Soberana. A aspiração dos que não querem a USP submetida ao jugo do capital, dos que desejam a produção do conhecimento liberada para atender ao conjunto da sociedade, principalmente, aos trabalhadores, querem uma Estatuinte Soberana que liquide com toda a estruturasemi-feudal e elitista vigente na USP, o fim do Vestibular, assegurando aos trabalhadores e suas famílias, o controle e o ingresso na mais importante universidade pública do Brasil.No entanto, os mediadores de Rodas podem se utilizar desta aspiração legítima para desmobilizar nossa luta real e direta de agora, como fez Suelly em 2007 através do distracionista e inútil V Congresso da USP. Por isto, acreditamos que não devemos desviar o foco central de nosso movimento hoje da luta pelo fim da repressão, da intervenção tucano burguesa na USP e da criminalização dos lutadores. De fato, todas as promessa falsas de mudanças estatutárias feitas pela casta parasitária e tirana que hoje controla a USP para nos tapear devem ser rechaçadas pelo movimento estudantil identificado com a resistência da população proletária contra a polícia, questionando a estrutura elitista e semi-feudal da USP, enquanto exemplo para outros estudantes e setores da juventude em luta. A consigna da Estatuinte, por si só, não vai resolver nenhum dos nossos problemas, é a força do movimento, a ação direta que pode derrubar Rodas, impor uma Estatuinte, expulsar a PM, retirar os processos etc.
O GOLPE DO DCE COM A “ABERTURA DE NEGOCIAÇÕES” É CONTRA A GREVE E CONTRA O FORA RODAS!
Na assembleia geral de hoje (23/11), é necessário garantir a manutenção da greve e de seus eixos, evitando que a direção do DCE (PSOL) e seus lacaios(PSTU e cia) desviem a nossa luta para uma derrota desmoralizante. Desde o princípio, o DCE é contra e sabota a luta contra a PM no Campus, pelo Fora Rodas e pelo fim dos processos contra estudantes e trabalhadores. Na última assembleia (17/11), o DCE não admitiu que sua proposta de abrir negociações com a Reitoria foi rejeitada por nítido contraste. O DCE mantém esta política desmoralizante mesmo após a fracassada “audiência pública” com Rodas que ignorou o movimento, demonstrando que não tem a menor disposição de diálogo. A única proposta de negociação feita por Rodas até agora não passou da tapeação de criar grupos de trabalho para reavaliar (e não para revogar) o convênio USP-PM e os processos administrativos contra os estudantes e funcionários sob a condição de desocupação da Reitoria: proposta que foi rechaçada por nossas assembleias. Pouco depois Rodas mostrou sua verdadeira disposição em rever o uso da repressão policial contra a comunidade universitária: a maior invasão já sofrida por uma universidade brasileira; um aparato militar com helicópteros, cavalos e mais de400 soldados da tropa de choque para prender73 estudantes. Esta é a negociação de Rodas, esta é a democracia de Alckmin. Mas apesar de Rodas já ter deixado bem claro que não negocia nada e que só que é liquidar a resistência ao projeto privatista tucano, o DCE insiste em forçar goela abaixo da assembléia a “abertura de negociações”.Isso ocorre porque o DCE vem sendo contra nossa luta desde o princípio, desde quando três estudantes foram presos pela polícia e a diretoria do DCE, ao invés de lutar pela liberdade deles, fez um cordão de isolamento contra os manifestantes para assegurar que os três companheiros presos fossem levados para a delegacia. Logo depois, o DCE e PSTU foram contra a ocupação da administração da FFLCH, reunindo-se com representantes da Reitoria às costas dos estudantes. Além disso, PSTU e PSOL sabotaram a assembléia que deliberou a ocupação da reitoria, tratando de deslegitimá-la para isolar a própria ocupação. Dirigentes do PSOL e professores ligados ao PSTU deramdeclarações contra a ocupação da Reitoria à imprensa burguesa, reforçando a campanha da mídia mentirosa de satanização de nossa luta. Por fim, os mesmos partidos foram contra a deflagração da greve, mesmo quando havia 73 companheiros presos. Agora PSOL e PSTU apegam-se à bandeira da Estatuinte, da “abertura de negociações” e de um “plano de segurança” (mais iluminação, podas de árvores, uma "nova" guarda universitária etc). Com isto, eles pretendem fazer uma negociação rebaixada com a Reitoria no abstrato para sair da greve, jogando para de baixo do tapete todos os eixos centrais que impulsionaram o movimento desde o início: "Fora PM! Fim do convênio PM-USP" e "Fim das perseguições políticas! Revogação imediata dos processos contra estudantes e trabalhadores".
QUE A CHAPA COMBATIVA 27 DE OUTUBRO SE ORGANIZE PARA COMBATER AS MANOBRAS DOS AGENTES DE RODAS (PSOL/PSTU)
A chapa combativa formada pelos ocupantes da reitoria, 27 de Outubro, formada por independentes, MNN, LER-QI, PCO, PRAXIS e POR, deve se organizar enquanto setor combativo para derrotar as manobras do setor traidor do movimento (PSOL/PSTU), por meio de reuniões periódicas que discutam as táticas para impedir que os pelegos conciliem com RODAS/PSDB/PM.
Comitê Antiimperialista
Estudantes da Moradia Retomada – USP
Núcleo de Ação e Estudos dos Trabalhadores em Educação - NATE
Espaço Mané Garrincha – ECMG
Liga Comunista - LC