Fora a PM do Campus! Pelo fim da PM!
Panfleto assinado pelo Núcleo de Estudos e Ação dos Trabalhadores em Educação e pela Liga Comunista para assembléia da USP em 07/11/2011
A luta contra a intervenção da PM na USP entra em seu momento decisivo. A ocupação da Reitoria da USP é uma luta legítima, encabeçada por centenas de estudantes de base que ultrapassaram as direções conciliadoras – DCE (PSOL), CAs (PSTU) – que são abertamente contra a heróica ocupação que se realiza neste momento na Reitoria.
A instituição de um contrato para a intervenção permanente da PM na USP nada tem a ver com a preocupação dos órgãos máximos da Universidade com a segurança ou com a vida da Comunidade Universitária. Se assim fosse, o Reitor não pagaria tão mal aos trabalhadores da USP e nem ofereceria serviços tão ruins de iluminação, transporte e moradia dentro da Universidade e, sobretudo, não processaria os lutadores da diretoria do SINTUSP. Por sinal, o contrato Reitoria-PM foi instituído justamente no momento em que se generaliza uma “caça às bruxas”, de perseguição ao Sindicato dos trabalhadores e aos estudantes que lutam.
Não concordamos com aqueles que às vésperas da assembléia decisiva acerca da ocupação da Reitoria já começam a cantar a vitória do movimento sem sequer ter sido posto na mesa de negociação a questão da intervenção policial dentro da Universidade. Acreditamos que as coisas devem ser chamadas pelo seu nome. A ocupação da Reitoria após a ocupação da diretoria da FFLCH foi uma medida extremamente corajosa do movimento estudantil da USP, mas não podemos cantar vitória ainda. Os motivos que deram início à nossa luta – Fim da PM no campus, extinção dos processos e demissões – não foram eliminados e nem sequer postos em discussão ainda.
Exigimos de todos os Sindicatos e organizações de massa, principalmente a ADUSP e o DCE, bem como a CSP-Conlutas, ANEL e as InterSindicas, que se dizem democráticos e defensores do pleno direito de manifestação, e se declaram contrários à repressão policial, que disponibilizem toda a sua estrutura material em favor da ocupação que agora se realiza na Reitoria da USP.Os que se negam a apoiar esta ocupação sob qualquer argumento, estão de fato favorecendo o recrudescimento da repressão contra todas as nossas lutas.
Neste momento é preciso discutir dentro da ocupação estratégias táticas para a ampliação do movimento, incluindo passagens em salas de aula, panfletagens, etc, para que aumente o envolvimento da comunidade universitária com o mesmo.
Não acreditamos que a Universidade deva ser um aquário isolado do mundo. Nos opomos à intervenção policial dentro da USP porque nos opomos à toda repressão, coerção policial do Estado capitalista contra os trabalhadores, como ocorre agora contra os camelôs do centro de São Paulo, a juventude e as minorias oprimidas.