O que perdemos? Por que vencemos?
Raimundo Dias, trabalhador do INSS, membro da FCT e
colaborador do Folha do Trabalhador
Seis anos após a greve de 2009 do INSS, quando a categoria
saiu totalmente desmoralizada em virtude da derrota sofrida, os trabalhadores
da Previdência Social se levantaram novamente em greve por reajuste salarial,
condições dignas de trabalho e contra a política salarial do governo em relação
às aposentadorias.
Esta greve foi diferente das demais em todos os aspectos:
representou a ruptura com o quadro de letargia dos últimos anos, radicalizou-se
pela base, inclusive com a adesão espontânea de gerentes, e aconteceu no
momento em que o governo promove uma grande ofensiva contra os direitos
trabalhistas e previdenciários do conjunto da classe trabalhadora.