Lutar para garantir nossos
empregos, sem renunciar
aos nossos direitos e salários!
Antonio Junior
Metalúrgico da CAF-Brasil (Hortolândia-SP) e vice-presidente
da CIPA
A vaca não só tossiu, ela pegou pneumonia e está com a
garganta em sangue. Dilma atacou direitos, como do seguro desemprego e direitos
previdenciários.
E além disso, a Volkswagen inaugurou um novo modelo de luta
(ou melhor, de resultado de luta), é a derrota na vitória. Ou seja, a
Volkswagen demitiu 800 operários, os operários foram a luta, liderados pela
pelegada da ArtSind do PT. As demissões foram revistas, mas (e isso é um grande
mas), a empresa vai abrir um PDV de 2.500 funcionários, ou seja, a luta da
Volkswagen foi a vitória comemorada pela burocracia ou foi uma vitória parcial
por culpa da burocracia???
Esse acordo na Volks, criou um parâmetro para outros. A GM
de São José dos Campos, base da Conlutas e do PSTU, anunciou 789 demissões, os
trabalhadores foram a luta (igual na Volks) e fizeram uma greve de 6 dias que
terminou com um acordo que estabeleceu um lay-off (demissão temporária sem
perda do vínculo empregatício) para mais de 500 trabalhadores e a estabilidade
no emprego, após o lay-off, de três meses.
Nenhuma direção sindical
desse país, da Articulação Sindical, ao PSTU, é capaz de garantir uma coisa
elementar para a vida de um trabalhador, que é o seu emprego. São acordos que
não garantem empregos, apenas adiam e suavizam as demissões, ou seja, passam
anestesia no pescoço para o peão não sentir o facão, as cabeças vão rolar,
sejam hoje ou amanhã.
Na CAF-Brasil, vai acontecer um dos maiores facões da
história, setores como a nave 7 e nave 6 terão sua produção feitas na matriz no
país basco, ou seja, teremos muitas demissões na filial de Hortolândia.
Precisamos construir a resistência a mais esse ataque.
Existe um ditado que fala que o Brasil só começa a
funcionar, após o carnaval, pois bem, os ataques a classe operária começaram
bem antes.