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domingo, 1 de março de 2015

METALÚRGICOS

Lutar para garantir nossos
empregos, sem renunciar
aos nossos direitos e salários!

Antonio Junior
Metalúrgico da CAF-Brasil (Hortolândia-SP) e vice-presidente da CIPA

A vaca não só tossiu, ela pegou pneumonia e está com a garganta em sangue. Dilma atacou direitos, como do seguro desemprego e direitos previdenciários.

E além disso, a Volkswagen inaugurou um novo modelo de luta (ou melhor, de resultado de luta), é a derrota na vitória. Ou seja, a Volkswagen demitiu 800 operários, os operários foram a luta, liderados pela pelegada da ArtSind do PT. As demissões foram revistas, mas (e isso é um grande mas), a empresa vai abrir um PDV de 2.500 funcionários, ou seja, a luta da Volkswagen foi a vitória comemorada pela burocracia ou foi uma vitória parcial por culpa da burocracia???

Esse acordo na Volks, criou um parâmetro para outros. A GM de São José dos Campos, base da Conlutas e do PSTU, anunciou 789 demissões, os trabalhadores foram a luta (igual na Volks) e fizeram uma greve de 6 dias que terminou com um acordo que estabeleceu um lay-off (demissão temporária sem perda do vínculo empregatício) para mais de 500 trabalhadores e a estabilidade no emprego, após o lay-off, de três meses. 

Nenhuma direção sindical desse país, da Articulação Sindical, ao PSTU, é capaz de garantir uma coisa elementar para a vida de um trabalhador, que é o seu emprego. São acordos que não garantem empregos, apenas adiam e suavizam as demissões, ou seja, passam anestesia no pescoço para o peão não sentir o facão, as cabeças vão rolar, sejam hoje ou amanhã.

Na CAF-Brasil, vai acontecer um dos maiores facões da história, setores como a nave 7 e nave 6 terão sua produção feitas na matriz no país basco, ou seja, teremos muitas demissões na filial de Hortolândia. Precisamos construir a resistência a mais esse ataque.

Existe um ditado que fala que o Brasil só começa a funcionar, após o carnaval, pois bem, os ataques a classe operária começaram bem antes.