Derrotar o golpe de estado made in CIA
e construir uma alternativa revolucionária
operária e camponesa ao governo Lugo
e construir uma alternativa revolucionária
operária e camponesa ao governo Lugo
Exatamente três anos após orquestrar um exitoso golpe de
Estado em Honduras, a administração Obama está por trás de um novo processo
golpista, o atual impeachment relâmpago de Fernando Lugo, executado por uma
frente ampla de partidos oposicionistas com participação ativa do Partido
Colorado e encabeçada pelo vice presidente do Partido Liberal. Assim como em
Honduras, a Casa Branca tratou de reconhecer a legitimidade do golpe ao passo
que trata de maquiar sua posição, reivindicando cretinamente a volta à
estabilidade política do país e o respeito ao devido processo judicial a que
tem direito o presidente.
Apesar de pequeno, o Paraguai é o campeão da concentração de
propriedade privada do planeta. 2% dos proprietários dominam cerca de 80% do
espaço rural destinado à produção agropecuária. Com o fim dos anos 1980 entra
em crise o modelo econômico vigente durante a ditadura Stroessner e por fim a
própria ditadura, que se apoiava na condição de ter convertido o país em um entreposto
de contrabando de mercadorias manufaturadas de segunda linha da grande
indústria mundial, para desenvolver a agricultura de monocultura extensiva de
commodities (soja) e a pecuária. Boa parte desta “nova economia” é de
propriedade dos brasiguaios. Os barões da soja brasileiros posseiros no país
vizinho não passam de comissionistas do grande capital fiananceiro
internacional. Os sojeiros ocupam um quarto de todas as terras agrícolas no
Paraguai e, desde 1995, têm crescido a uma taxa de 320 mil hectares por ano. Os brasiguaios, sojeiros, pecuaristas e o capital bancário que lhes
financia, atuam como atravessadores, comissionistas associados a grandes
corporações imperialistas como a Cargill, Bunge, Calyx Agro e o Banco
estadunidense JP Morgan. O governo Lugo representa esta correlação de forças
que torna o grande capital latifundiário do Brasil um sócio de grande
relevância na drenagem dos recursos naturais paraguaios para o imperialismo.
Todavia, a crise mundial capitalista acentua as disputas
inter-burguesas e a concentração de capitais. O que está em jogo com a destituição
de Lugo, e que tanto apavora neste momento o governo brasileiro que lidera uma missão na UNASUL ao país vizinho para salvar seu pupilo, é a eliminação dos
capitalistas intermediários brasiguaios. O imperialismo estadunidense então age
no sentido de buscar eliminar os intermediários brasileiros do processo de sangria dos recursos naturais paraguaios.
O momento esperado pelo imperialismo e pela oposição
burguesa para desferir o ataque foi o desgaste extremo do governo de frente
popular com suas bases sociais após Lugo cair em uma provocação armada pelo latifúndio,
desferindo a serviço deste último uma violenta repressão aos sem terras
paraguaios na fazenda do milionário Blas Riquelme, ex-senador do Partido
Colorado, onde foram mortos quase duas dezenas de carpeiros (sem terras
paraguaios).
No atual conflito palaciano entre dois bandos burgueses os
revolucionários não podem ficar neutros porque sabem que o que a população paraguaia vem chamando de "golpe parlamentario" pavimenta o
aumento do parasitismo imperialista sobre o país.
Os revolucionários também não defendem o governo burguês de Lugo assentado sob os interesses do latifúndio paraguaio e brasiguaio. Convocamos a população trabalhadora do campo e da cidade a combater o golpismo imperialista sem nutrir nenhuma confiança pelo atual governante frente populista que ordenou o assassinato de quase duas dezenas dos nossos irmãos carpeiros. É preciso aproveitar-se da crise inter-burguesa para organizar a ação direta das massas a fim de derrotar o golpismo da CIA e da oposição burguesa de direita! Construir comitês armados de autodefesa das massas para avançar na luta pela reforma agrária (inclusive contra o latifúndio brasiguaio) e por um autêntico governo operário e camponês!
Os revolucionários também não defendem o governo burguês de Lugo assentado sob os interesses do latifúndio paraguaio e brasiguaio. Convocamos a população trabalhadora do campo e da cidade a combater o golpismo imperialista sem nutrir nenhuma confiança pelo atual governante frente populista que ordenou o assassinato de quase duas dezenas dos nossos irmãos carpeiros. É preciso aproveitar-se da crise inter-burguesa para organizar a ação direta das massas a fim de derrotar o golpismo da CIA e da oposição burguesa de direita! Construir comitês armados de autodefesa das massas para avançar na luta pela reforma agrária (inclusive contra o latifúndio brasiguaio) e por um autêntico governo operário e camponês!