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sábado, 24 de dezembro de 2011

LUTA PELA MORADIA

“Moinho” e “Bel Jardim” recebem "presentes de natal" da especulação imobiliária e de seus governos
do Folha do Trabalhador # 5, dezembro de 2011

Dilma, Alckmin e Kassab , no melhor espírito natalino burguês, “presenteiam” os trabalhadores que moram nas periferias com a destruição de suas casas e incêndios criminosos.

Os moradores da favela do Moinho, no centro de São Paulo, e do bairro Bel Jardim na cidade de Osasco, foram os “premiados da semana” do exército e dos capitalistas interessados na especulação imobiliária para perderem tudo.


Ontem, na favela do moinho, um incêndio iniciado num galpão abandonado deixou 1000 famílias desabrigadas, matou 3 pessoas e deixou 4 gravemente feridas. No bairro do Bel Jardim a tragédia se repetiu, servindo aos mesmos interesses. Na última terça-feira, 20/12, o Exército, arbitraria e violentamente, sem nem mesmo ordem judicial, simplesmente invadiu a comunidade, destruindo muitos barracos com tudo o que havia dentro deles. Até hoje as famílias desabrigadas são intimidadas e oprimidas pelos milicos do 2º Batalhão de Polícia do Exército, que nem mesmo permitem que os moradores limpem ou capinem a área, fazendo com que surjam cobras e aranhas onde crianças moram e brincam.

Longe de ser uma “exceção à regra” ou um “acidente”, acontecimentos como estes fazem parte do dia-a-dia da classe trabalhadora superexplorada, que com sua força de trabalho produz os bens que seu salário não lhe permite consumir e constrói os prédios dos quais não tem condições de pagar o caro aluguel.

Para que a população trabalhadora tenha acesso à moradia, é preciso tomar das mãos da especulação imobiliária todos os prédios, terrenos e casas, que devem ser nossos. Os aparatos repressivos do Estado (exército e polícia) mais uma vez demonstraram a que classe social eles servem, e por isso também devem ser extintos e substituídos pela classe trabalhadora com seus comitês de autodefesa.