O governo de Cristina Kirchner prepara a guerra preventiva contra a classe operária Organizar a contra-ofensiva dos trabalhadores!
A LC reproduz o artigo abaixo do periódico El Bolchevique # 1 da Tendencia Militante Bolchevique da Argentina.
O original encontra-se em: http://tmb1917.blogspot.com/
A LC reproduz o artigo abaixo do periódico El Bolchevique # 1 da Tendencia Militante Bolchevique da Argentina.
O original encontra-se em: http://tmb1917.blogspot.com/
Em um contexto onde o governo “nacional & popular” mantém cinco mil companheiros processados por lutar, mantém incólume a política do “gatilho fácil”, onde militariza os trabalhadores do tráfego aéreo em greve e naturaliza a presença da gendarmería (uma polícia federal argentina militarizada) nas ruas, a mando de Obama, o governo de Cristina Fernández de Kirchner aprovou a lei antiterrorista.
Esta lei incorpora a definição de “delito terrorista” as ações que afetem a orden económica e fiananceira e penaliza “as atividades delituosas com finalidades terroristas” e duplica as penas para os delitos yá estabelecidos no Código Penal contra quem “direta ou indiretamente” financie o terrorismo e atividades afins. Além disto, sustenta que serão considerados como tais alguns dos delitos que sejam “cometidos com a finalidade de aterrorizar a população” ou obrigue o governo nacional ou estrangeiro “a realizar um ato ou abster-se de fazê-lo”. Ou seja, torna-se automáticamente um criminoso aquele que participar de um bloqueio de rua, parar a produção de uma fábrica ou qualquer outro tipo de mobilização que ataque diretamente os lucros patronais ou obrigue o governo nacional ou estrangeiro a recua em uma medida, aquel que fizer isto a partir de agora é um terrorista para o Estado.
O impacto da crise mundial obriga ao Estado capitalista a descarregar o peso desta crise sobre os trabalhadores conduzindo o cristinismo a apoiar-se cada vez mais no aparato repressivo. O fato de que a articulação do consenso social a nivel de massa torna-se cada vez mais difícil pelos ajustes económicas a serem realizados, obriga o cristinismo a mostrar uma cara cada vez mais repressiva.
A “inovação” jurídica é uma medida de recrudescimento da repressão policial do Estado burguês para resguardar a burguesia argentina em uma nova crise econômica que exige o aumento da exploração dos trabajadores o que resultará inevitavelmente no aumento da insatisfação social. Trata-se de uma medida de guerra civil preventiva contra o proletariado e os luchadores sociaies frente a crise capitalista. Segundo nos ensina Trotsky:
“Nossos inimigos de classe têm o costume de queixar-se de nosso terrorismo. Eles gostariam de por o rótulo de terrorismo a todas as ações do proletariado dirigidas contra os interesses do inimigo de classe. Para eles, o método principal de terrorismo é a greve. A ameaça de uma greve, a organização de piquetes de greve, o boicote econômico a um patrão super explorador, o boicote moral a um traidor de nossas próprias filas: tudo isso e muito mais é qualificado de terrorismo. Se por terrorismo se entende qualquer coisa que atemorize o prejudique o inimigo, então a luta de classes não é outra coisa senão terrorismo. E o único que resta considerar é se os políticos burgueses têm o direito de proclamar sua indignação moral acerca do terrorismo proletário, quando todo seu aparato estatal, com suas leis, polícia e exército não é senão um instrumento do terror capitalista.” (Leão Trotsky, Novembro de 1911).
Mais do que nunca a classe trabalhadora não pode se intimidar frente ao recrudecimiento da repressão de Cristina a quem cada vez mais a crise económica obriga a mostrar os dientes para seus eleitores. Os trabalhadores devem reagir lutando pela anulação desta lei e por condições de vida e trabalho dignas através da ação direta, marchas, manifestações, greves com ocupação do local de trabalho e moradia, superando a orientação revisionista dada tanto por todos da izquierda do regime “nac & pop” do maoismo do PL até o pseudo- trotskismo e seu cretinismo parlamentar dos que fazem parte da FIT.
Como afirma uma companheira que nos enviou uma correspondencia: “Não nos dobraremos as continuas traições que sofrem nossa classe com a burocracia sindical e seus aliados rosas, com as repressões e execuçoes de nossos irmãos na América Latina e no mundo. Tam pouco vamos nos corromper diante dos partidos cipaios anti-operários, sanguessugas e escravizadores, não nos reconciliaremos, não nos esqueceremos, nem perdoaremos os que foram genocidas contra o proletariado, nem a todo massacre que sofre a classe trabalhadora, os militantes revolucionários, ativistas e artistas revolucionários que lutamos pelo triunfo da classe operária mundial, seguiremos batalhando dia e noite para que ouçam nosso grito de guerra. Lutamos pela justiça de classe, pela dissolução da policía assassina e seu aparato repressivo. Por comitês de vigilância das organizações operárias! Tribunais operários e populares para julgar até o ultimo militar e assassino de operários de ontem e de hoje!”