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sexta-feira, 15 de julho de 2016

EUA - IMPÉRIO POLICIAL RACISTA

Contra o genocídio negro promovido pelo imperialismo e seu aparato repressivo cibernético!
  
Nos EUA, o Estado policial imperialista assassina três pessoas por dia sem qualquer julgamento ou processo jurídico, em sua maioria negras. Esta violência faz parte da historia dos EUA desde a Lei dos Escravos Fugitivos de 1793, onde as forças policiais caçavam os escravos que tentavam escapar. De lá para cá, sob um rompante democrático, o número de escravos (agora assalariados) caçados, presos e executados só aumentou.

Duas mortes filmadas e viralizadas pela internet de homens negros reacenderam a luta contra o racismo policial. Em Luisiana, Alton Sterling, 37 anos, pai de 5 filhos, vendedor ambulante, foi baleado a sangue frio e sangrou até a morte após ser esmagado por seus dois assassinos policiais entre o para-choque do carro e o asfalto.

48 horas depois, em uma blitz de transito em Minnesota, Philando Castilla foi sumariamente fuzilado diante de sua filha de 4 anos enquanto pegava sua carteira no porta-luvas, dentro de um carro por um policial, enquanto sua mulher que também estava rendida filmava sua execução. Os dois casos reabriram a fratura exposta e nunca cicatrizada do terror de Estado permanente sobre a população pobre e trabalhadora negra dos EUA, bem como do fantasma das violentas lutas contra essa opressão que tiveram capítulos indeléveis nos anos 60, em 1992 em Los Angels e outros cada vez mais freqüentes nos últimos anos que deram origem ao movimento “Black Lives Matter” (“vidas negras importam”).

A recente trajetória de assassinatos e perseguição da população negra dentro dos Estados Unidos teve seu início em 2012 quando o adolescente de 17 anos, Trayvon Martin, foi liquidado pelo guarda “voluntario”, George Zimmerman. Como se não bastasse ter sido assassinado, Trayvon ainda teve que responder pela sua própria morte perante a justice Americana, e Zimmerman foi inocentado. Este caso foi seguido em agosto de 2014 pela morte do jovem de 18 anos, Michael Brown em Ferguson, Missouri. Com 12 tiros o policial branco Darren Wilson, 28, eliminou o jovem desarmado após acusa-lo de roubo quando o jovem e um amigo caminhavam pela rua em pleno meio dia. A sequência de assassinatos não para por aí, um mês antes da morte de Brown, Eric Garner morreu estrangulado em Nova Iorque por policial branco usar a técnica chave de braço para liquida-lo. Esses assassinatos e uma série de outros que os procede ativou protestos da comunidade negra e oprimidos em todo pais e deu origem a movimentos como o “Black Lives Matter.” Desde então, esses protestos foram intensificados principalmente quando grande juries norte-americanos decidiram por inocentar os policiais envolvidos nesses casos.

Como um rastilho de pólvora, isso gerou protestos de costa a costa dos EUA, não só em Minnesota e Luisiana, mas Washington-DC, San Francisco, Los Angels, Oakland, Nova York, Ferguson, Atlanta, Jackson, MS, Baltimore e Dallas.

Em Saint Paul, Minnesota, cerca de 1.000 manifestantes gritando “Não há justiça! Não haverá paz!” bloquearam uma rodovia em frente ao Departamento de Polícia e atacaram a polícia com pedras, garrafas, fogos de artifício, coquetéis molotov e barras de metal. Vinte e um policiais ficaram feridos no confronto que durou horas. Um policial foi atingido na cabeça por um pedaço de concreto de 25 libras atirado de cima de uma ponte. Os manifestantes reagiram contra o genocídio negro com as armas que tem a sua disposição. 102 pessoas foram presas pela polícia.

Os negros oprimidos dos EUA são considerados parte da população que entra na ampla categoria dos “matáveis” por parte do Estado policial. Cada vez mais o Estado imperialista e todos os seus sócios do capitalismo mundial aplicam uma perversa política de redução da população mundial pela via da fome na América Latina, Ásia e África e do assassinato em massas através de guerras e da repressão policial de setores “matáveis” da população trabalhadora mundial.

O USO DE ROBÔS ASSASSINOS PARA REPRESSÃO INTERNA É UMA CONTINUIDADE DO USO DOS DRONES PARA A GUERRA IMPERIALISTA CONTRA OS DEMAIS POVOS OPRIMIDOS

Em Dallas, um ex-soldado negro matou cinco policiais brancos e feriu outros 7, em seguida foi acuado e literalmente explodido por um robô policial do tipo Andros F6A Robot, fabricado pela empresa Northrop Grumman, que faz parte do Complexo Militar Industrial, expandido por Obama e seu uso de drones em escala inédita no Oriente Médio e Ásia. Como extensão dessa política externa, pela primeira vez na história, o Estado imperialista lança mão de uma máquina de matar não humana como instrumento de repressão policial a um conflito civil, algo até então apenas visto em filmes como Robocop, não por acaso, a nova tecnologia repressiva foi testada contra a sua própria classe trabalhadora em luta. Ao total, foram presos mais de 200 manifestantes.

Diante da rebelião popular no coração do monstro imperialista, Obama volta às pressas para os EUA. O comandante em chefe dos EUA estava em uma reunião da OTAN na Polônia onde discutiam como deter a integração dos países eurasiáticos através do cerco militar a Rússia, um movimento preparatório da 3ª Guerra Mundial.

O presidente negro imediatamente tratou de apelar para reconciliação nacional e tentar afastar os fantasmas das experiências de lutas do passado. A mídia imperialista também tratou de demonizar os protestos e justificar uma onda macarthista de repressão contra seus organizadores. David Brown, negro, chefe de polícia da cidade, citou ao cantor Stevie Wonder, «I’ll be loving you always» (“Eu estarei te amando sempre”). Todo esse desesperado espetáculo de apelo sentimental e demagógico realizado pelo Estado policial, que agora se arma com robôs para assassinar seus escravos, só pode causar náusea e mais indignação aos trabalhadores negros que levantam para não seguir sendo “mortos sempre”.

Mais do que nunca é necessário unificar nossa classe, brancos, negros, índios, asiáticos, latinos e imigrantes contra o Estado policial. Ao mesmo tempo em que devemos separar o nosso lado do lado inimigo, excluir os policiais de nossos sindicatos e centrais sindicais. 

Lutamos pela autodefesa negra, como defenderam os Panteras Negras em sua luta contra o Estado policial e por isso lutamos contra o desarmamento da população civil defendido por Obama, enquanto o Estado policial se arma ciberneticamente para nos esmagar. Defendemos a construção de um partido revolucionário sobre a base do proletariado multirracial de toda América do Norte.