TRADUTOR

quarta-feira, 14 de maio de 2014

PROFESSORES - SÃO PAULO

Unificar as lutas!
Greve geral!

Mais de 10 mil trabalhadores em educação responderam com um sonoro NÃO a migalha de Haddad (PT) e deliberaram pela continuidade da greve que entrou em sua terceira semana por melhores condições de ensino e aumento real de salários diante da escalada da inflação.

Foi muito bonito ver aquela multidão tomando a paulista desde o MASP até a Consolação. Na quinta seremos maiores e mais decididos a lutar por nossas reivindicações que se somarão ao coro dos trabalhadores da educação e do transporte que estão em greve no Rio de Janeiro, aos trabalhadores da USP (cuja greve tá indicada para o dia 21), a luta dos sem teto contra os despejos, do conjunto dos movimentos populares contra a repressão policial e pelo direito de manifestação. Na sexta, dia 16, teremos ao nosso lado nossos irmãos de profissão, os professores do Estado de São Paulo que devem entrar em greve contra Alckmin (PSDB), passando por cima da burocracia pelega da Apeoesp que acaba de se reeleger apoiada em uma grande fraude eleitoral.

Boletim do MUOC distribuído na
Assebléia do Sinpeem do dia 13/05/2014
Nossa classe está dando um passo adiante sobre o acúmulo das lutas, experiências e lições dos últimos anos, inclusive sobre a onda de greves de 2012 e das jornadas de lutas de 2013, são os setores organizados da classe trabalhadora quem em 2014 vem protagonizando lutas de massas, colocando as burocracias sindicais contra a parede ou já abertamente passando por cima delas. Mas a luta espontânea ou sindical, pura e simplesmente não é suficiente para o atendimento de nossos objetivos, é preciso coordenar e unificar o conjunto das lutas, dotando-as simultaneamente com um programa político de classe, revolucionário, construindo a greve geral e apresentando uma saída dos trabalhadores contra a oposição burguesa (PSDB, DEM, PSDB, Rede, PSOL) e que supere as ilusões nos governos do PT, uma oposição operária e revolucionária.

No Sinpeem, não nos esquecemos da traição de 2012, quando Claudio Fonseca e Cia saiu escoltado pela tropa de choque após tratorar a decisão da assembleia com a ajuda do que hoje é a chapa 2, não nos esquecemos da greve derrotada, sem vitórias, de 2013. Apesar do caos na educação, as burocracias sindicais tanto no Sinpeem quanto na Apoesp vem usando de todos os golpes e truques para evitar a greve na educação e, sobretudo, a unificação das greves, perigosíssima para os governos com quem essas burocracias pelegas conciliam. Não vamos deixar que estes golpes se perpetuem mais uma vez, precisamos derrotá-las como fizeram os garis e agora fazem os condutores no Rio de Janeiro para levar a nossa luta até a vitória!

Neste sentido fazemos um chamado aos educadores a se unirem em torno da construção desta GREVE POR TEMPO INDETERMINADO até a vitória, para derrotar a enrrolação de Haddad e arrancar todas nossa reivindicações, pela construção da greve geral com as outras categorias e pela construção simultânea da OPOSIÇÃO DE VERDADE - chapa 6, nas eleições do Sinpeem, impulsionada pelo Movimento Unificado de Oposição Classista (Corrente Comunista Revolucionária, Liga Comunista, Partido da Causa Operária).

- Salário Igual para Trabalho Igual. Não ao fim da isonomia salarial. Abaixo a política de bônus, reajustes diferenciados etc.;
- Piso salarial que atenda às necessidades do professor e de sua família:
- Autonomia escolar: educacional, política e administrativa. Colocar as escolas sob o controle da comunidade escolar (educadores, pais e alunos);
- Contra os pseudos projetos pedagógicos e avaliações governamentais;
- Reabertura de todas as escolas e salas de aulas fechadas;
- Fim das terceirizações e parcerias com ONGS-PPPs;
- Não ao golpe das escolas de tempo integral em parceria com grupos capitalistas;
- Por melhores condições de trabalho e fim do assédio moral;
- Não ao “big brother” do SGP;
- Não às avaliações de desempenho;
- Por uma escola do século XXI: escolas equipadas com tudo o que está ao alcance da sociedade para garantir uma educação de qualidade;
- Pelo fim das polícias!
- Redução para 15 alunos por sala no Fundamental I e 20 no Fundamental II;
- Pelo fim dos processos de perseguição política-jurídica da burocracia traidora do Sinpeem e governos Kassab/Haddad contra os companheiros Professores Adriano Gomes (EMEF cordeiro - Dre São Miguel) e o Professor de Historia e Geografia Ildefonso Hipólito Penteado (EMEF Mailson Delane – Dre. Guianazes), e pela recontratação imediata e incondicional de Ildefonso!
- Greve geral!
- Pela luta revolucionária e socialista dos trabalhadores!