oposição de direita e seus satélites oportunistas!
Construir uma oposição operária e
revolucionária ao governo Dilma!
Humberto Rodrigues
A crise capitalista que teve como epicentro os EUA e Europa
abriu uma nova situação mundial. Por um lado, a recessão nas metrópoles cedeu
espaço para a projeção comercial da China e Rússia, duas economias capitalistas
cujas tarefas nacionais burguesas foram resolvidas por revoluções sociais e
implantação de ditaduras proletárias. Dispondo de gigantes recursos energéticos
e humanos, as burguesias destes dois países avançam sobre o recuo econômico dos
EUA e UE, atingidos pela recessão e aspiram converter-se em potências
imperialistas. Por outro lado, o imperialismo reage a expansão comercial do
bloco Eurásico, manipulando o descontentamento popular sem direção
revolucionária contra os efeitos da crise capitalista para golpear governos
semicoloniais e expandir seu parasitismo valendo-se da “primavera árabe” e de
golpes de Estado como na Líbia, Paraguai, e Ucrânia, cujos governos estreitavam
suas relações comerciais com China e Rússia.
O Brasil já é, desde 2011, o maior parceiro comercial da
China, que desbancou os EUA como principal comprador e vendedor para o Brasil.
Para a Inglaterra, nossa segunda metrópole colonizadora depois de Portugal, e
para os EUA, nossa terceira, isto não pode continuar assim, é preciso
reconquistar o Brasil, que mantém seus mais fortes vínculos financeiros com
seus amos do norte, mas se “descarrilhou” comercialmente. Agora, que as
economias imperialistas esboçam uma frágil recuperação, “o Brasil precisa fazer
a sua parte”, senão os amos do norte trocam a fantoche de plantão por outro mais
conveniente às suas necessidades.
No Brasil, a oposição burguesa PSDB, DEM, PSB, SDD, PSOL,
apoiados por setores da base governista, explora a crise da Petrobrás,
fustigada pela capitulação dos governos do PT ao próprio imperialismo, para
tensionar Dilma com uma CPI no Congresso Nacional. Nas ruas, a oposição
burguesa revela-se muito esquálida ainda, haja vista as manifestações pela
volta da ditadura militar, mas todas os protestos contra o governo (Copa,
corrupção, Petrobrás) desprovidos de um programa de uma clara estrategia
antiimperialista e proletária são passíveis de manipulação pela mídia
pró-imperialista, pela oposição burguesa para desgaste do governo petista, como por seus satélites oportunistas, Rede, PSOL, PSTU, etc.
A população trabalhadora não goza do luxo de poder abrir mão
da defesa instransigente de suas condições de vida, da luta contra os despejos
da Copa, contra a repressão policial, pelas mínimas demandas imediatas. E os
revolucionários não podem se furtar de disputar sua consciência contra a reação
golpista, precisam recrutá-la não apenas no calor de cada batalha, mas
sobretudo na organização política da luta nos locais de trabalho, estudo e
moradia. Neste processo de frente única, os revolucionários devem demonstrar as massas que hoje votam no PT, sobretudo pela certeza de que com a volta da oposição burguesa tudo piorará, de que é possível impulsionar uma alternativa para além do PT e do lulismo a partir de suas próprias forças.
Assim, é preciso combinar a luta antiimperialista com a luta pela independencia de classe dos trabalhadores, é preciso construir uma alternativa operária e revolucionária diante da disputa interburguesa que se desenvolve em âmbito nacional e internacional, esta alternativa tem como núcleo o partido operário marxista e revolucionário, como parte da construção de um Partido Mundial da Revolução Socialista, tarefa que nós da Liga Comunista realizamos através do Comitê de Ligação pela reconstrução da IV Internacional, CLQI.
Assim, é preciso combinar a luta antiimperialista com a luta pela independencia de classe dos trabalhadores, é preciso construir uma alternativa operária e revolucionária diante da disputa interburguesa que se desenvolve em âmbito nacional e internacional, esta alternativa tem como núcleo o partido operário marxista e revolucionário, como parte da construção de um Partido Mundial da Revolução Socialista, tarefa que nós da Liga Comunista realizamos através do Comitê de Ligação pela reconstrução da IV Internacional, CLQI.