TODOS AO ATO DO DIA 22/02 NA PRAÇA DA REPÚBLICA!
Construir uma greve de verdade pela efetivação plena
de todos os professores, redução da jornada, reajuste salarial e contra o arrocho de Alckmin e a inflação maquiada de Dilma!
do Folha do Trabalhador # 20
Segundo
a Secretaria de Educação Estadual (S.E.E.), fazem parte da rede estadual
aproximadamente quatro milhões de alunos e 230 mil professores, que, a grosso
modo, dá uma média de 17 alunos por professor. Mas, as salas são superlotadas
com mais de 35 alunos, ou seja, o dobro do que seria possível se o governo
seguisse uma matemática mais sadia para nós e para os alunos.
Todos
sabemos que sobram alunos e faltam professores. No entanto, o Estado faz de
tudo para parecer o contrário: que sobram professores e faltam vagas de
trabalho nas escolas. Mas a realidade desmente o Estado nas atribuições
semanais ou quando o governo abre as contratações emergenciais após o início do
ano letivo.
Mesmo
assim, em seu manejo burocrático, a S.E.E. superlota as salas de aulas, impõe
uma alta rotatividade nas escolas impedindo a manutenção do vínculo do docente
com seu local de trabalho, divide-nos em inúmeras categorias (efetivos,
licenciatura plena, bacharéis, F, O, alunos, do último semestre, alunos de
todos os anos, desta diretoria, da outra diretoria, etc., etc, etc.),
submete-nos a provinhas externas, para aprofundar a divisão (entre aprovados ou
reprovados, por pontuação e classificação) e acentuar seu assedio moral; demite e ainda põe de quarentena sem poder
pegar novas aulas por 200 dias e até 5 anos a dezenas de milhares de
professores de contrato temporário; joga professor contra professor na disputa
das poucas vagas ofertadas nas atribuições,... tudo isto para nos desvalorizar
e assim nos pressionar a trabalhar mais tempo por um menor salário.
Toda
esta pressão tem conseguido impor a absurda situação da precariedade extremada
dos professores categoria “O”, sem direito a assistência médica pelo IAMPSE, só
podendo dispor de 2 abonadas durante todos os 200 dias de contrato, sendo
submetidos a demissões em massa no final do ano.
Esta
política alimenta um ciclo caótico onde os baixos salários e a decadência das
condições de trabalho provocam a evasão do docente que deteriora ainda mais o
ensino e conduz à evasão dos alunos da escola.
CNTE
E APEOESP FINGEM QUE SÃO ENGANADAS PELOS
GOVERNOS BURGUESES E FAZEM “PARALISAÇÕES” DE MENTIRINHA
A ultra-personalista presidenta da Apeoesp, Bebel, enviou uma carta para os filiados para se passar mais uma vez de “enganada” pela S.E.E. que teria se recusado a cumprir “compromissos de discutir” sobre a jornada do piso, o reajuste salarial e o plano de carreira. Em seu teatrinho Bebel descobre finalmente que “a única ação possível, necessária, neste momento é a greve”, instrumento maior da categoria que a diretoria (PT, PCdoB, PSTU, PSOL) tem sabotado desde sempre.
A
direção da CNTE - braço dos governos federal e estaduais do PT que não cumprem
nem o piso salarial estipulado pelo próprio MEC - convocou uma “greve nacional”
para os dias 23 a 25 de abril. Lamentavelmente tudo indica que os pelegos
pensam em realizar a mesma palhaçada de 2012 apenas para descomprimir a pressão
das bases. Necessitamos de uma greve nacional de verdade, com toda a estrutura
do sindicato realizando divulgação em toda a mídia, disponibilizando transporte
necessários para trazerem os professores de todas as partes do estado e
marcando desde março uma grande Assembléia de início de greve.