Uma operação da OTAN contra os BRICS, para perseguir os inimigos e manter sob achaque os aliados
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Na web do jornal alemão Süddeutsche Zeitung
que “revelou” o escândalo, ainda que Putin não conste
na lista, a sua imagem figura como central
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A operação “Panamá Paperes” é a mais recente arma de
propaganda e ataque jurídico policial e econômico da guerra fria
intercapitalista da OTAN contra os BRICS.
Assim como a corrupção faz parte do
capitalismo, os paraísos fiscais fazem parte do mercado mundial. Mas, de súbito
foi "revelado" com grande alarde pela grande mídia mundial a
existência de uma fábrica de empresas offshores para sonegação fiscal montado
pela panamenha “Mossack Fonseca”.
O escândalo foi imediatamente apelidado de
“Panama – Papers”. Por trás dele está uma operação da CIA cujo objetivo central
é envolver o presidente russo Putin, a alta cúpula dos governos chinês,
iraniano e sírio e seus aliados em lavagem de dinheiro e operações de evasão
fiscal.
Para disfarçar que o foco da operação é o bloco Eurásico,
foi revelado também a participação de presidentes, como Macri, políticos, ricos
e famosos, como o juiz Joaquim Barbosa ou o jogador Messi.
Todo Estado burguês é um comitê gestor dos negócios
capitalistas, lícitos e ilícios. A corrupção de funcionários do Estado por
corruptores capitalistas é, portanto, endêmica ao capitalismo. Mas, quando
querem atacar seus rivais de classe os grupos burgueses beligerantes elegem a
corrupção alheia como o grande mal da sociedade. A política expansionista do
capital financeiro que corrompe, derruba ou invade países mundo afora, assim
como a sangria impiedosa de recursos para as metrópoles do grande capital é a
regra do imperialismo. Existem dezenas ou centenas de paraísos fiscais no
planeta, em forma de ilhas artificiais, pequenos protetorados do imperialismo
como Andorra, Antilhas Holandesas, Aruba, Bahamas, Ilhas Bermudas, Ilhas
Cayman, Costa Rica, Hong Kong, Macau, Ilha da Madeira, Ilhas Marshall, Ilhas
Maurício, Mônaco, Tonga, Ilhas Virgens Americanas, Ilhas Virgens Britânicas,
assim como o Panamá. Mas, paradoxalmente, a operação da inteligência imperial
dos EUA “revelou” que o principal pilar da sonegação de impostos aos cofres
públicos planetários é realizado pela Mossack Fonseca no Panamá.