de um camarada e ativista da greve do INSS
Raimundo Dias, trabalhador do INSS, simpatizante da FCT e colaborador
do Folha do Trabalhador.
Saúdo os camaradas da FCT por ocasião de seu 1º Congresso,
por ser um marco político na luta pela construção de um verdadeiro partido
revolucionário da classe trabalhadora.
A atual conjuntura
demonstra que por maior que seja a disposição de luta dos trabalhadores, está
não será suficiente para arrancar conquistas significativas dos patrões se suas
reivindicações estiverem limitadas à uma pauta meramente econômica. Tal fato
pode ser facilmente constatado com a greve das diversas categorias do funcionalismo
público federal, inclusive do INSS, categoria a qual faço parte, onde toda
disposição de luta e ações cada vez mais radicalizadas (por exemplo, ocupações
de quase todas superintendências do INSS) não apresentou qualquer avanço nas
negociações, muito pelo contrário.
Apesar de o Governo ter fechado um acordo ultra rebaixado
com diversas categorias, onde previa uma recomposição salarial de 10,8% em dois
anos, quando os índices oficiais, sabidamente manipulados, já bateu os 7%
apenas em 2016, voltou atrás e anunciou o adiamento do reajuste para agosto de
2016, no bojo de um conjunte medidas de austeridades cujo único destinatário
será o conjunto da classe trabalhadora, numa clara demonstração de quem o
governo do PT escolheu para pagar a conta da crise.
Por isto, mais do que nunca é necessário a construção de uma
verdadeira organização política da classe operária, que não só organize suas
lutas, mas que objetive munir os trabalhadores ideologicamente de um programa
que una a luta econômica à luta contra o capital, contra o imperialismo e pelo
socialismo. Esta Organização deve ser uma alternativa às atuais direções
pequeno burguesas, como Psol/PSTU, que no campo sindical limitam a luta a uma
pauta econômica, na política nacional fazem frente com a direita reacionária
contra o governo do PT e no campo internacional fazem frente com o imperialismo
na luta contra as nações que com ele se enfrenta, como é o caso da Líbia e
Síria. Desta forma, criam confusão no proletariado de quem são seus verdadeiros
aliados e encaminham a inevitáveis derrotas.
Portanto, a luta pela construção do partido revolucionário é
uma luta viva e cada vez mais urgente, o que demonstra a justeza da iniciativa
de vossa organização.