Marina, a melhor candidata do
imperialismo para enganar o povo
imperialismo para enganar o povo
O PT propicia lucros crescentes para as coorporações
imperialistas, mas não é “o queridinho da América” hoje. Se no pré-crise de
2008, Lula era “o cara” para Obama, depois da crise, quando, no tocante às
relações mercantis, o Governo Dilma trocou os EUA em recessão pela locomotiva
chinesa como principal parceiro comercial, os EUA passaram a planificar como
trocar Dilma.
O substituto imediato seria da tradicional oposição burguesa
de direita, do PSDB, que nestas eleições sinaliza abertamente que se lhe
devolverem a presidência partirá para o ataque às condições de vida da
população trabalhadora, ampliará a privatização da Petrobrás, elevará o preço
do petróleo, cumprirá tudo que mandam os amos do norte. O quadro econômico da
campanha de Aécio, Armínio Fraga (ligado ao mega especulador George Soros)
defende o arrocho salarial e a redução dos gastos públicos.
Mas justamente por temer que um governo do PSDB liquide suas
condições de vida, as massas seguem votando no PT contra um tucanato cada vez
mais exaurido.
Na impossibilidade de vencer com a candidatura tradicional
da direita, o imperialismo tenta criar uma alternativa ao PT a partir de
rupturas do bloco governista que adotassem seu programa. Já nas eleições
estaduais de 2012, vimos o crescimento espetacular do PSB, como alternativa das
oligarquias nordestinas ao PT, crescimento que desembocou na candidatura
Eduardo Campos em 2014, apoiado por setores do PSDB e do DEM. Mas, Eduardo era
um ilustre desconhecido do grande público, ao contrário de Marina que havia
sido turbinada nas eleições de 2010 depois de se apresentar como continuadora
da política econômica de FHC, mas se apresentando como uma alternativa burguesa
pós-moderna “de superação da velha política”. O PSB era um partido fortalecido,
mas sem candidato e Marina era uma candidata fortalecida, mas sem partido.
Nesse quadro, para o imperialismo, Eduardo Campos, como candidato
a presidente desprovido de um ativo eleitoral como o de Marina, era um
obstáculo aos interesses do imperialismo para trocar Dilma. Agora, explodido
Eduardo Campos, candidato a presidente pelo PSB, ficou o caminho livre para que
a candidatura out sider da eco-imperialista
Marina Silva, o Collor de 2014, ascendesse como a melhor via para quem sabe
através de uma fraude eleitoral, derrotar Dilma e impor um governo que
reestabelecesse o domínio completo do Brasil pelos EUA, rompendo os contratos e
os acordos recém estabelecidos entre o Brasil e as potências burguesas
ascendentes da China e Rússia. Diferente de 2002, quando Lula precisou fazer a
“Carta aos Brasileiros” para se mostrar confiável, agora o imperialismo aposta
em uma candidatura que rompa os acordos do Brasil com os rivais da Eurásia.
A principal revista do capital financeiro mundial faz
campanha pela ecoimperialista: “Em 2010, Silva abalou o Brasil com sua
candidatura presidencial, e em particular seu uso inteligente das redes sociais.
Isso fez com que ela partisse do nada para chegar no terceiro lugar, com 20
milhões de votos. Seu idealismo e probidade funcionam bem com eleitores jovens
e urbanos, cansados da política de sempre.” (The Economist, Trágico agosto,
incerto Outubro, 16/08/2014).
A candidatura Marina é a melhor candidata que o imperialismo
dispõe hoje. Por isso, é preciso ter em mente que Marina e Aécio são os
inimigos principais e realizar um duro combate de desmascaramento desta
alternativa reacionária ao governo Dilma, chamando uma frente única
antiimperialista contra a fraude eleitoral, a mídia imperialista, o golpismo e
seus aliados do PSOL e PSTU, enquanto simultaneamente construímos uma oposição
operária e revolucionária ao governo burguês do PT, como a melhor forma de
fazer retroceder a direitização.
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