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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

ELEIÇÕES NACIONAIS – 2014

Marina, a melhor candidata do
imperialismo para enganar o povo

O PT propicia lucros crescentes para as coorporações imperialistas, mas não é “o queridinho da América” hoje. Se no pré-crise de 2008, Lula era “o cara” para Obama, depois da crise, quando, no tocante às relações mercantis, o Governo Dilma trocou os EUA em recessão pela locomotiva chinesa como principal parceiro comercial, os EUA passaram a planificar como trocar Dilma.

O substituto imediato seria da tradicional oposição burguesa de direita, do PSDB, que nestas eleições sinaliza abertamente que se lhe devolverem a presidência partirá para o ataque às condições de vida da população trabalhadora, ampliará a privatização da Petrobrás, elevará o preço do petróleo, cumprirá tudo que mandam os amos do norte. O quadro econômico da campanha de Aécio, Armínio Fraga (ligado ao mega especulador George Soros) defende o arrocho salarial e a redução dos gastos públicos.

Mas justamente por temer que um governo do PSDB liquide suas condições de vida, as massas seguem votando no PT contra um tucanato cada vez mais exaurido.

Na impossibilidade de vencer com a candidatura tradicional da direita, o imperialismo tenta criar uma alternativa ao PT a partir de rupturas do bloco governista que adotassem seu programa. Já nas eleições estaduais de 2012, vimos o crescimento espetacular do PSB, como alternativa das oligarquias nordestinas ao PT, crescimento que desembocou na candidatura Eduardo Campos em 2014, apoiado por setores do PSDB e do DEM. Mas, Eduardo era um ilustre desconhecido do grande público, ao contrário de Marina que havia sido turbinada nas eleições de 2010 depois de se apresentar como continuadora da política econômica de FHC, mas se apresentando como uma alternativa burguesa pós-moderna “de superação da velha política”. O PSB era um partido fortalecido, mas sem candidato e Marina era uma candidata fortalecida, mas sem partido.

Nesse quadro, para o imperialismo, Eduardo Campos, como candidato a presidente desprovido de um ativo eleitoral como o de Marina, era um obstáculo aos interesses do imperialismo para trocar Dilma. Agora, explodido Eduardo Campos, candidato a presidente pelo PSB, ficou o caminho livre para que a candidatura out sider da eco-imperialista Marina Silva, o Collor de 2014, ascendesse como a melhor via para quem sabe através de uma fraude eleitoral, derrotar Dilma e impor um governo que reestabelecesse o domínio completo do Brasil pelos EUA, rompendo os contratos e os acordos recém estabelecidos entre o Brasil e as potências burguesas ascendentes da China e Rússia. Diferente de 2002, quando Lula precisou fazer a “Carta aos Brasileiros” para se mostrar confiável, agora o imperialismo aposta em uma candidatura que rompa os acordos do Brasil com os rivais da Eurásia.

A principal revista do capital financeiro mundial faz campanha pela ecoimperialista: “Em 2010, Silva abalou o Brasil com sua candidatura presidencial, e em particular seu uso inteligente das redes sociais. Isso fez com que ela partisse do nada para chegar no terceiro lugar, com 20 milhões de votos. Seu idealismo e probidade funcionam bem com eleitores jovens e urbanos, cansados da política de sempre.” (The Economist, Trágico agosto, incerto Outubro, 16/08/2014).

A candidatura Marina é a melhor candidata que o imperialismo dispõe hoje. Por isso, é preciso ter em mente que Marina e Aécio são os inimigos principais e realizar um duro combate de desmascaramento desta alternativa reacionária ao governo Dilma, chamando uma frente única antiimperialista contra a fraude eleitoral, a mídia imperialista, o golpismo e seus aliados do PSOL e PSTU, enquanto simultaneamente construímos uma oposição operária e revolucionária ao governo burguês do PT, como a melhor forma de fazer retroceder a direitização.

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