para derrotar Alckmin, superando
as conciliadoras direções
sindicais da CUT e cia.
Os professores paulistas entraram em sua segunda semana de
greve, indignados com às bárbaras condições de trabalho a que estão submetidos
pelo governo tucano. A novidade em relação aos anos anteriores é a força da
manifestação, a massiva presença de professores novos e o apoio dos estudantes,
apesar da diretoria da Apeoesp (PT, PSTU, PCdoB, PSOL) se recusar a percorrer
as escolas para mobilizar a categoria, dos Conselheiros boicotarem as assembléias
e de muitos furarem a greve.
A defasagem salarial supera os 100% e os professores
aprovaram em assembléia lutar pela reposição de 36,74%. Mas a direção da
Apeoesp - interessada mais no desgaste eleitoral do PSDB em favor do igualmente
burguês e neoliberal PT para 2014, do que na vitória dos professores - espera
conseguir que a categoria engula um “reajuste” (cala-boca) de 5% acima dos
falaciosos 8% (R$ 0,20 centavos) de esmola oferecidos pelo Estado. Mas a
burocracia não encontra ainda terreno para o acordo rebaixado porque o
movimento segue em tendência crescente, com a entrada em cena dos servidores da
saúde que deliberaram em sua assembléia do dia 19 de abril entrar em greve a
partir de primeiro de maio.
Os ativistas da Liga Comunista nos professores e servidores
da saúde lutam pela construção da greve unificada por tempo indeterminado com
atos na Av. Paulista, com assembléias intersindicais para derrotar a
privatização e conquistar a gerência das verbas e da política no ensino e na
saúde pelos próprios trabalhadores e usuários, pela efetivação dos
precarizados, garantindo plenos direitos aos terceirizados, categorias F e O,
redução da jornada de trabalho, reposição de todas as perdas e salário digno.
Para isso, é preciso construir fortes comandos de greve e núcleos de
trabalhadores classistas nos locais de trabalho que disputem a consciência das
bases a fim de que estas passem por cima da orientação derrotista de suas
direções e conquistem a vitória da greve.