Calendário de atividades do Comitê contra a intervenção imperialista na Líbia
Contato: E-mail: comiteantiimperialista@yahoo.com.br
Blog: http://comiteantiimperialista.blogspot.com
Twitter: @Antiimp_Libia
Facebook: Comitê Antiimperialismo Na Líbia
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21/05, 17h, ECLA, Espaço Cultural Latino Americano
Rua Abolição, 244, Bela Vista, São Paulo-SP, (11) 31047401
Com: Professor Lúcio Flávio de Almeida (PUC-SP) e Marcelo Buzetto (MST)
ATO PÚBLICO DE RUA
04/06, 10h, Praça Ramos
Metrô Anhangabaú, Centro de São Paulo
A Liga Comunista convida seus simpatizantes e leitores a se integrarem ao calendário de atividades do Comitê contra a intervenção imperialista na Líbia.
O Comitê é um acordo de combate comum para aglutinar, através de debates e ações práticas, as forças antiimperialistas e anticapitalistas dispersas a fim de rechaçar o ataque que o país oprimido africano vem sofrendo.
Sem renúnciar a sua independência política nem ao direito de crítica mútua, organizações e militantes de diferentes posições diante da própria questão líbia construíram o Comitê como uma frente única de ação contra um inimigo comum.
A LC combate a vacilação em relação ao imperialismo “humanitário” de Obama, compartilhada pela maioria das correntes de esquerda que, embora sejam hegemônicas em Centrais sindicais e entidades nacionais populares e estudantis e se digam antiimperialistas, até agora se recusaram a organizar qualquer atividade de massas contra a intervenção imperialista na Líbia. Esta reação das direções do movimento de massas é uma vantagem de que gozam as gestões imperialistas “democratas” sobre as republicanas. Clinton, a ONU e a OTAN também contaram com a complacência destas direções do movimento social na guerra fratricida que despedaçou a Iugoslávia nos anos 90.
Os revolucionários trabalhadores sabem que não basta também se declarar formalmente contra a guerra como fazem os pacifistas pequeno burgueses "para ficar com a consciência traquila". As condições de vida da classe trabalhadora mundial são atingidas em cheio com o avanço da ofensiva imperialista. Por isto, é preciso deter esta ofensiva, combater o inimigo tomando partido diante dos conflitos reais. A LC defende a derrota do grande capital internacional e a vitória do povo oprimido através de uma frente única militar com o governo Gadafi, reivindicando armas para a população líbia para lutar contra a OTAN e seus agentes no país, a oposição monarquista, racista, xenófoba e antioperária agrupada em torno do Conselho Nacional Transitório sediado em Bengasi.
A posição da LC de modo algum implica na subordinação dos revolucionários a estratégia militar do regime de Trípoli que, ao final, pode chegar a um acordo com a OTAN pela balcanização petroleira do país. Nossa posição também nada tem a ver com o apoio político ao governo burguês líbio ou com o etapismo, a política de divorciar através da colaboração de classes, a tática do momento, a luta antiimperialista, da estratégia da revolução proletária socialista.
Também não renunciamos a critica classista e revolucionária ao governo Dilma por suas medidas cúmplices desta política de rapina, seja por não se opor a mesma nos fóruns internacionais, por ocupar militarmente o Haiti ou por aplicar a política expansionista do capital financeiro contra a população trabalhadora no Brasil. A defesa de greves e ocupações para impedir o envio de tropas e munições para atacar a Líbia em qualquer parte do mundo, a frente única de ação no Brasil que impulsionamos através do Comitê e a Frente única militar na Líbia são expressões no campo da práxis revolucionária de um mesmo programa internacionalista.
Consideramos que foi a própria incapacidade congênita do governo burguês de Gadafi em avançar nas nacionalizações, seu retrocesso em direção a uma política neoliberal, seus préstimos pela “guerra ao terror” de Bush, em favor da xenofobia da União Européia, o abandono da luta pela causa palestina, que alimentaram a oposição burguesa pró-imperialista. Para a LC, as tarefas de libertação nacional estão atadas Às tarefas democráticas e socialistas pelo estabelecimento de um governo operário e camponês na Líbia. Defendemos o direito de greve e de sindicalização e lutamos pelo controle operário da indústria petroleira, pela revolução agrária contra as oligarquias dos chefes tribais, pela constituição de verdadeiros conselhos populares em locais de trabalho, estudo e moradia, por uma assembleia constituinte apoiada nestes comitês. Em resumo, lutamos para derrotar o imperialismo e o capitalismo com métodos da revolução permanente.
A vitória do imperialismo nesta guerra implica na substituição de Gadafi por um tirano correspondente ao aprofundamento da rapina imperialista sobre o país, sobre o continente africano, no aumento da opressão nacional contra a palestina e o conjunto dos povos árabes e, por fim, sobre todo o planeta. A vitória dos propósitos do Comitê será um exemplo para as luta anti-imperialistas em todo o mundo, o estabelecimento de uma nova trincheira dos trabalhadores na guerra de classes em direção a derrota do imperialismo.