Fora Obama da Líbia, Brasil, Afeganistão, Iraque e Haiti!
Liberdade imediata para todos os presos políticos da manifestação do dia 18/03 encarcerados por Dilma e Cabral!
dO Bolchevique # 4
dO Bolchevique # 4
Míssil Tomahaw lançado de Destroyer USS Barry contra a Líbia na noite de 19/03/2011 |
EUA, França, Reino Unido, Canadá e Itália estão bombardeando a Líbia agora, realizando a maior intervenção militar internacional desde a invasão do Iraque. Após a derrota da oposição monarquista pró-imperialista para as forças do governo Gadafi, o imperialismo deu início a um feroz ataque sobre Trípoli pelo controle integral do petróleo líbio, em nome de prestar ajuda “humanitária” para fazer do país um novo Afeganistão ou Iraque.
Enquanto isso, no Brasil, o chefe dos carniceiros imperialistas vem posar de estadista democrático no palanque armado por Dilma, PT, CUT, CTB e demais centrais pelegas. CUT e Conlutas (PSTU, PSOL) marcam “atos de protestos” a quilômetros dos cordões policiais do FBI, PF e PM, o que poupará o trabalho do aparato repressivo. Ao mesmo tempo em que “organizam” esta impotente simulação de protesto, PSTU e PSOL emblocam-se politicamente com o próprio Obama, reivindicando o “Fora Gadafi!”.
Se estas direções vacilam em protestar contra Obama, o imperialismo, de Trípoli ao Rio, não hesita em reprimir barbaramente. Para intimidar qualquer tentativa de manifestação no dia 20/03, os lambe-botas locais do império, Dilma e Sérgio Cabral, prenderam, nos presídios de Bangu e Água Santa, 13 manifestantes de esquerda que participaram da passeata do dia 18/03 no Consulado dos EUA na capital carioca. 10 deles, militantes do PSTU.
Não podemos fingir que protestamos, se deixamos a repressão e a exploração avançar livremente. Na Líbia, defendemos frente única militar com Gadafi, porém sem apoiar politicamente nem confiar no regime de Trípoli, e reivindicando o armamento de todo o povo contra a ofensiva recolonizadora por agentes externos ou internos. No Rio, devemos marchar até o Teatro Municipal para demonstrar, em alto e bom som, nosso rechaço à presença do carniceiro do imperialismo no Brasil, na Líbia, no Iraque, Afeganistão e Haiti.
ABAIXO NOTA DA FRENTE ÚNICA PARA O
ATO ANTI-OBAMA NO RIO DE JANEIRO, 20/03
Vamos caminhar hoje até onde pudermos contra Obama e o Imperialismo!
Todos estamos aqui hoje porque dizemos nos opor à presença de Obama no Brasil. Entretanto, alguns parecem ter se esforçado para garantir que os protestos contra o chefe-mor do imperialismo seriam esvaziados. A CUT, Força Sindical, CTB e outras centrais que apóiam Dilma, não colocaram esforço para construir este ato. Achamos que isso tem um motivo político e não que é simples “desorganização”. Já que é Dilma, a chefe do Estado burguês brasileiro, a anfitriã de Obama, os lideres sindicais que apóiam este governo vão fazer de tudo para não “envergonhá-lo” diante do imperialismo. Acreditamos que por nos opormos aos acordos econômicos de Dilma com o imperialismo, não podemos participar dessa sabotagem de dentro do nosso próprio movimento.
De forma parecida, alguns setores da oposição de esquerda tem se limitado ao “calendário oficial” proposto pelos burocratas sindicais para frustrar a luta dos trabalhadores. Além de convocar inicialmente um ato ainda mais distante de onde estará Obama (no Largo do Machado, a 8 quilômetros da Cinelândia!) do que este marcado pelas grandes centrais, a CSP-Conlutas, dirigida pelo PSTU e pelo PSOL, não está tomando nenhuma iniciativa para se opor ao rumo que os burocratas querem dar – um ato “só para não dizer que não fizemos nada” e sem nenhuma ousadia.
Achamos que isso não é o suficiente para demonstrar nossa insatisfação contra o imperialismo, não apenas no Brasil, mas também no Haiti, no Iraque, Afeganistão e no que está sendo feito na Líbia. Se os burocratas que hoje lideram a CUT e outras centrais governistas não querem se chocar contra o governo, apesar dos claros ataques contra trabalhadores e oprimidos, os verdadeiros inimigos do imperialismo deveriam organizar uma medida que coloque outra pauta na mesa. É a isso que nos propomos, já que outros setores de oposição, como PSTU e PSOL não querem lançar uma ação independente dos capachos de Dilma que lideram as centrais.
Existe risco de que hoje essas lideranças nem queiram sair da Glória (concentração do ato marcado pelas grandes centrais, que fica também distante, a quase 2 quilômetros de onde estará Obama), e demais locais de concentração, ou talvez dêem apenas alguns passos, usando como justificativa a repressão policial para nem ameaçar caminhar pela cidade, afastando os manifestantes do chefe imperialista. Achamos que o ato de hoje deve chamar o máximo de atenção inclusive para defender os companheiros de algumas dessas organizações citadas, que foram presos no ato contra Obama na última sexta-feira, e estão até agora presos nas celas do Estado burguês.
Hoje chamamos todos a caminhar até onde pudermos! Nós, membros de uma frente composta por trabalhadores e estudantes classistas, organizações revolucionárias trotskistas, organizações de sem-teto, de favelas e de torcedores independentes, nos opomos aos governistas sindicais e seus satélites, que não querem fazer um ato combativo. Queremos que todos os ativistas honestos caminhem conosco num sinal de oposição firme ao imperialismo, ao capitalismo, ao terrorismo e genocídio de Estado e em repúdio a esta sabotagem. Vamos tentar, ainda que sejamos poucos, a ir até onde for possível.
Fora Obama do Afeganistão, Iraque, Haiti, Líbia e Brasil!
Pela liberdade imediata de todos os presos políticos que lutam contra os assassinos de Estado, inclusive aqueles 13 na justa manifestação da última sexta-feira contra Obama!
Frente Única Contra a Presença de Obama no Brasil